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A Obra Literária de Barbosa Lessa por Juarez Machado de Farias

Luiz Carlos Barbosa Lessa, nascido numa chácara nas imediações de Piratini, na localidade denominada “Cerro do Galdino”, no dia 13 de dezemb...


Luiz Carlos Barbosa Lessa, nascido numa chácara nas imediações de Piratini, na localidade denominada “Cerro do Galdino”, no dia 13 de dezembro de 1929, e falecido no município de Camaquã, em 11 de março de 2002, por sua vontade foi sepultado no cemitério do núcleo urbano piratiniense, local que já recebeu e receberá inúmeras homenagens e visitações.

Durante toda a sua existência, demonstrou inteligência e sensibilidade pois desde a infância começou a escrever textos literários. Em 1947, quando era estudante do Colégio Estadual Júlio de Castilhos de Porto Alegre engajou-se a um grupo de colegas que havia realizado a primeira cavalgada da Chama Crioula e no ano seguinte fundaram o primeiro CTG (Centro de Tradições Gaúchas) do mundo, o “35 CTG” que deu origem à sistematização do Movimento Tradicionalista Gaúcho e à sua disseminação além fronteiras do Rio Grande do Sul e até do Brasil, já que há, inclusive, um CTG em Tóquio no Japão.

Porém o grande papel de Barbosa Lessa como artífice do tradicionalismo parece que ofuscou seu grande talento literário, embora em 1959 tenha sido premiado pela Academia Brasileira de Letras pelo seu romance “Os Guaxos”, tanto que é conhecido mais como tradicionalista e autor de músicas como “Quero-Quero” e “Negrinho do Pastoreio”.

Por isso, é importante que seja descoberto o tesouro literário desse ilustre piratiniense, por se tratar de um autor natural de Piratini e pela densidade de sua obra que trata de personagens que se identificam com os aspectos sociais, psicológicos e históricos como o escravo João Batista no conto “Cabos-Negros” constante nos livros “O Boi das Aspas de Ouro” e “Rodeio dos Ventos” ou Zacaria, uma das personagens principais no romance “Os Guaxos”.

É possível, sim, traçar uma linha paralela entre Cyro Martins, autor da chamada “trilogia do gaúcho a pé” - pelos romances “Sem Rumo”, “Porteira Fechada” e “Estrada Nova” -, e Barbosa Lessa, pois enquanto o primeiro mostra a decadência do gaúcho que, espoliado dos meios de produção, é obrigado a abandonar o campo e a morar, precariamente, na cidade, onde acaba por perder sua identidade gauchesca, o segundo mostra o mesmo gaúcho com suas dificuldades sociais, a trabalhar de posteiro, de peão, de agregado, mas permanecendo no universo rural, sempre em busca de uma vida com dignidade.

Assim, a obra literária de Barbosa Lessa está a salvo da crítica de Tao Golin e José Hildebrando Dacanal, dois notáveis intelectuais que questionam a validade do mito do gaúcho "monarca das coxilhas", figura simbolizada de modo eqüestre tal um centauro no espaço romântico do campo.

Quem duvidar da visão lúcida desse escritor piratiniense sobre a realidade do homem e da mulher rurais que leia, por exemplo, o conto “O Peão e o Cavalo” na obra “O Boi das Aspas de Ouro” e “Rodeio dos Ventos”.

Por isso e muito mais, a obra literária de Barbosa Lessa é um tesouro ainda a ser descoberto. Quando tal acontecer, inúmeros olhos de crianças, jovens, adultos, idosos, brilharão intensamente de alegria pois se enxergarão nos seus poemas, crônicas, narrativas e descrições carregados de emoção e musicalidade.


DOM QUIXOTE EM ARROIO GRANDE



Dom Quixote não está morto. Vivíssimo está o filho de Miguel de Cervantes. Seu endereço é SOCIEDADE CULTURAL QUIXOTE, no município gaúcho de Arroio Grande. Na sexta feira, dia 07 de agosto, tive a honra de participar do sarau cultural promovido por essa bela entidade fundada em 2000 e que reúne todas as manifestações artísticas (teatro, música, poesia, dança, sem qualquer rótulo). O local foi o Clube do Comércio. A noite começou às 20h30min e se estendeu até alta madrugada com muitos momentos maravilhosos. Uma verdadeira orgia de talentos desde artistas mais experientes na música, por exemplo, como Sidney Bretanha e Caboclo (Eduardo Mattos, aquele fundador do grupo "Bando de Sandino") até revelações a exemplo da jovem Marcela. Anelize Carriconde e Cleinner Teixeira são os responsáveis por minha viagem até aquela linda cidade de gente gaúcha e hospitaleira. Meu livro "Por aqui as casas falam" foi muito bem recebido. Obrigado a todos(as) que adquiriram meu trabalho, assim como minha palestra "Barbosa Lessa: Vaqueano e Criador de nossa Cultura" apresentada na tarde do dia 08 de agosto, no CTG "Tropeiros da Querência".

- OBRIGADO, QUERIDO POVO DE ARROIO GRANDE!!!

A propósito, quem quiser levar para sua cidade o nosso trabalho sobre BARBOSA LESSA, peço que se comunique comigo por meio dos seguintes contatos:
eletrônico - juarez.piratini@yahoo.com.br
telefônico - (53)9974-9405
postal - RUA GENERAL NETO nº 10, Centro, CEP 96490-000, PIRATINI - RS.

Informações do Blog do amigo e companheiro Juarez Machado de Farias.

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