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Museu do Pampa será instalado em Jaguarão

A superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Rio Grande do Sul, Ana Lúcia Goelzer Meira, confirmou...


A superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Rio Grande do Sul, Ana Lúcia Goelzer Meira, confirmou que o Museu do Pampa será instalado em Jaguarão. Ela explica que o projeto inicial previa a colocação do acervo na casa de David Canabarro, em Livramento, mas o município optou por uma nova proposta como translado dos restos mortais do herói farroupilha. Ana Lúcia acrescenta que, no local, foi construído um mausoléu sem autorização prévia do Iphan. Segundo a superintendente, o fato motivou processo administrativo, por meio da Procuradoria da União, contra o município. O prefeito de Livramento, Wainer Machado, diz que o Iphan teve papel relevante na restauração da casa, porém, argumenta que o custo pela desapropriação da estrutura foi bancado pelo município. Afirma ainda que a construção do panteão teve respaldo dos descendentes do general farrapo e de entidades tradicionalistas locais.

O secretário de Cultura de Jaguarão, Carlos José Machado, informa que a prefeitura já contratou o arquiteto paulista Marcelo Ferraz para elaborar o projeto do Museu do Pampa, que deverá estar concluído até outubro. Ferraz visitou recentemente Jaguarão. Localizado na fronteira com o Uruguai, o município surgiu em 1802, com um acampamento militar montado às margens do rio Jaguarão pelo tenente-coronel Manuel Marques de Sousa. Em 6 de julho de 1832, foi elevado à condição de vila. As ruínas da Enfermaria Militar, onde será construído o museu, estão situadas no ponto mais alto da cidade, em um terreno rochoso conhecido como Cerro da Pólvora ou Cerro da Enfermaria. A construção, que demorou três anos, teve início em 1880, por ordem do então Ministro da Guerra, Visconde de Pelotas. O objetivo era atender oficiais e praças do Exército e as comunidades próximas de Bagé. Em 1915, a edificação foi ampliada.

No local, já funcionaram escola, alojamento, prisão militar e política. Desativado e abandonado no começo da década de 1970, o complexo histórico foi depredado. Sua arquitetura tem características neoclássicas, destacando-se na paisagem pela imponência. Com duas alas em ‘L’, caracteriza-se pela simetria na composição da fachada principal. As paredes são de pedra irregular e de tijolos, com argamassa de cal. No dia 27 de janeiro de 1865, uma força composta por dois corpos da Guarda Nacional resistiu durante 48 horas a uma tentativa de invasão do território brasileiro por mais de 1,5 mil homens do Exército uruguaio. Sitiada e em desvantagem bélica, a guarnição comandada pelo coronel Manoel Pereira Vargas acabou vencendo o inimigo no cansaço. O episódio rendeu ao município o título de ‘Cidade Heroica’ e ao Brasil, a demarcação das fronteiras à margem esquerda do Rio Jaguarão.

Informações do site da Defesa Civil do Patrimônio Histórico.

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