O I Fórum Estadual do Patrimônio Cultural celebra encontro de agentes culturais com comunidade gaúcha em Osório, que contou com a prese...
O I Fórum Estadual do Patrimônio
Cultural celebra encontro de agentes culturais com comunidade gaúcha em
Osório, que contou com a presença de quase 100 pessoas
Aconteceu nesta terça, 30, em Osório, o primeiro dia do Fórum Estadual de Patrimônio Cultural, no Plenário da Câmara dos Vereadores. Diversas entidades culturais e Patrimoniais, como o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, o IPHAN , o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Estado do Rio Grande do Sul, o CAU-RS e a Prefeitura Municipal de Osório estiveram presentes no evento, que contou com a presença de mais de 18 municípios.
O Fórum iniciou com a palestra do professor Dr. Leonardo Castriota, que versou sobre as novas abordagens de patrimônio cultural: A ampliação do conceito de Patrimônio (Arquitetura), Patrimônio Cultural e a introdução de novos atores. Para Castriota devemos defender os Conselhos, pois são o cerne da democracia. “Cerremos fileiras em defesa do colegiado, que é um mecanismo participativo” – afirmou.
Logo, o palestrante seguiu para uma mesa redonda mediada com o tema: Patrimônios Emergentes, ministrada pelo Dr. Cristiano de Brum, da Icomos/BR. O debate contou com a presença de Iosvaldyr Bittencourt Júnior, do Grupo Moçambique de Osório, Dr. Ignácio Benites Moreno e a Dra. Jeniffer Cuty. Ao final das explanações foi convidada para subir ao palco a “Rainha Ginga”, Francisca Dias, a Preta, que agradeceu o prêmio “Destaque Cultura”, recebida pelo CEC em 2018.
Vale destacar a presença da boneca gigante, "Vó Chica", modelo de um boneco de Olinda, trazida pelo palestrante Claudio Roberto Pagno da Costa, que representa o projeto "Vó Chica Vive", iniciativa que visa promover a história e a importância cultural da Vila Safira (Porto Alegre), na comunidade.
Na parte da tarde, a programação retornou com uma mesa redonda mediada por Teisla da Cunha Klein, sobre sociedade civil e patrimônio. O debate contou com a participação de Jacqueline custodio, Rodrigo Trespach e o Ms. Rodrigo Luís dos Santos. Segundo Trespach (COMPHAC) a falta de pertencimento das pessoas faz com que elas fiquem alheias aos acontecimentos, não se mobilizando. “As pessoas não sentem pertencer aquele lugar, acham as coisas velhas e que tem que ser desmanchadas. Mas depois vão para a Europa e ficam admiradas com as antiguidades históricas do local” – lamentou.
Inventários de Patrimônio Cultural: Identificação, preservação e desenvolvimento
O dia se encerrou com debates acerca dos Inventários de Patrimônio Cultural, com a presença do Conselheiro Jorge Luís Stocker Jr, Dra. Ana Maria Moreira Marchesan, Dra Vanessa Campos e Dr. Alexandre Veiga, coordenador do núcleo de acervo da Casa de Cultura Mário Quintana em uma mesa mediada pelo Promotor de Justiça Dr. Daniel Martini.
Martini fez uma introdução a cerca do trabalho que o Ministério Público vem fazendo em parcerias para encontrar estratégias e preservar o patrimônio cultural. “Temos que discutir e buscar estratégias para vencermos a derrocada da ética e da moral” – afirmou. Garantiu que a próxima atuação do MP será exigir que os municípios se organizem para compor o sistema municipal de cultura.
Fórum Estadual de Patrimônio Cultural encerra produzindo o documento: "A carta de Osório"
E chegou ao final mais um grande trabalho realizado pelo Conselho Estadual de Cultura do Rio Grande do Sul, capitaneados pelo presidente Marco Aurélio Alves - o 1º Fórum Estadual de Patrimônio Cultural, realizado na Câmara de Vereadores de Osório, nos dias 30 de abril e 1º de maio.
O segundo dia de fórum foi bastante produtivo, contando com a presença de um ônibus de pessoas que se deslocaram de Pelotas para participar do evento. A manhã começou com uma mesa redonda tratando de Conservação e Restauro, com mediação do conselheiro da CAU/RS, Oritz Campos. A mesa foi composta pelo Dr. Tiago Puglieri, da UFPel, falando sobre ciência da conservação em acervos museológicos, a Ms. Mariana Gaelzer Wertheimer, da ACOR/RS, dando um panorama conceitual das teorias da conservação e restauro e a arquiteta Maria Edwiges Sobreira Leal, falando sobre experiencias de projetos arquitetônicos - reabilitação de imóveis históricos.
Segundo o Conselheiro do CAU, Oritz Campos o Conselho está ai para ajudar na proteção do patrimônio cultural. "Estamos preocupados com os maus profissionais que muitas vezes causam danos ao patrimônio histórico" - afirmou.
E, as 11h iniciou a última mesa de debates do evento, tratando diretamente do financiamento, mediado pela Conselheira Estadual de Cultura, Liane Yara Richter e, com Eduardo Hahn, da SEDAC/RS falando em Financiamento Público LIC/RS, em bens tombados pelo Estado. Contou com a presença de Cristiane Rauber e Juliana Betemps, tratando do Projeto Banco Pelotense do Vale do Caí, que foi o primeiro projeto de restauro financiado via FAC, no estado e Matias Vasquez, do projeto Viva Cidade, de Caxias do Sul. Segundo ele, os espaços da cidade tem que ter vida: "A vida se dá quando a comunidade ocupa os espaços e faz aquecer a economia, ao natural" afirmou Vasquez.
No retorno após o almoço foi feita a visita à exposição de projetos de educação patrimonial exposta pelo CODIC/FAMURS e logo em seguida foi encaminhada a "carta de Osório" com as sugestões levantadas durante todo o fórum pelas instituições que participaram. Seguindo Jorge Luis Stocker, organizador do Fórum, o evento teve tres momentos distintos e que deram grande relevância ao trabalho realizado: Sentimento, terça pela manhã. Tecnicidade, com elementos bem técnicos tratados no segundo momento e, finalmente, o fechamento com falas motivacionais, nesta quarta. "Os três momentos não foram planejados, mas aconteceram. Ontem, pela manhã a grande emoção desde a boneca da 'Vó chica', de tarde a parte mais técnica e hoje as falas que deram motivação para continuarmos, pois o caminho e este" comemorou.
O arremate do fórum se deu em um passeio que mostrou o patrimônio cultural de Osório, liderado pelo Rodrigo Trespach, incluindo o Morro da Borrússia e a visita à Rainha Ginga e o Rei do Congo.
Colaboração: Rogério Bastos
Assessoria Especial para eventos
Conselho Estadual de Cultura RS
Aconteceu nesta terça, 30, em Osório, o primeiro dia do Fórum Estadual de Patrimônio Cultural, no Plenário da Câmara dos Vereadores. Diversas entidades culturais e Patrimoniais, como o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, o IPHAN , o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Estado do Rio Grande do Sul, o CAU-RS e a Prefeitura Municipal de Osório estiveram presentes no evento, que contou com a presença de mais de 18 municípios.
O Fórum iniciou com a palestra do professor Dr. Leonardo Castriota, que versou sobre as novas abordagens de patrimônio cultural: A ampliação do conceito de Patrimônio (Arquitetura), Patrimônio Cultural e a introdução de novos atores. Para Castriota devemos defender os Conselhos, pois são o cerne da democracia. “Cerremos fileiras em defesa do colegiado, que é um mecanismo participativo” – afirmou.
Logo, o palestrante seguiu para uma mesa redonda mediada com o tema: Patrimônios Emergentes, ministrada pelo Dr. Cristiano de Brum, da Icomos/BR. O debate contou com a presença de Iosvaldyr Bittencourt Júnior, do Grupo Moçambique de Osório, Dr. Ignácio Benites Moreno e a Dra. Jeniffer Cuty. Ao final das explanações foi convidada para subir ao palco a “Rainha Ginga”, Francisca Dias, a Preta, que agradeceu o prêmio “Destaque Cultura”, recebida pelo CEC em 2018.
Vale destacar a presença da boneca gigante, "Vó Chica", modelo de um boneco de Olinda, trazida pelo palestrante Claudio Roberto Pagno da Costa, que representa o projeto "Vó Chica Vive", iniciativa que visa promover a história e a importância cultural da Vila Safira (Porto Alegre), na comunidade.
Na parte da tarde, a programação retornou com uma mesa redonda mediada por Teisla da Cunha Klein, sobre sociedade civil e patrimônio. O debate contou com a participação de Jacqueline custodio, Rodrigo Trespach e o Ms. Rodrigo Luís dos Santos. Segundo Trespach (COMPHAC) a falta de pertencimento das pessoas faz com que elas fiquem alheias aos acontecimentos, não se mobilizando. “As pessoas não sentem pertencer aquele lugar, acham as coisas velhas e que tem que ser desmanchadas. Mas depois vão para a Europa e ficam admiradas com as antiguidades históricas do local” – lamentou.
Inventários de Patrimônio Cultural: Identificação, preservação e desenvolvimento
O dia se encerrou com debates acerca dos Inventários de Patrimônio Cultural, com a presença do Conselheiro Jorge Luís Stocker Jr, Dra. Ana Maria Moreira Marchesan, Dra Vanessa Campos e Dr. Alexandre Veiga, coordenador do núcleo de acervo da Casa de Cultura Mário Quintana em uma mesa mediada pelo Promotor de Justiça Dr. Daniel Martini.
Martini fez uma introdução a cerca do trabalho que o Ministério Público vem fazendo em parcerias para encontrar estratégias e preservar o patrimônio cultural. “Temos que discutir e buscar estratégias para vencermos a derrocada da ética e da moral” – afirmou. Garantiu que a próxima atuação do MP será exigir que os municípios se organizem para compor o sistema municipal de cultura.
Fórum Estadual de Patrimônio Cultural encerra produzindo o documento: "A carta de Osório"
E chegou ao final mais um grande trabalho realizado pelo Conselho Estadual de Cultura do Rio Grande do Sul, capitaneados pelo presidente Marco Aurélio Alves - o 1º Fórum Estadual de Patrimônio Cultural, realizado na Câmara de Vereadores de Osório, nos dias 30 de abril e 1º de maio.
O segundo dia de fórum foi bastante produtivo, contando com a presença de um ônibus de pessoas que se deslocaram de Pelotas para participar do evento. A manhã começou com uma mesa redonda tratando de Conservação e Restauro, com mediação do conselheiro da CAU/RS, Oritz Campos. A mesa foi composta pelo Dr. Tiago Puglieri, da UFPel, falando sobre ciência da conservação em acervos museológicos, a Ms. Mariana Gaelzer Wertheimer, da ACOR/RS, dando um panorama conceitual das teorias da conservação e restauro e a arquiteta Maria Edwiges Sobreira Leal, falando sobre experiencias de projetos arquitetônicos - reabilitação de imóveis históricos.
Segundo o Conselheiro do CAU, Oritz Campos o Conselho está ai para ajudar na proteção do patrimônio cultural. "Estamos preocupados com os maus profissionais que muitas vezes causam danos ao patrimônio histórico" - afirmou.
E, as 11h iniciou a última mesa de debates do evento, tratando diretamente do financiamento, mediado pela Conselheira Estadual de Cultura, Liane Yara Richter e, com Eduardo Hahn, da SEDAC/RS falando em Financiamento Público LIC/RS, em bens tombados pelo Estado. Contou com a presença de Cristiane Rauber e Juliana Betemps, tratando do Projeto Banco Pelotense do Vale do Caí, que foi o primeiro projeto de restauro financiado via FAC, no estado e Matias Vasquez, do projeto Viva Cidade, de Caxias do Sul. Segundo ele, os espaços da cidade tem que ter vida: "A vida se dá quando a comunidade ocupa os espaços e faz aquecer a economia, ao natural" afirmou Vasquez.
No retorno após o almoço foi feita a visita à exposição de projetos de educação patrimonial exposta pelo CODIC/FAMURS e logo em seguida foi encaminhada a "carta de Osório" com as sugestões levantadas durante todo o fórum pelas instituições que participaram. Seguindo Jorge Luis Stocker, organizador do Fórum, o evento teve tres momentos distintos e que deram grande relevância ao trabalho realizado: Sentimento, terça pela manhã. Tecnicidade, com elementos bem técnicos tratados no segundo momento e, finalmente, o fechamento com falas motivacionais, nesta quarta. "Os três momentos não foram planejados, mas aconteceram. Ontem, pela manhã a grande emoção desde a boneca da 'Vó chica', de tarde a parte mais técnica e hoje as falas que deram motivação para continuarmos, pois o caminho e este" comemorou.
O arremate do fórum se deu em um passeio que mostrou o patrimônio cultural de Osório, liderado pelo Rodrigo Trespach, incluindo o Morro da Borrússia e a visita à Rainha Ginga e o Rei do Congo.
Colaboração: Rogério Bastos
Assessoria Especial para eventos
Conselho Estadual de Cultura RS
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