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A análise ideológica da "Caverna do Tradicionalismo" - Parte 1

Passei dias trabalhando em nossas coisas. Não tenho visto publicações do Movimento Tradicionalista Gaúcho. Mas um editorial me chamou a ...


Passei dias trabalhando em nossas coisas. Não tenho visto publicações do Movimento Tradicionalista Gaúcho. Mas um editorial me chamou a atenção: “A CAVERNA DO TRADICIONALISMO”.

Como sabem, minha formação inicial é na área da história e da antropologia, por isso, quando assuntos envolvem as ciências sociais, acabam me chamando a atenção. Li o texto, pois acompanho desde 2001 os editoriais do Eco, mas confesso que tinha parado em janeiro. Agora me deparo com este comparativo - das pessoas fora da realidade, coadjuvantes. Mas quem é coadjuvante? Quem é protagonista? Gente... eu ia escrever algo sobre o assunto mas, vai que acontece uma reunião do Conselho do MTG, sábado passado (16) e o ex-presidente e Conselheiro Vaqueano do MTG, Manoelito Carlos Savaris, que tem formação nesta área, também, falou sobre o assunto. Depois, resolveu escrever sobre tal. E aqui, passo a reproduzir:

“A caverna do Tradicionalismo” - Parte 1

A publicação de editoriais, por parte do presidente do MTG, teve início no ano de 2001 quando foi criado o jornal Eco da Tradição como um instrumento utilizado pelo dirigente da entidade para expressar sua ideologia, comentar algum assunto relevante, discorrer sobre algum fato ou evento de interesse do tradicionalismo e, eventualmente, para mandar alguma mensagem a alguém ou a algum grupo de pessoas. O certo é que o editorial, publicado no jornal e, mais recentemente, também nas redes sociais, é um documento importante por ser de autoria do Presidente do MTG.

Com periodicidade mensal, o editorial do Presidente do MTG é lido por uma parcela de tradicionalistas, por pessoas interessadas nas questões da tradição e do folclore, assim como, imagino por todos aqueles que têm algum interesse ou curiosidade a respeito do Movimento Tradicionalista Gaúcho. Isso significa dizer, que ele, o editorial, não se restringe ao “público interno”.

Ao longo desses anos não ocorreram grandes debates sobre os editoriais, seja porque não foram polêmicos, ou não despertaram interesse que merecesse debate, ou ninguém se sentia atingido diretamente, isto é, ninguém acusava ter-lhe “servido o chapéu” ou, se lhe tivesse servido, não se incomodou com isso.

No mês de junho de 2018, o atual Presidente do MTG publicou um editorial intitulado “A CAVERNA DO TRADICIONALISMO” e esse “chapéu” me serviu.

Por ter sido publicado nas redes sociais, creio que o melhor é comentá-lo nas mesmas redes. Assim, nos próximos dias tratarei desse editorial, procurando fazê-lo como uma possibilidade de debate ideológico.

Por ora convido a que todos os interessados leiam o editorial e reflitam sobre ele.

Conforme prometido, vamos ao debate a respeito do editorial do Presidente do MTG, deste mês de junho.

O editorial orienta o leitor para que se aperceba que “sutilmente algumas questões são construídas para limitar nossa visão e consequentemente nossas ações”, ou seja, o Presidente afirma que alguém, sem definir quem, como e quando, constrói ambientes para cegar e paralisar as pessoas.

Neste primeiro momento do texto o Presidente não se refere, ainda, ao MTG, mas prepara o campo para ingressar na análise da entidade que dirige.

Ainda na fase preliminar do texto, diz que é criado um “fundo de palco” ou um cenário onde tudo parece maravilhoso e perfeito, no qual diz: “somos, na verdade, meros coadjuvantes” e “vivemos uma ilusão”.

Quando o autor do texto usa o plural (SOMOS) imagino que esteja se referindo a um determinado grupo do qual faça parte, ou então, usou uma afirmação genérica que envolve a todos os membros de uma sociedade, sejam os “coadjuvantes”, sejam os “protagonistas”.

Se o autor se refere a um determinado setor, ou a um determinado grupo do qual ele faz parte, se coloca como um “mero coadjuvante”, ou seja, como presidente ele não tem protagonismo nesse ambiente criado por alguém que ele não identifica. Se, por outro lado, usou o SOMOS como uma expressão genérica para designar a todos os atores sociais, não há como saber se alguém, individualmente, é coadjuvante ou protagonista.


Texto: Manoelito Carlos Savaris
Fonte: blog do Rogério Bastos

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