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O Topo da Montanha, com Lázaro Ramos e Taís Araújo, retorna a Porto Alegre-RS

Tais Araujo e Lázaro Ramos em desempenho elogiado. Foto Juliana Hilal Após arrebatar mais de 200 mil pessoas, peça O Topo da Montanha,...

Tais Araujo e Lázaro Ramos em desempenho elogiado. Foto Juliana Hilal

Após arrebatar mais de 200 mil pessoas, peça O Topo da Montanha, com Lázaro Ramos e Taís Araújo, retorna a Porto Alegre para contar a reinvenção o último dia de Martin Luther King
 

Montagem faz nova temporada no Theatro São Pedro nos dias 19, 20 e 21 de julho. Dupla de atores participa ainda de debate sobre suas carreiras no Instituto de Cultura da PUCRS no dia 18 de julho

A peça O Topo da Montanha, com Lázaro Ramos e Taís Araújo continua sua carreira de sucesso, tendo já sido vista por cerca de 200 mil espectadores, além de ter recebido uma indicação ao Prêmio Shell, de melhor atriz, para Taís Araújo. Desde sua estreia em São Paulo, em outubro de 2015, o espetáculo percorreu 11 estados brasileiros e visitou 15 cidades, sempre com sessões esgotadas - desta vez a peça retorna a Porto Alegre no Theatro São Pedro, nos dias 19, 20 e 21 de julho, sexta e sábado, às 21h e domingo às 18h, em uma coprodução entre as empresas BR Produtora e Silvia Abreu Produções Artísticas e Culturais. Os ingressos já estão à venda no local (confira no Serviço).

Para celebrar a segunda incursão de Taís e Lázaro em Porto Alegre com a montagem após o sucesso das primeiras apresentações na cidade, em junho de 2017, a dupla chega, desta vez, um pouco mais cedo a capital para participar de um bate-papo no Instituto de Cultura da PUCRS, no dia 18 de julho, às 19h, com entrada gratuita e sujeito a lotação - o encontro será mediado pela jornalista Carol Anchieta e pelo diretor da universidade, Ricardo Barberena - para falar de suas carreiras e responder perguntas do público.

A encenação que conquistou tantos espectadores relembra que há mais de cinquenta anos, no dia 4 de abril de 1968, o mundo se despedia de Martin Luther King Jr, o pastor protestante e ativista político que se tornou ícone por sua luta pelo amor ao próximo e pelo repúdio à segregação racial norte-americana. Vale lembrar que somente entre 1883 e 1959, cerca de cinco mil negros foram linchados nos estados do Sul do país - e é este o momento histórico que a jovem dramaturga Katori Hall desconstrói na ficção.

O Topo da Montanha faz alusão ao último grande discurso de Martin Luther King  (I've Been to the Mountaintop). Em Memphis, na Igreja de Mason, no dia 3 de abril de 1968, Luther King acabara de realizar seu último sermão. É exatamente neste cenário, um dia antes de seu assassinato, cometido na sacada do Hotel Lorraine, do quarto 306 - e na sequência de suas derradeiras palavras públicas -, que Martin Luther King, interpretado por Lázaro Ramos, conhece Camae, encenada por Taís Araújo, a misteriosa e bela camareira em seu primeiro dia de trabalho no estabelecimento. Repleta de segredos, ela confronta o líder em clima de suspense e simultaneamente debochado. Deste modo, em perfeito jogo de provocações, faz o reverendo se lembrar que, como todos, é humano. Por meio do humor e da emoção, faz rir e pensar com retórica atual, seja para americanos ou brasileiros.

A escrita, diga-se, faz sentido mesmo quando comparada à situação política daqueles tempos. Para citar uma frase do espetáculo: "parem a guerra do Vietnã e comecem a lutar contra a pobreza" - vista sob a ótica do presente, ela ainda parece possível ser proferida e ressalta as características de um líder que "teve a força de amar aqueles que jamais puderam o amar de volta". "Este texto me perseguiu como ator por dois anos, por meio de pessoas que diziam que tinha de fazê-lo no Brasil. E é contemporâneo porque é uma história também sobre enfrentar medos. Sobre os trilhos da coragem e do afeto", resume Lázaro. "Tínhamos muito receio de que o texto fosse americano demais e não tocasse as pessoas. Mas o tempo e uma boa tradução nos convenceram que as questões do amor e da igualdade são relevantes e próximas a todos nós", complementa Taís.

A boa tradução para o português a que se refere Taís é de Silvio José Albuquerque e Silva, responsável por dar vida a temas universais e ainda envolventes. "Hall revela um líder ao mesmo tempo radical e pragmático, profético e imprevidente, sonhador, sedutor, frágil e, sobretudo, humano", resume Silvio.

Sobre Taís e Lázaro

Também produtores da versão brasileira, Lázaro Ramos e Taís Araújo continuam a trajetória de sucesso ascendente da montagem num caminho de acasos que os levou a ela. O primeiro a vê-la, em Manhatan, foi um amigo do casal que a mencionou a Lázaro Ramos. Mais tarde, o diretor João Falcão apresentou ao ator o texto original, em inglês, ainda se dispondo a dirigi-lo. Feita uma primeira tradução, a conclusão da dupla Taís e Lázaro parecia irrevogável: o script era distante da realidade brasileira e demasiado americano, portanto não envolveria ninguém do lado de baixo da linha do Equador.

Mas o tempo passou, e Lázaro Ramos entrevistaria Joaquim Barbosa. Seu chefe de gabinete, Silvio Albuquerque, admirador e conhecedor de Martin Luther King, entregou uma nova tradução a ele - inicialmente deixada de lado até que Taís a lesse. "A nova tradução era muito boa e ora eu ri, ora me emocionei. Finalmente fazia sentido e tive a convicção de que era viável para o Brasil. Insisti para que Lázaro a revisse e, mais tarde, com a impossibilidade do João Falcão dirigir, pressionei para que ele a assumisse", relembra Taís. "Dirigir não estava em meus planos, principalmente porque conciliar a direção com a atuação era algo que eu sempre disse que não faria. Taís, minha grande parceira de cena e de vida, me convenceu a encontrar e acreditar na força de Martin Luther King", prossegue Lázaro.

É um encontro, afinal, completo para o casal Taís Araújo e Lázaro Ramos - que à parte a vida conjugal comum, os trabalhos na televisão e no cinema, possuem carreiras sólidas também nos palcos. A carioca Taís Araújo faz desta sua décima peça teatral como atriz e a terceira como produtora - já esteve no elenco de Orfeu da Conceição; Personalíssima; Gimba; Liberdade para as Borboletas; Solidores; O Método Grönholm; Amores, Perdas e Meus Vestidos; Disse que Disse e Caixa de Areia.

Já o soteropolitano Lázaro realizou mais de 20 espetáculos com o Bando de Teatro Olodum de 1994 a 2002, entre eles; Sonhos de Uma Noite de Verão, Ó Pai Ó e Ópera dos 3 Vinténs. Após sair de Salvador, destaque para A Máquina; Mamãe Não Pode Saber e o Método Grönholm, além de ter dirigido e escrito os infantis As Paparutas; A Menina Edith e a Velha Sentada, bem como esteve à frente da direção dos adultos Campos de Batalha e Namíbia, Não e da codireção de O Jornal, entre outros.

Ficha Técnica

Texto de Katori Hall
Direção de Lázaro Ramos
Codireção de Fernando Philbert
Tradução de Silvio Albuquerque
Consultoria Dramatúrgica de Angelo Flávio
Assistência de direção Thiago Gomes
Com Lázaro Ramos e Taís Araújo
Voz Inicial da Mãe de Martin Luther king de Léa Garcia
Preparação vocal de Edi Montecchi
Cenografia de André Cortez
Assistência de Cenografia de Carmem Guerra
Construção Cenário de Ono Zone Estúdio/ Fernando Bretas e Waldir Rosseti
Iluminação de Walmyr Ferreira
Assistência de Iluminação de Marcos Freire
Figurinos de Teresa Nabuco
Trilha sonora de Wladimir Pinheiro
Desenho de Som de Laércio Salles
Projeções de Rico Vilarouca e Renato Vilarouca
Fotos de estúdio de Jorge Bispo
Fotos de cena de Valmyr Ferreira e Juliana Hilal
Projeto gráfico da Dorotéia Design, Adriana Campos e Tamy Ponczyk
Revisão de Regina Stocklen
Assessoria de imprensa de Antonio Trigo
Comunicação para Web de Urgh.us
Direção, edição e imagens dos vídeos para Internet de Thiago Gomes
Serviços de camareira de Solange Carneiro
Contraregragem de Fabiano Motomoto
Operação de luz de Kadu Moratori e Ari Nagô
Operação de som e projeção de Fernando Castro
Serviços técnicos de projeção de Bruno Mattos
Supervisão técnica de projeção de Alexandre Bastos - Novamídia
Assistência técnica e de produção de Igor Dib
Assistência de administração de Jandy Vieira
Administração Lei Rouanet de Thiago Oliveira
Produção executiva e administração de Viviane Procópio
Administração geral de André Mello
Direção de produção de Radamés Bruno
Produção da BR Produtora
Produtores associados André Mello, Lázaro Ramos e Taís Araújo
Produção Local e Assessoria de Imprensa em Porto Alegre Silvia Abreu by Silvia Abreu Produções Artísticas e Culturais Ltda

SERVIÇO ESPETÁCULO
O Topo da Montanha. Espetáculo teatral com Lázaro Ramos e Taís Araújo.
Duração: 1h30m | Classificação: 14 anos | Gênero: Comédia Dramática
Datas: 19, 20 e 21 de julho de 2019
Horários: Sexta-feira e Sábado - 21h |Domingo: 18h
Local: Theatro São Pedro - Praça Marechal Deodoro, s/n° | Centro Histórico | Porto Alegre/RS
Telefones: (51) 3227.5100 | 3227.5300

Ingressos:
Plateia: R$ 120,00
Cadeira extra: R$ 120,00
Camarote central: R$ 100,00
Camarote lateral: R$ 100,00
Galerias: R$ 80,00

Descontos
50% para associados da AATSP (ingressos limitados)
50% para estudantes, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência
50% para idosos

Horário da Bilheteria
Das 13h até o horário de início do espetáculo
Quando não há espetáculo, das 13h às 18h30min

Sábados e domingos:
Das 15h até o horário de início do espetáculo

Informamos que, conforme esta lei, o benefício de meia-entrada para estudantes só será concedido mediante a apresentação, no momento da aquisição do ingresso e na portaria do local de realização do evento, da Carteira de Identificação Estudantil (CIE), emitida pela Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), pela União Nacional dos Estudantes (UNE), pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), pelas entidades estaduais e municipais filiadas àquelas, pelos Diretórios Centrais dos Estudantes (DCEs) e pelos Centros e Diretórios Acadêmicos, com prazo de validade renovável a cada ano, conforme modelo único nacionalmente padronizado e publicamente disponibilizado pelas entidades nacionais antes referidas e pelo Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), com certificação digital deste, podendo a carteira de identificação estudantil ter 50% (cinquenta por cento) de características locais. A concessão do direito ao benefício da meia-entrada é assegurada em 40% (quarenta por cento) do total dos ingressos disponíveis para cada evento. O Theatro São Pedro disponibiliza até 623 lugares para comercialização de ingressos, o que, de acordo com a lei, libera até 374 lugares para venda de ingressos com meia-entrada. Em compras pelo call center ou internet, o documento deverá ser apresentado na retirada do ingresso e no acesso ao evento.
 

SERVIÇO DEBATE LÁZARO RAMOS E TAÍS ARAÚJO
Debate com Taís Araújo e Lázaro Ramos e mediação da jornalista Carol Anchieta e do diretor da universidade, Ricardo Barberena
Data: 18 de julho, às 19h
Onde: Instituto da Cultura da PUCRS, prédio 41 - Av. Ipiranga, 6681
Capacidade: 700 pessoas
Ingressos:  Haverá distribuição de senhas a partir das 18h, na entrada do mesmo prédio, com limitação de público sujeita à capacidade do local.


Fotos de cena e estúdio
https://www.dropbox.com/sh/q0e7ffy75qrzyox/AADZ6tYreyNbj8nTwkEn8vUya?dl=0

Vídeo de cena
https://vimeo.com/183921291

Mais informações

 

Colaboração: Silvia Abreu (MTB 86794)

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