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Mês da Ciranda: de Prenda para Prenda

Se abril é o mês dos peões, maio com certeza é o mês das prendas. A Ciranda Cultural é um dos eventos mais aguardados pelos tradicional...



Se abril é o mês dos peões, maio com certeza é o mês das prendas. A Ciranda Cultural é um dos eventos mais aguardados pelos tradicionalistas, pois é nele que iremos conhecer as representantes da mulher gaúcha para os próximos doze meses.

Os concursos de prendas do Rio Grande do Sul tiverem sua primeira edição em 1965, na cidade de Santa Maria. Naquela época, ainda era denominado como “A mais linda prenda”. Na oportunidade, foi eleita Rosemari Romeu, de Tramandaí, do CTG Potreiro Grande. Porém, oficialmente o primeiro concurso de 1ª Prenda do Estado ocorreu apenas no ano de 1971, por ocasião do 16º Congresso Tradicionalista. A vencedora foi Maria Ivanoska Alves Nunes, do CTG Rodeio dos Palmares, Santa Vitória do Palmar.

Participar de uma gestão estadual proporciona a prendas e peões conhecer cidades dos quatro cantos do Rio Grande, várias pessoas e adquirir cultura e experiências para sua vida dentro e fora do tradicionalismo. Para conhecer um pouco mais sobre essas vivências, conversamos com algumas prendas do Rio Grande do Sul de anos anteriores:

Patrícia Fabro Ruschel – 1ª Prenda do RS 2000/2001
“É maio outra vez. Maio, o mês das noivas, mães, prendas. O maio dos sonhos! Que lembrança linda, aquele maio de 2000, onde após inúmeras provas me tornei 1ª Prenda do Rio Grande do Sul. Nossa, foi um ano incrível, pude ao longo da gestão conhecer tantas pessoas, muitas cidades, compartilhar conhecimentos e aprender. Hoje ficam as lembranças e as amizades que guardo, na memória e principalmente no coração! Participar do Movimento Tradicionalista e ter sido Prenda de faixa contribuíram muito para minha formação pessoal, posso até dizer que o tradicionalismo foi uma grande escola de vida. Aprendi a amar o nosso Estado, essa cultura linda, miscigenada e forte que temos. Nunca abandonei a causa tradicionalista, casei e hoje sou mãe do Antônio em tempo integral. Saber que ajudei a construir a história da tradição me deixa muito orgulhosa. Saber que aquela pequena semente plantada lá em 2000, a Mostra do Enart, vingou e hoje estamos colhendo frutos, me deixa realizada. E assim a vida segue, todos os anos novas jovens são escolhidas para trabalhar na divulgação dos nossos usos e costumes e dar sua parcela de contribuição. Com certeza, vai ser uma experiência única! Aproveitem cada oportunidade, o tempo passa rápido demais. Com essa breve mensagem, me despeço com o lema do CTG Lauro Rodrigues: “Pelas tradições do Rio Grande Lutaremos até o fim!”

Amanda Gonçalves – 2ª Prenda Mirim do RS 2010/2011
“Em uma noite fria de maio de 2010, ao escutar o nome da minha cidade, do meu CCTG e meu nome como 2ª prenda mirim do Rio Grande do Sul, meu coração já transbordava de orgulho e emoção. Jamais ali eu poderia imaginar que chegaria a alcançar esse título que ainda era inédito na minha pequena Pinheiro Machado, o quanto de coisas boas e aprendizados a partir da li iam começar a surgir. Nasci e me criei em uma família tradicionalista, em uma cidade muito pequena, na qual meus ideais sempre foram firmados através desse meio. Porém, ter participado de uma Ciranda Estadual, ter realizado esse grande sonho, realmente é uma emoção e uma experiência única na minha vida. Hoje acadêmica de fisioterapia e com 21 anos de idade posso dizer que sou grata por ter tido a honra de participar de duas Cirandas Estaduais e em uma delas ter sido prenda do RS, pois nos dias de hoje cada vez mais aparecem jovens desvalorizando seus pais, perdendo a vida cedo, e não pensando no próximo e sim na ambição do dia. Acredito que a sociedade tradicionalista forma crianças e jovens com pensamentos e ideais diferentes. Acredito que no caminho tradicionalista esses valores são a nós mostrados, pois foi nesse caminho que aprendi os verdadeiros valores da vida, de uma família, o quanto é gratificante poder alcançar diferentes públicos, como o escolar, levando tua história e teus ensinamentos, adquirir um autocontrole em falar em público, e uma paixão ainda maior pelo nosso Estado e sua história, além, claro de valorizar e cultivar verdadeiras amizades que fizemos durante esses prendados.

Tassya Marasciulo – 1ª Prenda Juvenil do RS 2015/2016
Fazer parte de uma Gestão Estadual é uma experiencia única, onde temos a oportunidade de conviver com pessoas de diferentes personalidades, idades, cada qual com a sua história e trazendo em sua bagagem a representatividade dos quatro cantos do estado. É uma experiência que vai além da realização de um sonho, pois na troca e na convivência aprendemos muito uns com os outros. Além de uma honra, é uma responsabilidade enorme, pois ser Prenda do Rio Grande do Sul é carregar a figura da mulher gaúcha e representar não só elas, mas o Movimento Tradicionalista como um todo. E ao fazermos isso acabamos por amadurecer nossos ideais, nossas posições frente à sociedade e crescemos como pessoas. O fato de ter sido Prenda Juvenil do RS resultou em minha vida uma mudança completa, desde a preparação pro concurso, já via diferença em minha vida acadêmica, principalmente ligada aos estudos e dedicação a eles. Após o prendado, percebi que estar preparada para me posicionar, para estabelecer contato com pessoas diferentes. Ter responsabilidade em nossas ações é de extrema importância, e tudo isso tive a oportunidade de aprender durante minhas gestões.

Priscila Tisott – 2ª Prenda Mirim do RS 1999/2000, 1ª Prenda Juvenil do RS 2006/2007, 2ª Prenda do RS 2010/2011
“Tive a honra de representar nosso amado Rio Grande do Sul, como Prenda Estadual, por três diferentes ocasiões. Assim, vivenciei momentos extremamente diferenciados da história do MTG. Cresci, amadureci e moldei minha personalidade ao longo destes anos com o auxílio das gestões estaduais das quais fiz parte e das muitas pessoas que conheci. Quando mirim, participar de uma gestão estadual foi a realização do meu sonho de menina. Conheci muitos lugares e fiz muitas novas amizades. Imaginem! Para uma criança de apenas nove anos de idade, ser tratada como “autoridade”, conviver com o Presidente e Vice-presidentes do MTG, conhecer o Governador do Estado, ser recebida por Prefeitos Municipais em suas cidades, dentre tantas outras vivências só pode ser descrito como a realização de um sonho inesquecível. Ainda, tive a oportunidade inenarrável de conviver com grandes ícones do nosso querido Movimento tais como o saudoso Tio Cyro Dutra Ferreira e sua amada esposa Tia Cyra, Barbosa Lessa, Lílian Argentina, Wilmar Winck de Souza e nosso querido Benjamin Feltrim Neto – que ainda segura minha mão nos momentos de precisão.

Texto: Tuanny Prado
Fotos: arquivo pessoal

Fonte: jornal Eco da Tradição

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