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"Guri de Uruguaiana 2 – A Missão" entra em cartaz no Theatro São Pedro

"Guri de Uruguaiana 2 – A Missão" terá temporada desta quarta ao dia 21 de abril Fabrício Eckhard / Divulgação Se você for a...


"Guri de Uruguaiana 2 – A Missão" terá temporada desta quarta ao dia 21 de abril
Fabrício Eckhard / Divulgação


Se você for assistir a apenas um espetáculo do Guri de Uruguaiana na vida, deve ser na temporada anual no Theatro São Pedro, uma das mais recentes tradições sul-rio-grandenses, inaugurada em 2011. É sempre o espetáculo mais ambicioso do personagem que virou garoto-propaganda dos costumes gaudérios, criação do ator e músico Jair Kobe. Mas sejamos sinceros: ninguém assiste apenas uma vez.

Guri de Uruguaiana 2 — A Missão, que volta a cartaz nesta quarta-feira (3) no histórico palco da Capital, é uma produção com quatro cenários sucessivos, banda ao vivo, sapateadoras que fazem uma paródia do filme Cantando na Chuva (1952) e bailarinos de hip-hop participando de uma versão de Uptown Funk — o hit de Mark Ronson e Bruno Mars que virou Eu Quero Falar Tu e ganhou, há dois anos, um clipe do Guri com mais de 200 mil visualizações no YouTube ("Bergamota em bandejinha / Não! / Nem churrasco de forninho / Não! / Nem bombacha apertadinha / Não!"). Isso sem falar no fiel escudeiro Licurgo, o Gaúcho Emo (papel de Vitor Leal), que faz uma incursão pelo sertanejo no espetáculo e vira o Gaúcho Nejo.

O Guri de Uruguaiana estará em cartaz de quarta a domingo, até 21 de abril — longuíssima temporada para uma produção local —, mas a sessão de estreia, hoje, será especial, com a participação de dois astros mirins: Thomas Machado, 11 anos, vencedor do The Voice Kids em 2017, e Luiza Barbosa, 12, que está na semifinal da edição deste ano. Faz sentido: no espetáculo, o Guri é um "agente secreto" do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) cuja missão é preservar a cultura daqui, e ninguém melhor para inspirar as novas gerações do que os gauchinhos famosos.

No intervalo da gravação de um vídeo para o YouTube no galpão do Theatro São Pedro (poucos sabem que ali existe um), Jair Kobe diz que o humor é um recurso para levar as tradições para um público que não necessariamente as cultiva:

— No show, falamos da chula, do preparo do chimarrão, da indumentária, da música e dos costumes. O gaúcho às vezes valoriza a sua cultura e não se dá por conta, como quando se "refresca" com um chimarrão na praia. E tem gente que começa a tomar mate apenas quando vai morar fora do Estado.


Valorização da música gaúcha
Para divulgar seu personagem mais famoso, Kobe atua em diferentes mídias. O canal no YouTube, com novo vídeo toda quarta-feira, tem 46,5 milhões de visualizações desde 2009, a página no Facebook tem 3 milhões de seguidores (equivalente ao Grêmio e mais do que o Internacional) e o perfil no Instagram soma 426 mil seguidores.

Além de divertida, toda essa exposição é rentável: hoje, o influenciador digital anuncia (ou anunciará em breve) pão de alho, ferramentas, aplicativo de mobilidade e ensino a distância. Os convites, garante Kobe, não param de chegar, mas ele é criterioso na seleção para não macular a imagem do Guri:

— O bairrismo é fundamental. Tem empresas que percebem que falar a linguagem do Rio Grande do Sul é uma vantagem. Outra questão é a abrangência de público, pois é um show para todas as idades.

Mas o maior segredo do sucesso é que Jair Kobe não cansa de inventar moda. Entre maio e junho, vai estrear um programa de auditório semanal com ares de atração turística de Porto Alegre, a ser divulgada em hotéis, restaurantes e, como não poderia faltar, churrascarias. Será uma combinação de talk-show com game show (torta na cara não está descartada). A versão ao vivo, com público, ocorrerá às terças, com duração de pouco mais de uma hora, e uma versão editada estará no YouTube às quintas.

— Todos os que já assistiram aos shows poderão ir nesse, que será totalmente novo, com a participação de pessoas interessantes toda semana — vibra o artista.

Dos causos às causas, Kobe realizará sessões beneficentes de A Missão às terças. Voluntário, ao lado de Renato Borghetti, de uma campanha da Assembleia Legislativa para incentivar doações ao Funcriança, diz que aproveitou o convite para levantar outro debate:

— Precisamos divulgar mais a música gaúcha. Grandes eventos que ocorrem no Estado trazem artistas nacionais caríssimos e às vezes não prestigiam os nossos.

GURI DE URUGUAIANA 2 — A MISSÃO
De quarta-feira a sábado, às 21h, e domingo, às 18h. Temporada até 21 de abril.
Theatro São Pedro (Praça Marechal Deodoro, s/n°), fone (51) 3227-5100, em Porto Alegre.
Ingressos: R$ 30 (galeria), R$ 50 (camarote lateral), R$ 70 (camarote central) e R$ 90 (plateia e cadeira extra). À venda na bilheteria do teatro (sem taxa) e no site teatrosaopedro.com.br (com taxa).


Fonte: GauchaZH

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