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ELAS realiza sua primeira temporada teatral na Sala Álvaro Moreyra em abril

Montagem parte de uma pesquisa sobre a poética da performance Foto: Jean Pierre Kruze   Peça dirigida por Everson Silva aborda as di...


Montagem parte de uma pesquisa sobre a poética da performance

Foto: Jean Pierre Kruze
 

Peça dirigida por Everson Silva aborda as diferentes faces e papéis da mulher contemporânea e traz, a cada noite, uma artista convidada



Cinco mulheres se encontram em um espaço-tempo permeado por fragmentos de imagens, sons e sensações. ELAS se identificam, se distinguem e se reconhecem em imagens refletidas. Partindo de uma pesquisa sobre a poética da performance, o diretor Everson Silva recria uma linguagem de sonho. O som se transforma em ação e a fala se confunde com a luz. ELAS evocam suas ancestrais, arquétipos e signos como forma de reverem, deglutirem e se libertarem. Com a performance teatral ELAS, a Nós - Cia. de Teatro dá continuidade à pesquisa sobre a linguagem cênica - desenvolvida nas montagens Homem in Vitro (2007), DentroMundo (2008), Ser de Dentro (2015) e Nós, Os Outros (2017) -, criando um espetáculo que parte de repertório, biografias, e anseios de cinco atrizes, num processo de investigação e criação coletiva.                                       

Com citações de Fernanda Bastos e dramaturgia de Everson Silva, ELAS realiza sua primeira temporada na Sala Álvaro Moreyra, em Porto Alegre, de 5 a 28 de abril, de sexta a domingo, às 20h. No palco, Kacau Soares, Leticia Kleemann, Paula Cardoso, Raquel Tessari e Val Barcellos dão vida e voz a estas mulheres, que se identificam, se distinguem e se reconhecem em imagens refletidas na água, a qual surge como um sexto elemento na cena. A cada apresentação, a abertura do espetáculo é realizada por uma artista local (veja programação ao final), com o fim de potencializar as interpretações que o público pode ter da encenação, bem como possibilitar o reconhecimento da produção local.

ELAS é uma performance teatral que possibilita às atrizes da Nós - Cia. de Teatro estarem em processo de pesquisa sobre a sua condição de mulheres artistas na sociedade e sobre seu estado de presença cênica, a partir das suas emoções e do seu entorno. Além das poesias de Fernanda Bastos, o espetáculo é constituído de manifestos, cenas entrecortadas e textos autorais. O processo de criação foi permeado pela influência das obras de autoras como Ryane Leão, Roselee Goldberg, Angela Davis, Conceição Evaristo, Clarissa Pinkola Estés, bem como de Robert A. Johnson e de Renato Nogueira.

A performance teatral ELAS tem por objetivos fortalecer o grupo de mulheres artistas da companhia Nós, apresentar a todos públicos uma obra singular em que se possa reconhecer, por meio das histórias particulares de cada atriz, os papéis fundamentais que as mulheres desempenham na sociedade, e, finalmente, realizar um espetáculo no qual as mulheres se sintam representadas. A peça é uma forma de as mulheres se perceberem e se colocarem mais fortes; uma forma poética e carinhosa de se dizer que estão juntas,  comenta a atriz Paula Cardoso.

Processo de criação


O processo de construção da performance teatral ELAS foi calcado no trabalho com as emoções das atrizes, transformando em cena suas habilidades artísticas, seus repertórios e desassossegos, através de uma metodologia de experimentação que permite a emergência do imaginário. Portanto, ELAS se constitui como um trabalho de pesquisa que transforma em cena o registro emocional de Kacau Soares, Letícia Kleemann, Paula Cardoso, Raquel Tessari e Val Barcellos.

O desejo do diretor Everson Silva é apresentar ao público um trabalho autoral e, sendo assim, único, trazendo os aspectos do feminino à pesquisa da companhia Nós, sobre as linguagens do teatro, da dança e da poesia. Deste modo, o processo de criação foi orientado no sentido de expor as memórias e os registros que cada uma destas mulheres. O processo de construção de ELAS pretendeu estabelecer um espaço de criação artística no qual fosse possível ouvir a música de cada um dos corpos envolvidos mesmo que ela não soasse para todas. Ou seja, através dos elementos da realidade, construiu uma atmosfera de uma realidade poética, buscando brechas na dureza do cotidiano para um fôlego de liberdade e criação artística.

Para Kacau Soares, o teatro a faz sentir-se viva e o espetáculo a faz sentir-se livre, sendo uma forma de ajudar a sarar a sua vivência com o feminino. Nesse sentido, ELAS, como se fosse um sonho (que refaz e desfaz os elementos cotidianos), quer expressar a vida em arte, representar as conexões possíveis entre o ser humano, neste caso, mulheres e o seu lirismo.

- O espetáculo não quer representar as mulheres de forma generalizante ou falar de todas formas de ser mulher ou de se vivenciar a feminilidade. ELAS pretende ser uma performance que dialoga com todos os públicos, sugerindo nuances do que possa ser mulher na perspectiva das intérpretes, bem como refletir sobre quais papéis são dados às mulheres ao longo da história ocidental, explica Everson Rodrigues. - A fragilidade da menina, o amor da mãe, a abnegação da santa, a sabedoria da anciã; a histeria da louca, o despeito da Mulambo, a liberdade da artista estão representadas de forma poética dentro de uma estrutura dramatúrgica que utiliza as linguagens do teatro, da dança e da poesia, observa o diretor.

Desta forma, ELAS quer provocar a empatia do público geral e um sentimento de representatividade entre as mulheres. Acredita-se que o público feminino se reconheça nos traços dessas mulheres. Para Raquel Tessari, este reconhecimento pode ajudar a criar entre as mulheres uma fortaleza, ampliando o círculo feminino, na medida em que se ver nas situações da outra pode produzir um sentimento de pertencimento a um todo maior.

A água é o elemento da vida; representante das emoções e das afetividades. A cenografia é um ambiente preto, onde os corpos femininos se destacam. O palco está coberto por água. Conforme a cena se desenvolve, as atrizes têm seus corpos encharcados. O elemento traz um ponto de conexão com o monólogo Nós, Os Outros, que traz à cena um personagem que tem o figurino encharcado de água, representando esse transbordar das emoções. A matéria líquida está no centro do espaço de atuação e sob os pés das atrizes, que se utilizam desse elemento para a ação performática.

Sobre Nós - Cia. de Teatro


Recentemente indicada nas categorias Direção, Atriz Coadjuvante, Cenografia e Produção para o Prêmio Açorianos de Teatro (2018), por Nós! (em off). Em janeiro/19, esteve no palco do Teatro do SESC, dentro da programação do Porto Verão Alegre. O espetáculo está no repertório da Nós - Cia. de Teatro desde 2012 e esteve em cartaz no Teatro do Centro Histórico-Cultural Santa Casa (2018), no Teatro Renascença (2018), no Teatro Bruno Kiefer (2012), Sala Carlos Carvalho (2013, 2014 e 2017), entre outros.

A Nós - Cia. de Teatro é um grupo de artistas com sede em Porto Alegre/RS que pesquisa teatro e produz encenações, com o objetivo de aprofundar o estudo sobre a linguagem cênica e proporcionar novas experiências para o grupo e para o público. Os trabalhos da Nós podem ser encontrados nas redes digitais por @nos.ciadeteatro no Facebook, Instragram e YouTube; @nosciadeteatro no Twitter.

A companhia surgiu em 2007, com o nome Tantos Nós, capitaneada pelo diretor Everson Silva, vencedor do Prêmio Açorianos de Diretor Revelação (2013). Ao longo de sua trajetória realizou os espetáculos: Homem in Vitro (2008); DentroMundo (2009); Paixão de Cristo (2009); O Auto da Paixão (2010); Nós! (em off) (2012); Ser de Dentro(2015); e Nós, Os Outros (2017). Atualmente, tem a participação de mais de 15 profissionais das artes cênicas e visuais, que criam espetáculos contemporâneos de teatro. A Nós - Cia. de Teatro realiza produções independentes e tem criação coletiva.

Sobre Fernanda Bastos


FERNANDA BASTOS estreia na poesia com "Dessa Cor", publicado pela Figura de Linguagem. É formada em Jornalismo (IPA) e em Letras (UFRGS). Dentre suas influências, estão Tracy Chapman, Chimamanda Adichie e Alice Walker.

SERVIÇO:

ELAS
De 5 a 28 de abril, de sexta a domingo, às 20h.
Sala Álvaro Moreyra | Centro Municipal de Cultura |Av. Érico Veríssimo, 307
Teatro | 14 anos | 50minutos

INGRESSOS:

R$ 40 (inteira)
R$ 20,00 (meia entrada para pessoas com mais de 60 anos, estudantes, professoras e professores, pessoas com deficiência e acompanhante, classe artística, municipárias e municipários e acompanhante).

PONTOS DE VENDA:
EntreAtos (Online)
https://www.entreatosdivulga.com.br/elas
Somente cartão.

MEME Estação Cultural (Lopo Gonçalves, 176)
https://goo.gl/maps/GtLnuF7Rsgq
Segunda a sexta | 9h às 22h
Fone: 3019-2595
Somente dinheiro.

Livraria Bamboletras (Gen. Lima e Silva, 776 - Loja 3)
https://goo.gl/maps/u5EFGAHzEy22
Segunda a sábado | 10h às 22h | Domingo | 15h às 22h
Fone: 3221-8764
Somente dinheiro.

Café Sala Precisa (Rua Joaquim Nabuco, 197)
https://goo.gl/maps/3vwvmUjY7RC2
Terça a sábado | 14h às 21h
Somente dinheiro.

Eco Lógica (Rua Irmão Jose Otão, 309)
https://goo.gl/maps/EwYEqaDHx2G2
Segunda a sexta | 10h às 19h
Somente dinheiro.

Ingressos antecipados disponíveis nos postos de venda até 2h antes do início do espetáculo, conforme disponibilidade. Ingressos no local, 1h antes do espetáculo, conforme disponibilidade.

Local dispõe de ar refrigerado e estacionamento. A chegada após o início do espetáculo poderá acarretar na impossibilidade de entrada no teatro. Não será permitido fotografar ou filmar o espetáculo, sem a prévia autorização da produção.

ARTISTAS QUE FARÃO O PRÓLOGO DO ESPETÁCULO:

05.04 - Mulheragem
06.04 - Fernanda Bastos
07.04 - Fernanda Poletto
12.04 - Alexsandra Amaral
13.04 - Atena Beauvoir
14.04 - Denise Ribeiro
19.04 - Letícia Bottari
20.04 - Alessandra Fortes
21.04 -  Nury Salazar -Teresinhas (MEME)
26.04 - Dedy Ricardo
27.04 - Raquel Leão
28.04 - Mayura Matos
 

FICHA TÉCNICA:

Direção: Everson Silva.
Produção: Pedro Dos Santos.
Atuação: Kacau Soares, Leticia Kleemann, Paula Cardoso, Raquel Tessari e Val Barcellos.
Dramaturgia: Everson Silva, a partir do material criado coletivamente, com citações de "Desta Cor" de Fernanda Bastos (gentilmente cedida pela Figura de Linguagem).
Trilha Sonora: Composição original de Maninho Melo (Jeff Mou). Músicos: Maninho Melo, Leandro Alves e Edu Coelho Educs. Técnico de Gravação e Mixagem de Leandro Alves. Gravado em Canoas (2018), na L&A Produções Musicais.
Cenografia: Jony Pereira.
Iluminação: Veridiana Mendes.
Figurino: Letícia Brochier - Studio Lê Brochier.
Maquiagem: Criação Coletiva.
Fotografia: Jean Pierre Kruze.
Assessoria de Imprensa: Silvia Abreu Consultoria Integrada de Marketing
Arte: Amanda Hamermüller.
Mídias Digitais: Amanda Hamermüller e Thayse Uchoa
Produção Executiva: Everson Silva.
Assistência de Produção: Val Barcellos.
Apoio Cultural: Alfajores Odara, Jogo do Desconto, TVE e FM Cultura, MEME Estação Cultural.
Realização: Nós Cia. de Teatro.



Colaboração: Silvia Abreu
Assessoria de Imprensa - MTB 8679-4

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