11 de julho de 1847. Uma recém-nascida era deixada na Roda dos expostos da Santa Casa de Misericórdia. Seu nome: Luciana de Abreu (foto)...
11 de julho de 1847. Uma
recém-nascida era deixada na Roda dos expostos da Santa Casa de
Misericórdia. Seu nome: Luciana de Abreu (foto). Assim começava a
trajetória de uma das mais importantes personagens da história da
capital. Por isso quando se completam 170 anos de seu nascimento é
justo relembrar seus feitos e seu papel como pioneira nas manifestações
feministas.
Naquela época somente os homens tinham acesso ao ensino superior. Às mulheres era forte o costume de reservar o confinamento aos lares e à igreja. Na política e na administração de municípios, os cargos só podiam ser exercidos pelos homens. Sem gozar de reconhecimento social, elas tinham poucas representantes na literatura e no magistério. Neste contexto, a principal bandeira de Luciana foi a defesa do acesso das mulheres à educação. Nas reuniões do Partenon Literário ela encontrou espaço para disseminar seus ideais, como em 1873 quando proferiu o discurso Educação das mães de família, defendendo a tese de que a instrução superior fosse dada ao sexo feminino. Ela foi a primeira mulher que galgou uma tribuna em nosso estado e seus discursos, abordando propaganda feminista acabavam arrebatando a platéia: “Nós temos sido caluniadas, dizendo-se que somos incapazes dos grandes cometimentos, que somos de inteligência fraca, de perspicácia mesquinha e que não devemos passar de seres caseiros, de meros instrumentos do prazer e das conveniências do homem...”
Mostrando sintonia com as transformações que ocorriam na Europa, ela pregava o direito do voto, conquistado pelas mulheres inglesas. Apesar do preconceito ao sexo feminino, no século XIX o Brasil viveu um período de efervescência política e social em que as mulheres contribuíram para a construção da cidadania feminina atual como foi o caso desta porto-alegrense, professora, casada, mãe de dois filhos. Luciana faleceu aos 33 anos de idade, mas sua importância para Porto Alegre, hoje, pode ser medida pela designação de uma Escola e uma rua que têm o seu nome. A cidade que viu nascer esta grande mulher, também ajudou a eternizá-la!
Fonte: blog do Rogério Bastos
Matéria publicada em 13 de julho de 2018, data do sesquicentenário.
Naquela época somente os homens tinham acesso ao ensino superior. Às mulheres era forte o costume de reservar o confinamento aos lares e à igreja. Na política e na administração de municípios, os cargos só podiam ser exercidos pelos homens. Sem gozar de reconhecimento social, elas tinham poucas representantes na literatura e no magistério. Neste contexto, a principal bandeira de Luciana foi a defesa do acesso das mulheres à educação. Nas reuniões do Partenon Literário ela encontrou espaço para disseminar seus ideais, como em 1873 quando proferiu o discurso Educação das mães de família, defendendo a tese de que a instrução superior fosse dada ao sexo feminino. Ela foi a primeira mulher que galgou uma tribuna em nosso estado e seus discursos, abordando propaganda feminista acabavam arrebatando a platéia: “Nós temos sido caluniadas, dizendo-se que somos incapazes dos grandes cometimentos, que somos de inteligência fraca, de perspicácia mesquinha e que não devemos passar de seres caseiros, de meros instrumentos do prazer e das conveniências do homem...”
Mostrando sintonia com as transformações que ocorriam na Europa, ela pregava o direito do voto, conquistado pelas mulheres inglesas. Apesar do preconceito ao sexo feminino, no século XIX o Brasil viveu um período de efervescência política e social em que as mulheres contribuíram para a construção da cidadania feminina atual como foi o caso desta porto-alegrense, professora, casada, mãe de dois filhos. Luciana faleceu aos 33 anos de idade, mas sua importância para Porto Alegre, hoje, pode ser medida pela designação de uma Escola e uma rua que têm o seu nome. A cidade que viu nascer esta grande mulher, também ajudou a eternizá-la!
Fonte: blog do Rogério Bastos
Matéria publicada em 13 de julho de 2018, data do sesquicentenário.
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