O 34º Rodeio Crioulo de Brusque foi uma das principais atrações de lazer no município neste fim de semana. Desde sexta-feira, 3, até es...
O 34º Rodeio Crioulo de Brusque foi
uma das principais atrações de lazer no município neste fim de semana.
Desde sexta-feira, 3, até este domingo, 5, competições de diversos
tipos agitaram os presentes, e durante a noite, foram os bailões que
atraíram os amantes da cultura e da tradição gaúcha. A estrutura contou
com lanchonetes, espaço para crianças e lojas com itens temáticos, além
da venda de animais.
Germano Hoffmann, o Mano, patrão do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Laço do Bom Vaqueiro, que organiza o rodeio, afirma que a 34ª edição foi um sucesso. Participaram das competições 156 equipes de quatro integrantes cada, e 46 patrões de CTGs compareceram.
O patrão destaca que todo o estacionamento e até mesmo onde fica a pista de kart foram usados para os acampamentos. A presença do grande público de fora e os visitantes locais também lotaram as atrações musicais. “Os bailes também foram muito bons, superaram as nossas expectativas”, diz Mano Hoffmann.
Competições
Na tarde de sexta-feira, foram disputadas duas competições de laço: a Laçada do Comprador, com prêmio de R$ 8 mil, e o Troféu Valdecir Antônio Bodenmüller, em duplas, com premiação de R$ 5 mil para a dupla vencedora. O objetivo, evidentemente, é laçar, num percurso de 100 metros, as prendas (bezerros e bois em idades mais jovens), até a definição dos campeões. Era preciso paciência, acerto de tempo e muita habilidade no laço para acertar os animais em uma corrida a cavalo.
“A boiada é totalmente tratada, bem cuidada, com ração especial, sem nenhum tipo de maus tratos. É uma boiada gorda, linda”, ressalta o locutor Vagner Rosa, que foi uma das vozes do rodeio.
Diferente da imagem muitas vezes associada ao rodeio, com laçadas nas pernas dos animais que podem provocar lesões graves e até mortes de animais, no Rodeio Crioulo os bovinos são laçados pelas pontas dos chifres. O método faz com que a atividade contenha menos riscos.
Aos 24 anos, Vagner participa de rodeios desde os cinco e é membro de uma família tradicional de Bocaína do Sul, pequeno município da Serra Catarinense. A cada fim de semana, ele está em um rodeio diferente, e já passou pelos três estados do Sul e por São Paulo.
“Rodeio para mim é tudo. Aqui você vê famílias acampadas, e muito da tradição gaúcha é isso, a família, a integração das pessoas. É isso que nos motiva a estar em um rodeio diferente a cada semana. Também costumo competir como laçador. Não tenho grandes títulos, mas faço por amor à tradição.
Boa parte do público vem de gerações apaixonadas pelo rodeio. Afonso Cardoso, natural de Gaspar, se tornou locutor auxiliado pela influência do pai, e também compete como laçador. Já perdeu as contas de quantas vezes participou.
“Há sete anos sou locutor. Vem de sangue, é cultura da família. Temos a honra de correr por rodeios em toda Santa Catarina e também no Rio Grande do Sul. A gente também tem no rodeio um pouco do nosso sustento, é uma atividade que complementa nossa renda. E o nível das competições tem sido muito alto, é sempre difícil apontar favoritos”, relata.
Várias das famílias que acampam no rodeio possuem estrutura de ponta com seus caminhões. Há quem traga sofás, geladeiras e camas para o evento. “Há caminhões hoje que são praticamente um motorhome, que contam até com banheiro, além, claro, da estrutura para levar animais”, explica Cardoso.
Velha guarda
Osmar de Souza participou do evento pela oitava vez. Em 1999, saiu de Gravataí, no Rio Grande do Sul, e transferiu sua loja de artigos campeiros para Joinville. A decisão, segundo ele, foi excelente, porque a mudança foi para um ponto estratégico.
“Havia, naquela época, uma grande explosão da cultura gaúcha em Santa Catarina. Resolvi aproveitar a oportunidade e nos instalamos em Joinville, porque podíamos ficar próximos de outras cidades do estado e também do Paraná. A loja ficou melhor localizada neste sentido, para ir aos rodeios”, explica. Desde o início, em Gravataí, já se vão mais de três décadas.
Com a chuva, alguns colaboradores do evento precisaram drenar a água que transformou o terreno ao lado do pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof em um verdadeiro lamaçal. Para Souza, as condições meteorológicas foram determinantes para que o movimento, pelo menos na sexta-feira, ficasse um pouco abaixo do que ele já havia visto em edições anteriores.
Ele também conta que costumava competir no laço nas décadas passadas. “Competi há muito tempo, há 25 anos, fui laçador, hoje não dá mais. Hoje venho pelo comércio, que tem tudo a ver com o rodeio, com o laçador, e temos produtos para cavalos, prendas, peões.”
Fonte: portal O Município, de Brusque-SC
Germano Hoffmann, o Mano, patrão do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Laço do Bom Vaqueiro, que organiza o rodeio, afirma que a 34ª edição foi um sucesso. Participaram das competições 156 equipes de quatro integrantes cada, e 46 patrões de CTGs compareceram.
O patrão destaca que todo o estacionamento e até mesmo onde fica a pista de kart foram usados para os acampamentos. A presença do grande público de fora e os visitantes locais também lotaram as atrações musicais. “Os bailes também foram muito bons, superaram as nossas expectativas”, diz Mano Hoffmann.
Competições
Na tarde de sexta-feira, foram disputadas duas competições de laço: a Laçada do Comprador, com prêmio de R$ 8 mil, e o Troféu Valdecir Antônio Bodenmüller, em duplas, com premiação de R$ 5 mil para a dupla vencedora. O objetivo, evidentemente, é laçar, num percurso de 100 metros, as prendas (bezerros e bois em idades mais jovens), até a definição dos campeões. Era preciso paciência, acerto de tempo e muita habilidade no laço para acertar os animais em uma corrida a cavalo.
“A boiada é totalmente tratada, bem cuidada, com ração especial, sem nenhum tipo de maus tratos. É uma boiada gorda, linda”, ressalta o locutor Vagner Rosa, que foi uma das vozes do rodeio.
Diferente da imagem muitas vezes associada ao rodeio, com laçadas nas pernas dos animais que podem provocar lesões graves e até mortes de animais, no Rodeio Crioulo os bovinos são laçados pelas pontas dos chifres. O método faz com que a atividade contenha menos riscos.
Aos 24 anos, Vagner participa de rodeios desde os cinco e é membro de uma família tradicional de Bocaína do Sul, pequeno município da Serra Catarinense. A cada fim de semana, ele está em um rodeio diferente, e já passou pelos três estados do Sul e por São Paulo.
“Rodeio para mim é tudo. Aqui você vê famílias acampadas, e muito da tradição gaúcha é isso, a família, a integração das pessoas. É isso que nos motiva a estar em um rodeio diferente a cada semana. Também costumo competir como laçador. Não tenho grandes títulos, mas faço por amor à tradição.
Boa parte do público vem de gerações apaixonadas pelo rodeio. Afonso Cardoso, natural de Gaspar, se tornou locutor auxiliado pela influência do pai, e também compete como laçador. Já perdeu as contas de quantas vezes participou.
“Há sete anos sou locutor. Vem de sangue, é cultura da família. Temos a honra de correr por rodeios em toda Santa Catarina e também no Rio Grande do Sul. A gente também tem no rodeio um pouco do nosso sustento, é uma atividade que complementa nossa renda. E o nível das competições tem sido muito alto, é sempre difícil apontar favoritos”, relata.
Várias das famílias que acampam no rodeio possuem estrutura de ponta com seus caminhões. Há quem traga sofás, geladeiras e camas para o evento. “Há caminhões hoje que são praticamente um motorhome, que contam até com banheiro, além, claro, da estrutura para levar animais”, explica Cardoso.
Velha guarda
Osmar de Souza participou do evento pela oitava vez. Em 1999, saiu de Gravataí, no Rio Grande do Sul, e transferiu sua loja de artigos campeiros para Joinville. A decisão, segundo ele, foi excelente, porque a mudança foi para um ponto estratégico.
“Havia, naquela época, uma grande explosão da cultura gaúcha em Santa Catarina. Resolvi aproveitar a oportunidade e nos instalamos em Joinville, porque podíamos ficar próximos de outras cidades do estado e também do Paraná. A loja ficou melhor localizada neste sentido, para ir aos rodeios”, explica. Desde o início, em Gravataí, já se vão mais de três décadas.
Com a chuva, alguns colaboradores do evento precisaram drenar a água que transformou o terreno ao lado do pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof em um verdadeiro lamaçal. Para Souza, as condições meteorológicas foram determinantes para que o movimento, pelo menos na sexta-feira, ficasse um pouco abaixo do que ele já havia visto em edições anteriores.
Ele também conta que costumava competir no laço nas décadas passadas. “Competi há muito tempo, há 25 anos, fui laçador, hoje não dá mais. Hoje venho pelo comércio, que tem tudo a ver com o rodeio, com o laçador, e temos produtos para cavalos, prendas, peões.”
Fonte: portal O Município, de Brusque-SC
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