Um encontro inesperado marcou a vida do imigrante haitiano Alix Georges, de 35 anos. Ele vive em Porto Alegre há 10 anos e ao longo dess...
Um
encontro inesperado marcou a vida do imigrante haitiano Alix Georges,
de 35 anos. Ele vive em Porto Alegre há 10 anos e ao longo desse
período aprendeu a admirar a cultura gaúcha e se tornou fã da música
tradicionalista.
Tanto que o Galpão Crioulo passou a ser seu programa preferido e o transformou em fã de Os Fagundes e de uma música em especial: "Canto Alegretense". O encantamento pela canção de Nico e Bagre Fagundes fez com que o "haitiúcho" fizesse uma nova versão para a música, em francês, para usar nas aulas em que ele ensina o idioma.
O que Alix não esperava era ter a oportunidade de cantar a música ao lado de um dos criadores da canção Bagre Fagundes e dois de seus filhos, Ernesto e Neto. Esse encontro foi acompanhado pela reportagem da RBS TV e exibida no Jornal do Almoço desta quinta-feira (6).
"Eu gosto tanto dessa música e acho que ela serve para integrar. Que bacana a gente poder fazer junto isso", disse Neto.
Emocionado, Alix Georges agradeceu a oportunidade e elogiou a canção.
Ernesto também enalteceu o povo gaúcho, que sempre se orgulhou de ser hospitaleiro.
"A gente não pode se orgulhar de ser hospitaleiro só no discurso, tem que ser na prática. Então todos são bem-vindos aqui no nosso estado", garante Ernesto.
Mas não imagine que foi fácil traduzir a cantiga para o francês, principalmente por causa das expressões regionais como "flor de tuna, camoatim de mel campeiro" e "pedra moura das quebradas do Inhanduí". Segundo Alix: "Foi difícil, porque nem todo brasileiro, nem todo gaúcho entende o que esses termos significam, então imagine um haitiano. Mas conversando com muitos alunos, pessoas próximas, com o meu guitarrista que está estudando a música haitiana, eles me explicam a ideia, o que seria 'camoatim de mel campeiro', o que seria 'pedra moura' ou 'das quebradas do Inhanduí' e eu faço uma adaptação mais próxima possível para o francês", explica.
Veja os vídeos, clicando aqui.
Confira a letra da música em francês
Ne me demande pas ou se trouve alegrete
Seulement suis le desir de ton coeur
Tu croiseras sur le chemin quelques chevalier
Et écouteras sonner la guitarre et l’acordeon
Celui qui vient de Rosario fin de l’après- midi
Ou qui vient d’Uruguaiana au matin
Il y a le soleil comme une flame qui encore brûle
Plongé dans la rivière Ibirapuitã
(refrão)
Ecoutez le chant gaoucho-bresilien
De cette terre que j’ai aimé depuis petit
Fleur de cactus, frelon de miel de la campagne
Pierre mauresque chez les Inhanduí
Et dans la dernière heure que je merite
Voir le soleil d’alegrete qui se couche
Comme les poulins je tournerai la tête
Vers ma terre natale avant de mourrir
Dans mon regard j’apporterai l’admiration
Cette terre que j'ai aimé avec dévotion
Chaque vers que je compose c’est un paiement
D’une dette d'amour et de reconnaissance
Fonte: portal Galpão Crioulo no GShow
Tanto que o Galpão Crioulo passou a ser seu programa preferido e o transformou em fã de Os Fagundes e de uma música em especial: "Canto Alegretense". O encantamento pela canção de Nico e Bagre Fagundes fez com que o "haitiúcho" fizesse uma nova versão para a música, em francês, para usar nas aulas em que ele ensina o idioma.
O que Alix não esperava era ter a oportunidade de cantar a música ao lado de um dos criadores da canção Bagre Fagundes e dois de seus filhos, Ernesto e Neto. Esse encontro foi acompanhado pela reportagem da RBS TV e exibida no Jornal do Almoço desta quinta-feira (6).
"Eu gosto tanto dessa música e acho que ela serve para integrar. Que bacana a gente poder fazer junto isso", disse Neto.
Emocionado, Alix Georges agradeceu a oportunidade e elogiou a canção.
"Poxa
vida, fiquei sem palavras. Quero agradecer mesmo e dar os parabéns,
porque a música é sensacional e maravilhosa", destacou.
Ernesto também enalteceu o povo gaúcho, que sempre se orgulhou de ser hospitaleiro.
"A gente não pode se orgulhar de ser hospitaleiro só no discurso, tem que ser na prática. Então todos são bem-vindos aqui no nosso estado", garante Ernesto.
Mas não imagine que foi fácil traduzir a cantiga para o francês, principalmente por causa das expressões regionais como "flor de tuna, camoatim de mel campeiro" e "pedra moura das quebradas do Inhanduí". Segundo Alix: "Foi difícil, porque nem todo brasileiro, nem todo gaúcho entende o que esses termos significam, então imagine um haitiano. Mas conversando com muitos alunos, pessoas próximas, com o meu guitarrista que está estudando a música haitiana, eles me explicam a ideia, o que seria 'camoatim de mel campeiro', o que seria 'pedra moura' ou 'das quebradas do Inhanduí' e eu faço uma adaptação mais próxima possível para o francês", explica.
Veja os vídeos, clicando aqui.
Confira a letra da música em francês
Ne me demande pas ou se trouve alegrete
Seulement suis le desir de ton coeur
Tu croiseras sur le chemin quelques chevalier
Et écouteras sonner la guitarre et l’acordeon
Celui qui vient de Rosario fin de l’après- midi
Ou qui vient d’Uruguaiana au matin
Il y a le soleil comme une flame qui encore brûle
Plongé dans la rivière Ibirapuitã
(refrão)
Ecoutez le chant gaoucho-bresilien
De cette terre que j’ai aimé depuis petit
Fleur de cactus, frelon de miel de la campagne
Pierre mauresque chez les Inhanduí
Et dans la dernière heure que je merite
Voir le soleil d’alegrete qui se couche
Comme les poulins je tournerai la tête
Vers ma terre natale avant de mourrir
Dans mon regard j’apporterai l’admiration
Cette terre que j'ai aimé avec dévotion
Chaque vers que je compose c’est un paiement
D’une dette d'amour et de reconnaissance
Fonte: portal Galpão Crioulo no GShow
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