Neste fim de semana eleitoral subi a serra geral para os rumos de minha querência, São Francisco de Paula. Aproveitando a olada, fui pa...
Neste fim de semana eleitoral subi
a serra geral para os rumos de minha querência, São Francisco de Paula.
Aproveitando a olada, fui pagar uma visita a minha amiga Luciana
Soares, proprietária da Livraria Miragem, uma das maiores casas de
livros do Brasil e ponto de referência que transcende, muitas vezes, o
nome de minha cidade, dado a importância e ao reconhecimento, inclusive
internacional, que tem este local. A professora Luciana sempre foi uma
visionária que realiza nesta Livraria o sonho de muitos anos.
Mas a visita que eu devia a minha amiga é porque, há uns 15 dias, ela inaugurou, dentre tantas salas temáticas que tem a Miragem, um espaço só para autores gauchescos e, convidado especial que fui, ao lado do meu irmão Paulinho Pires, não pude comparecer.
Mas sábado eu fui, e lhes conto...
Mas a visita que eu devia a minha amiga é porque, há uns 15 dias, ela inaugurou, dentre tantas salas temáticas que tem a Miragem, um espaço só para autores gauchescos e, convidado especial que fui, ao lado do meu irmão Paulinho Pires, não pude comparecer.
Mas sábado eu fui, e lhes conto...
... que lugar lindo, aprazível, calmo, autêntico, onde Jayme Caetano
Braun, Aureliano de Figueiredo Pinto, Vargas Netto, os irmãos Cardoso
Nunes, e tantos outros, se acham em casa. Neste recanto com tábuas
centenárias retiradas dos galpões interioranos o velho Blau, de Simões
Lopes Neto, encontra-se com Capitão Rodrigo Cambará, de Erico
Veríssimo. E para orgulho deste fazedor de versos, as páginas de meus
livros podem ser folhadas no mesmo ambiente rústico em que o grande
Mário Quintana tem registrado os seus pensares.
O chão é composto de pedras de taipas (cercas de pedras) com fardos de
alfafas, selas, vassouras de guanchuma, tudo para levar as pessoas,
principalmente os turistas ao ambiente em que o gaúcho campeiro foi
criado. Nas paredes, os livros intercalam-se com objetos antigos.
Para dar mais autenticidade uma música, gauchesca é claro, retrecha num velho megafone e numa prateleira suspensa um lote de queijos serranos vai secando, dando um cheiro característico ao galpão encravado dentro desta que é uma das maiores livrarias de nossa pátria verde-amarela.
Quem for até São Francisco de Paula não pode deixar de conhecer a Livraria Miragem e o galpão temático dos escritores regionais. Sejam todos muito bem-vindos.
Para dar mais autenticidade uma música, gauchesca é claro, retrecha num velho megafone e numa prateleira suspensa um lote de queijos serranos vai secando, dando um cheiro característico ao galpão encravado dentro desta que é uma das maiores livrarias de nossa pátria verde-amarela.
Quem for até São Francisco de Paula não pode deixar de conhecer a Livraria Miragem e o galpão temático dos escritores regionais. Sejam todos muito bem-vindos.
Soneto a Livraria Miragem
(Léo Ribeiro)
Lúdica paisagem, ilusão da mente,
és tu, miragem, ao sofrido olhar.
Falso oásis no deserto quente,
irreal navio na vastidão do mar.
Mas pra nós, serranos, Miragem é vida,
não é um fruto da imaginação.
Pode ser tocada, pode ser sentida
e, por bela, prende a nossa visão.
É o lar dos livros, casa de cultura,
querência das artes de essência pura,
altiva e nobre, com cheiro de terra.
É a nossa origem materializada,
é a nossa história sendo recontada,
é assim Miragem, no altar da serra.
(Léo Ribeiro)
Lúdica paisagem, ilusão da mente,
és tu, miragem, ao sofrido olhar.
Falso oásis no deserto quente,
irreal navio na vastidão do mar.
Mas pra nós, serranos, Miragem é vida,
não é um fruto da imaginação.
Pode ser tocada, pode ser sentida
e, por bela, prende a nossa visão.
É o lar dos livros, casa de cultura,
querência das artes de essência pura,
altiva e nobre, com cheiro de terra.
É a nossa origem materializada,
é a nossa história sendo recontada,
é assim Miragem, no altar da serra.
Fonte: blog do Léo Ribeiro
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