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Acendimento da Chama Crioula 2013

Acendimento da chama crioula oficial do RS Quando? Dia 17 de agosto Onde? Santo Amaro do Sul – General Camara   Programação   16 ...







Acendimento da chama crioula oficial do RS
Quando? Dia 17 de agosto
Onde? Santo Amaro do Sul – General Camara
 
Programação
 
16 de agosto - Sexta-feira
7h00 – Recepção e credenciamento
20h – Palestra – A vida e a obra de um Monarca – com Nésio Correa (Gildinho) - Patrono dos festejos farroupilhas
 
17 de agosto - Sábado
7h00 – Recepção e credenciamento
8h30min – Concentração em ordem para distribuição da Centelha;
9h00 – Início da Cerimônia de Distribuição da Chama para as Delegações;
12h00 – Almoço
 
II Seminário Estadual da Juventude Gaúcha
14h15min – Palestra “Liderança Jovem”;
15h15min – Palestra “Pontos Históricos do RS”;
16h00 – Passeio Cultural em Santo Amaro do Sul
20h00 – Encerramento.

Colaboração: Rogério Bastos


A semana farroupilha no imaginário do povo rio-grandense

Vale sempre um pouco de história. Quando, em 1947, aconteceu a primeira ronda crioula, não passava pela cabeça daqueles jovens no que iria se tornar aquele ato de grandeza, em plena década de 40. Mas por muitos anos as comemorações do decênio farrapo aconteceram de forma desordenada por todo estado, inclusive na capital. Eram piquetes de cavalarianos desfilando por ruas centrais, pequenos bailes e manifestações aleatórias por vários lugares.
Mesmo com a dedicação dos gaúchos, ainda faltava algo que tornasse oficial o ato heroico do “grupo dos oito”, de 1947. Foi então, que em 1964, dezessete anos depois, o presidente da Assembleia Legislativa do estado, Francisco Solano Borges, sancionava a lei 4.850, que oficializava a semana farroupilha, de 14 a 20 de setembro, em homenagem aos heróis farroupilhas. Mais 17 anos passaram, e, no ano de 1980, a lei 7.391, deu nova redação à lei 4.850, incluindo o Movimento Tradicionalista Gaúcho. O diretor de cultura do estado era Luis Carlos Barbosa Lessa, no governo de Amaral de Souza. Outras alterações foram sendo conduzidas ao longo dos anos para aprimorar as comemorações farroupilhas.
Nas comemorações do sesquicentenário da Revolução Farroupilha, um olhar diferenciado surge sobre a epopeia, novos escritos, acontecimentos e um novo reconhecimento. No inicio, os festejos duravam em torno de 13 dias (de 7 à 20/09), depois, por lei, ficou em 7. Atualmente, em Porto Alegre, o Parque da Harmonia recebe seus acampados desde o final do mês de agosto, mas é a partir do dia 7 de setembro, com o ato histórico de Paixão Cortes e o piquete da tradição, que abrem oficialmente as comemorações na capital. As atividades oficiais, pela lei, e no interior do estado, continuam acontecendo à partir do dia 14.
Muitos lugares já têm em seu imaginário que as comemorações estão acontecendo desde o momento em que é acesa a chama oficial do estrado em um sítio histórico pelo Rio Grande do Sul. Esse evento acontece sempre no final de semana mais próximo do dia 24 de agosto, data que marca o suicídio do presidente Getulio Vargas. Em 1999 o acendimento da Chama Crioula foi realizado em Pelotas, em uma homenagem ao centenário da União Gaúcha Simões Lopes Neto. Em 2000 o acendimento ocorreu em Alegrete, na “Capela Queimada”. Os dois eventos foram prestigiados pela direção do MTG, mas tiveram muita pouca participação das coordenadorias regionais. Foram eventos locais, sem grandes repercussões mediáticas.
O acendimento da chama crioula se transformou-se em um grande evento à partir de 2001, em Guaíba, em frente a casa de Gomes Jardim, com participação das 30 RTs. Neste ano de 2013, a cidade escolhida, no congresso tradicionalista, para receber o Rio Grande e gerar a chama, foi Santo Amaro do Sul, em General Câmara.
Os desfiles temáticos, criados em 2003, com muita resistência, se transformaram em atração na maioria dos municípios. Na capital transformou-se em espetáculo noturno com milhares de pessoas assistindo e centenas desfilando. Os carros temáticos transformaram-se em atração especial, pela beleza, pela criatividade e, principalmente, porque contam a nossa história através tema anual. Em 2013, o Rio Grande do Sul no imaginário social.
As modificações que foram melhorando a maior festa popular do estado incluíam a escolha de um patrono. Alguém que, com destaque em sua vida, tivesse se dedicado à preservação das tradições gaúchas. Em 2005 o primeiro patrono foi o poeta Luiz Menezes e, em 2013, o escolhido foi Nésio Corrêa, o Gildinho, do grupo Os Monarcas, de Erechim.
Foi muito importante fazermos essa retrospectiva da história das comemorações da semana farroupilha para entendermos que, este ano, estamos refletindo sobre todo esse orgulho que temos de ser gaúcho. Por que, através do imaginário social, podemos entender toda construção da imagem do gentílico sul-rio-grandense, denominado, no inicio do século XX, pejorativamente, e depois, orgulhosamente, de gaúcho.
O tema mobilizou escolas para rever a mitologia, as lendas, os contos e os causos. Em alguns lugares a própria literatura regional. Fez, os criativos coreógrafos, pensarem desfiles que levariam para a avenida o gaúcho idealizado por José de Alencar, Alcides Maia, Augusto Meyer, João Simões Lopes Neto, João Cezimbra Jacques e tantos outros que, através de seus escritos, registraram e construíram a imagem que representa o gauchismo rio-grandense.
Uma semana farroupilha para refletir o que é ser gaúcho... de onde viemos... e para onde vamos.

Rogério Bastos
Professor, Jornalista, Assessor de imprensa do MTG
www.rogeriobastos.com.br

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