“Nenhum povo é dono do seu destino, se antes não é dono de sua cultura.” (JOSÉ MARTÍ - Havana, 28 de janeiro de 1853 — Dos Ríos,...
“Nenhum povo é dono do seu destino, se antes não é dono de sua cultura.”
(JOSÉ MARTÍ - Havana, 28 de janeiro de 1853 — Dos Ríos, 19 de maio de 1895 - político, pensador, jornalista, filósofo, poeta e maçom cubano).
OUÇA O PROGRAMA “BUENOS DIAS”, de segunda-feira à sexta-feira, das 06h às 08h, pela RÁDIO COM PIRATINIENSE – FM 87.9 – www.radiocomfm.com.
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O PROGRAMA CONTINUA AS CAMPANHAS:
1) PELA RESPONSABILIDADE COTIDIANA DE CADA PESSOA EM SELECIONAR O LIXO POR ELA PRODUZIDO;
2) PELA SENSIBILIZAÇÃO DE NÓS, SERES HUMANOS, PARA UMA RELAÇÃO ÉTICA COM OS ANIMAIS NÃO HUMANOS.
Nesta segunda-feira, 29 de julho de 2013, além de música, poesia, roncos de mate e vozes de aves nativas, teremos as seguintes atrações:
1) homenagem ao município gaúcho de SÃO JOSÉ DOS AUSENTES, criado a 20 de março de 1992;
2) o causo "FERIDO PELAS TRÊS ARMAS" de APPARICIO SILVA RILLO, extraído da obra do próprio autor, "RAPA DE TACHO 2 - Causos Gauchescos" (Porto Alegre: Tchê, 1983, p. 91 a 93);
3) destaque às biografias de JOAQUIM FRANCISCO DE ASSIS BRASIL, nascido a 29 DE JULHO DE 1857, e de JÚLIO PRATES DE CASTILHOS, nascido a 29 DE JULHO DE 1860;
4) o poema “CORDEONITA" de JAYME CAETANO BRAUN, extraído da obra do próprio autor, "PAISAGENS PERDIDAS" (Porto Alegre: Artes e Ofícios, 2002, p. 71 a 74)
5) destaque à obra fonográfica “ALMA CHAMAMECERA” de ROBINSON BOEIRA.
* A FOTOGRAFIA QUE ILUSTRA ESTA POSTAGEM REGISTRA O POLÍTICO JOAQUIM FRANCISCO DE ASSIS BRASIL, DISPONÍVEL EM http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.cldceepassisbrasil.seed.pr.gov.br/redeescola/escolas/23/570/15/arquivos/Image/joaquim.jpg&imgrefurl=http://www.cldceepassisbrasil.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo%3D40&h=409&w=299&sz=23&tbnid=7No0rCv4fQSPiM:&tbnh=90&tbnw=66&zoom=1&usg=__kFMFsbn6PUBSzx48NUmOh1EmuHY=&docid=nB9sNBbrzXoquM&sa=X&ei=4GvyUbHICoPe8wT1m4DgAQ&ved=0CDcQ9QEwAw&dur=195, ACESSO A 26 DE JULHO DE 2013.
Eis o poema:
"CORDEONITA
(Autor: JAYME CAETANO BRAU)
E já se vieram...
já se vieram...
a la pucha!
tropel de patas,
retinir de patacões,
e a cordeonita,
amansa teclas e botões,
quanto mais tempos,
mais vaqueana e mais gaúcha!
Dou doble e luz
para esse guacho!
- soca o freio,
bota a parada, no más
- estende o pala!
e a cordeonita,
vai trocando a fala,
no já te pego
e já te largo do jardeio!
Sinos da Ibéria
que acordaram tolderias,
ecos distantes de tambores africanos
e cantos gringos,
misturados aos pampianos,
no caldeamento imemorial
das melodias!
E a cordeonita
dos comércios de carreira,
se abre - pachola no más,
floreando marcas,
a relembrar
fletes e lanças
dos monarcas
que falquejaram
os dois lados da fronteira!
Uma só vida,
cordeonita,
é muito pouca,
para os teus causos
das andanças
e memórias,
para os romances das peleias
e as histórias
que vais contando,
balbuciadas,
em voz rouca!
A indiada alçada,
a beira povo,
já não grita,
o "já se vieram",
acordando as tardes quietas;
já vão sumindo, tempo adentro,
as canchas retas - pra sorte nossa,
tu ficaste, cordeonita! "
Fonte: blog do Juarez Machado de Farias
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