Este blogueiro ministrando uma palestra no Templo Nobre de Curitiba - Grande Oriente do Paraná. Notem a Chama Crioula ao centro Já e...
Este blogueiro ministrando uma palestra no Templo Nobre de Curitiba - Grande Oriente do Paraná. Notem a Chama Crioula ao centro
Já escrevi, neste mesmo espaço, sobre a importância que a maçonaria teve na Revolução Farroupilha. Os comandos, de ambos os lados do conflito, pertenciam à Ordem e foi dentro dos templos do sul que tal levante foi arquitetado. Durante o embate, diversos tópicos refletiram esta situação.
Passado o tempo e revigorado o espírito comemorativo do gaúcho em relação ao vinte de setembro, os templários, discretos como sempre, continuam atuantes e participativos em relação ao tradicionalismo. Tanto é assim que diversos piquetes representam suas potências maçônicas e o maior nome, o ícone deste movimento cultural, Paixão Côrtes, pertence ao quadro de obreiros do Grande Oriente do Rio Grande do Sul. Assim como o folclorista, centenas de artistas, poetas e cultores do gauchismo, são lapidadores da Pedra Bruta.
De uns tempos para cá, uma característica tem assolado as Lojas Maçônicas nesta data: A Sessão Magna Farrapa.
Tal solenidade, por vezes aberta ao público, transforma a milenar ritualística adaptando-a ao linguajar e ao vestir gauchesco.
A maior autoridade do templo (agora transformado em galpão) passa a ser tratado por Patrão, e assim por diante. Capataz, sota-capataz, agregado disto, chiru daquilo.... As bandeiras, brasileira e rio-grandense, bem como os hinos e a chama crioula, são exaltados e reverenciados de uma forma especial. Os trabalhos apresentados têm conotação com passagens e fatos da Revolução e diversas apresentações artísticas/gauchescas são efetuadas durante a Sessão.
Maçonaria não é religião. É um Movimento de homens livres e de bons costumes que, com força, inteligência e união, ajudou a escrever a história de diversos países. Sendo assim, nada mais justo do que participar ativamente destas funções que, ao lado da filantropia, é uma mola propulsora para que a Ordem saia dos templos e se irmane a sociedade como um todo.
As maiores e mais autênticas Sessões Magnas Farrapas que já presenciei foram em Cascavel-PR, Curitiba-PR e Caxias do Sul (Fraternidade Terceira) para onde estou saindo neste momento para dizer uns versos em forma de poemas e confraternizar com a irmandade da serra que, hoje a noite, estará recepcionando e mostrando ao Grão Mestrado de todo o Brasil, como funciona na prática, isto que acabei de explicar por aqui. Até a volta!
Fonte: Blog do Léo Ribeiro
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