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Maçonaria e a Revolução Farroupilha

Patrões Vanius, Léo, Renato e Edson, do Fraternidade Gaúcha, braço tradicionalista da maçonaria do Grande Oriente do Rio Grande do Sul,...


Patrões Vanius, Léo, Renato e Edson, do Fraternidade Gaúcha, braço tradicionalista da maçonaria do Grande Oriente do Rio Grande do Sul, que tiveram seus quadros descerrados no galpão do Piquete

Sexta-feira estive, pela primeira vez, no Acampamento Farroupilha. A “cosa” está linda, embodocada, preparada para os festejos. Mas, como era de se esperar pois todo acampamento acontece este dilúvio, de domingo para hoje foram mangaços de chuva de cima para baixo, que a guaipecada do Parque da Harmonia já está bebendo água de pé.

Fui lá pelo Acampamento cumprir uma missão prazerosa, ou seja, reunir-me com a irmandade do Grupo Tradicionalista Fraternidade Gaúcha para inauguração, em nosso rancho, dos retratos dos “ex” e do atual Patrão desta entidade que é o braço tradicionalista da maçonaria do Grande Oriente do Rio Grande do Sul.

Tive a honra de ser o segundo Patrão depois que o Piquete foi fundado oficialmente, em 2007, já que o grupo de amigos e irmãos existe há muitos anos sendo um dos primeiros a se instalar no parque nos tempos de antanho. Sucedi o Patrão Vanius, fui sucedido pelo Patrão Renato e agora quem coordena os destinos do Grupo é o Patrão Edson.

Quem olha de fora não vê a grande dificuldade com que se administra uma entidade que envolve pensamentos e ideologias diversas. Quem chega e delicia-se com o rancho montado não sabe dos disabores para erguer tais paredes. Muitos que vão lá apenas nas horas boas ainda saem reclamando por coisas mínimas. O acampamento, as cavalgadas, o Baile da Fraternidade, a Tertúlia Maçônica da Poesia Crioula, tudo acaba saindo a contento mas, por detrás de tais sucessos, há uma equipe e uma liderança a trabalhar.

Por isto louvo todos aqueles patrões que abraçam esta causa de resgatar, preservar e promover nossa cultura em qualquer departamento, piquete ou CTG.

É sabido de todos que este embate entre Republicanos e Imperialistas tem sua formatação no breu das Lojas Maçônicas tendo, em conseqüência, uma relação muito forte. Os comandantes de ambas as partes do conflito eram maçons. Apenas como exemplo citamos, do lado republicano, os generais Antônio de Souza Neto e o grande líder Bento Gonçalves, de codinome Sucre, da Loja Filantropia e Liberdade e do lado dos imperialistas o governador da Província Fernandes Braga e o próprio comandante Caxias.

Este fato (do grande envolvimento de maçons), tornou a guerra mais justa e menos violenta. Pouco se ouve falar de assassinatos de prisioneiros, de desmandos contra familiares de soldados participes nos conflitos e de degolas sem piedade, como ocorreu na revolução federalista.

O próprio tratado de paz teve muito da mão dos maçons pois este acordo acabou sendo honroso para os rio-grandenses e atrevo-me a dizer que em tal contenda não houve vencidos nem vencedores. Se houvéssemos perecidos, não estaríamos aqui, a cada 20 de setembro, comemorando com tanto entusiasmo esta data tão marcante. Tivéssemos sidos derrotados o Movimento Tradicionalista, como um todo, não se expandiria de tal forma e tão alicerçado nas glórias que nos trouxe a Guerra dos Farrapos.

Então, que viva sempre em nós a memória dos combatentes farrapos e que permaneça em nossas almas o espírito maçom que predominou neste conflito.

Fonte: Blog do Léo Ribeiro

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