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Viagem ao Rio Grande do Sul, de Auguste Saint Hilaire - Parte III

12 de setembro a outubro de 1820 Pelotas - Costumes militares - Bailes - Deixa Rio Grande    Conhece a Vila de São Francisco de Paula, ...



12 de setembro a outubro de 1820

Pelotas - Costumes militares - Bailes - Deixa Rio Grande
  
Conhece a Vila de São Francisco de Paula, (creio que seja em Pelotas, pois ainda está hospedado na Charqueada São João), descreve o local como muito bem estruturado, boas habitações e forte comércio.

Relata os habitantes da capitania como poucos instruídos e tendo por única ambição enriquecer cada vez mais.

Retorna a Rio Grande e reencontra o governador, que descreve como de não muita instrução, mas querido pelo povo pelos feitos na batalha de Taquarembó, pela maneira agradável com seus subalternos e a preocupação com o bem estar do povo, por ser excelente cavaleiro conhece todo o estado.

Descreve os hábitos da capitania como militares, pois este estado está sempre em conflitos e não recebe apoio de tropas do centro e nordeste do país. Sendo os mineiros um povo mais acomodado pelo meio em que vive e o habitante daqui como maior amor a terra e sem interesse de emigrar para outros lugares, sabendo que não terá a mesma liberdade de andar a cavalo e encontrar carne em abundância. Todas as embarcações são tripuladas por estrangeiros, temem embarcar.

Vai a um baile onde encontram-se 50 e poucas mulheres, na região de Porto Alegre descreve os bailes com quartos onde as mulheres se arrumam e dali saem e voltam, já aqui ficam todas no salão. Apesar da pouca instrução é de se admirar que conversem tão bem. Apesar do menor número de homens é preciso insistência para convencê-las a dançar. Mas os homens raramente conversam com elas ou demonstram o menor desejo de serem solicitados.

Parte de Rio Grande rumo a Montevideo, o governador lhe presenteia com quatro excelentes cavalos, provisões e cartas de recomendação.

Resumo 6 - Viagem ao Rio Grande do Sul

Outubro de 1820 - Auguste de Saint-Hilaire

Cachorro ovelheiro - Rendimento do trabalho escravo - Modo de Cultivo de plantações - Hospitalidade com chimarrão

Hospeda-se em uma estância com rebanho de ovelhas soltas ao campo e conhece o cachorro ovelheiro, que antes de abrir os olhos é colocado para mamar em uma ovelha, tendo um abrigo feito em meio ao rebanho, quando abre os olhos toma-lhes afeição e erige-se seu defensor, repelindo com valentia qualquer animal que venha atacar. Se alimenta na casa da fazenda e quando o rebanho se afasta deixa até de comer para acompanhá-los. Quando começam a comer carne só lhes dão cozida, para que não ataquem os cordeiros. Este mesmo relato é feito a ele por moradores de Porto Alegre.

Na Estância do Silvério há um grande pomar com boa variedade, o maior que viu no Brasil. Emprega 12 negros, mas descreve que apenas três jardineiros franceses fariam até melhor o serviço, pois o negro quando liberto trabalha estritamente para matar a fome, quando escravo trabalha mal e com lentidão.

Para proteger do gado solto no campo algumas culturas, como hortaliças, eram cercadas por um fosso profundo, onde eram plantadas espécies espinhosas.

Para adubação algumas estâncias colocavam o gado em galpão e de carrinho levavam o esterco até a área de plantio, outras cercavam o gado já no local até adubar.

Um soldado aparece, enviado pelo Conde (governador), para acompanhá-lo. Esta proximidade lhe garante pouso e alimentação em quase todas as paradas, sem custo. Como este soldado conhece o churrasco de fogo de chão, com o espeto encravado na terra.

Descreve em detalhes o chimarrão, e que o dia inteiro a chaleira está no fogo para ser tomado a qualquer hora, ele mesmo já se habitou. Quando entra um estranho na sala logo se oferece esta bebida que que acredita trazer muitas benesses, especialmente aqui onde se come muita carne.


Livro Viagem a Rio Grande do Sul, Auguste Saint Hilaire
Gentileza desta Web Série: Jeandro Garcia

Fonte: blog do Rogério Bastos

Para ver a parte 1, clique aqui.

Para ver a parte 2, clique aqui.

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