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Coxilha Nativista se reinventa com shows e até concurso culinário entre músicos

Yamandu Costa, João de Almeida Neto e Luiz Carlos Borges são algumas das atrações do festival neste ano Imagens de Divulgação Inovação...


Yamandu Costa, João de Almeida Neto e Luiz Carlos Borges são algumas das atrações do festival neste ano
Imagens de Divulgação


Inovação combina com tradição. É o que prova a Coxilha Nativista, que resiste desde 1981 renovando a música regional gaúcha. A partir de hoje, o festival chega à 38ª edição, com shows e atividades em diferentes pontos de Cruz Alta.

Entre as atrações, estão Instrumental Picumã, Yangos, Yamandu Costa, Luiz Carlos Borges e João de Almeida Neto. Além desses artistas, a mostra competitiva do festival conta com nomes como Joca Martins, Chico Saratt, Lisandro Amaral, Mauro Moraes, Gujo Teixeira e Sergio Carvalho Pereira.

Nesta quarta-feira, às 20h, no Ginásio José Westphalen Correa (Av. General Osorio, 1.001), o festival realiza sua abertura oficial, com shows de Marcelinho Carvalho e Ângelo Franco, além da etapa local de competidores. Amanhã e sexta, haverá eliminatórias gerais, com 10 canções inscritas em cada noite. A finalíssima será no sábado – confira no quadro abaixo atrações e horários.

A Coxilha Nativista é o único dos grandes festivais regionais do RS que jamais interrompeu sua realização anual. E foi aclamado como um dos mais significativos, revelando sucessos como Morocha (Mauro Ferreira e Roberto Ferreira), Entrando no M’Bororé (José Sampaio e Elton Saldanha), Batendo Água (Gujo Teixeira e Luiz Marenco), Inquietude (Vaine Darde e Sabani Felipe de Souza) e Tropa Ponta Cortada (Miguel Bica, Sabani Felipe de Souza e Felipe Quevedo).

– A Coxilha sempre manteve um padrão de realização, sendo muito importante para a música regional gaúcha e para a música do movimento nativista, mais inovadora que a regional como um todo – avalia Luiz Carlos Borges, vencedor da primeira edição, que volta neste ano como convidado para show no sábado.

Para Graciela Vogel, da coordenação do festival, regularidade e constância são mantidas até hoje por conta de dois fatores:

– Primeiro, a Coxilha conseguiu se tornar patrimônio da comunidade. As pessoas de Cruz Alta participam, vivem e pensam o evento. O segundo viés é que as organizações têm conseguido oxigenar o festival, renová-lo com atrações diferenciadas.

Por quatro dias, a cidade se agita e ganha ares de festa, pouco lembrando a atmosfera pacata da maior parte do ano. Com pouco mais de 60 mil habitantes, Cruz Alta recebe músicos de diferentes partes do país, além de público de cidades vizinhas. Atividades não faltam. De hoje a sábado, a movimentação em frente ao Ginásio José Westphalen, começa às 14h, com a abertura da Praça Nativista, que agrega estandes com produtos relacionados à cultura gaúcha, praça de alimentação e palco para shows.

Programação paralela diversifica atrações

Com o tempo, o festival foi agregando uma diversificada programação paralela, com eventos como a Coxilha Piá (para revelar talentos mirins), o Rodeio da Coxilha, a Cavalgada Nativista, o Torneio de Truco e o Concurso Mi Maior de Gavetão (relacionado à trova gaúcha). Entre as inovações mais recentes, está o Acampamento CCGL, promovido com apoio da Cooperativa Central Gaúcha Ltda., no Parque Integrado de Exposições (BR 158/Km 198). Trata-se de uma versão mais confortável dos antigos acampamentos de festival, tendo agora cabanas no lugar de barracas, para fortalecer o relacionamento entre músicos e outros interessados na cultura local. E bota conforto nisso: vai ter até concurso culinário. No sábado, às 9h20min, o acampamento sedia o Chef CCGL, que estreou no ano passado, colocando equipes de músicos a cozinhar –na primeira edição, o coletivo Muchas Graxas foi o vencedor, capitaneado pelo cantor e compositor Pirisca Grecco. A agenda completa de eventos paralelos pode ser consultada em coxilhanativista.com.

Para o historiador Rossano Cavalari, pesquisador e compositor nativista, iniciativas como o Acampamento e o Chef CCGL ajudam a manter em alta o festival, que ficou conhecido nacionalmente em 1984, por conta da polêmica provocada pela música Morocha, interpretada por David Menezes Jr, que levou o prêmio de Música Mais Popular. Com versos como “Mulher pra mim é como redomão/ Maneador nas pata e pelego na cara”, a faixa causou controvérsia. Houve discussões acaloradas entre os que consideravam a canção uma sátira ao machismo gaúcho e os que a tratavam como uma apologia à violência contra a mulher.

– Morocha demonstrou que um festival regional podia levantar discussões relevantes para além da música, como o debate em torno do machismo, nesse caso. Isso fez com que a imprensa nacional voltasse seus olhos para a Coxilha. Ao longo de quatro décadas, é claro que o evento teve altos e baixos. Nos últimos anos, o festival tem se reinventado, com um circuito de elementos que o fortalece e promove a cultura gaúcha como um todo – afirma Cavalari.

Confira a programação principal do evento:

Quarta-feira
-Apresentação da fase local e shows com Marcelinho Carvalho (abertura) e Ângelo Franco (encerramento). A partir das 20h.


Quinta-feira
-Apresentação da primeira eliminatória e shows com Manuela Martins (abertura), Instrumental Picumã (intervalo) e Luiz Cardoso e Sinfonia Gaúcha (encerramento). A partir das 21h.

Sexta-feira
-Apresentação da primeira eliminatória e shows com Yangos (abertura), Leonel Gomez (intervalo) e Yamandu Costa (intervalo). A partir das 20h45min.

Sábado
- Apresentação final das concorrentes e shows com Luiz Carlos Borges (abertura) e João de Almeida Neto (encerramento).  A partir das 20h.


Fonte: GaúchaZH

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