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Prova de Laço é declarada patrimônio cultural e imaterial de Taquara

Autoridades municipais e membros ligados ao tradicionalismo em reunião sobre a lei sancionada em Taquara. Divulgação / Magda Rabie As l...

Autoridades municipais e membros ligados ao tradicionalismo em reunião sobre a lei sancionada em Taquara. Divulgação / Magda Rabie


As lidas campeiras são atividades que têm uma história secular tendo nos rodeios a sua representação. Nestes eventos, as provas de laço são a recriação, em forma de cultura, de uma das atividades vinculadas à vida do campo que se confunde com a história do gaúcho. A informação descrita justifica o projeto de lei proposto pelo vereador Guido Mário Prass Filho, que se transformou na Lei Municipal nº 6212 (de 25 de junho de 2019), que declara como bem integrante do Patrimônio Cultural e Imaterial do município de Taquara e considera como atividade tradicionalista a Prova de Laço.

Constante a mensagem apresentada, a regulamentação do laço cultural como atividade tradicionalista e a definição desta modalidade como patrimônio imaterial são formas de trazer o seu reconhecimento, fomentando o desenvolvimento cultural, facilitando o acesso aos créditos oficiais. “A prova de laço em nossa região é muito forte e não tínhamos uma legislação que a regulamentasse. Que esta iniciativa possa ajudar o nosso tradicionalismo, contribuindo ao crescimento da nossa cultura, do nosso folclore”, destaca Guido Mário.

Em reunião promovida, na terça-feira (2), no gabinete do Executivo, com representantes tradicionalistas do Município, o vice-prefeito Hélio Cardoso Neto ressaltou a importância da medida. “A cultura tradicionalista gaúcha não é só da manutenção da nossa história, mas de resistência cultural, por isso a importância desta lei. É uma externização do conceito do tradicionalismo, da relevância desta consciência na nossa sociedade. A prova de laço é, sem dúvida, um movimento cultural”, afirma o vice-prefeito.

Segundo o patrão do CTG O Fogão Gaúcho, Auro Paulo Sander, esta é mais uma ação que vem engrandecer o trabalho desenvolvido dentro das entidades tradicionalistas. “Quem integra o meio conhece as dificuldades passadas, o trabalho intenso realizado diariamente, quantos filhos temos enquanto patrão ou líder de uma entidade tradicionalista. Por isso esta lei é mais um incentivo para que continuemos o nosso trabalho que é totalmente voluntário”, comemora Sander.

Para o coordenador da 22ª Região Tradicionalista, Ricardo Haag, a RT deu vários passos a frente com a criação da Carta de Princípios; o acendimento da Chama Crioula, em 2011; a fundação do 2º CTG do estado, a FECARS, e muitos outros eventos que vem participando. Este é mais um incentivo para mantermos as nossas entidades, as nossas crianças, pois o trabalho social feito dentro de uma entidade tradicionalista merece ser reconhecido. É um ambiente com muitos valores para toda família participar”, ressalta Haag.

O encontro contou também com a presença do patrão do CTG Essência Gaúcha, Jeferson Luis Ferreira; do vereador Daniel Laerte Lahm Preto; do diretor campeiro da 22ª RT, Paulo Ricardo Wallauer; do patrão do Piquete de laçadores Porteira Picadilli, Matuzalem Silva; da patroa do CTG O Fogão Gaúcho, Vânia Port e do jovem tradicionalista, Júlio Bartzen de Araújo.

PROVA DE LAÇO

A Prova de Laço é uma competição em que o laçador se apresenta com as indumentárias características do homem do campo de nossa região, utilizando-se do laço. É considerada uma cultura e tradição, pois trata-se de uma competição com regras previstas em regulamentos do Movimento Tradicionalista Gaúcho – MTG/RS, que visa preservar os costumes, as tradições e o folclore gaúcho. É uma competição, com vencedores e perdedores e distribuição de premiações. Por seu conteúdo pedagógico, uma vez que envolve a manutenção das tradições taquarenses e gaúchas, por meio da demonstração de coragem exigida aos laçadores e dos ensinamentos que promovem o respeito e a interação com as gerações mais experientes, o conhecimento da história do povo gaúcho e a aprendizagem do trato e respeito com os animais.


Fonte: jornal Panorama

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