“O MTG se tornou castrador. Está na hora de mudarmos essa situação”, avalia o presidente Por Tulio Milman O bombardeio tem sido inten...
“O MTG se tornou castrador. Está na hora de mudarmos essa situação”, avalia o presidente
Por Tulio Milman
O
bombardeio tem sido intenso na sede do Movimento Tradicionalista
Gaúcho, na avenida Guilherme Shell, em Porto Alegre. No segundo andar,
ao redor da mesa de reuniões, o presidente, engenheiro Nairo Callegaro,
administra o tsunami de ódio gerado pela homenagem à servidora pública
Gabriella Meindrad Santos de Souza, primeira transexual a ser
reconhecida como integrante do movimento. Foi no dia 29 de junho, em
Mata, na região central do Estado.O mais recente capítulo dessa escalada de intolerância veio pelas redes sociais: uma ameaça de botar fogo na sede da entidade. Aparentando convicção, Nairo não pretende ceder:
- Chega de hipocrisia. Os gays sempre foram parte do tradicionalismo - desabafa.
O presidente, que luta contra a crise financeira do MTG e enfrenta uma dura batalha política interna, resolveu comprar a briga.
- Conheço um grupo dança no qual 90% dos integrantes são homossexuais. Inclusive dois deles moram juntos, são um casal - completa.
Se existem críticas, há também apoios, especialmente entre os mais jovens.
- O MTG se tornou castrador. Está na hora de mudarmos essa situação - avalia o presidente.
Para ele, mais do que tudo, é fundamental lembrar, sempre, a dimensão humana de qualquer um que se aproxime do tradicionalismo. A eleição para a presidência da entidade está marcada para janeiro de 2020. Antes, no fim desse mês, acontece o congresso tradicionalista, no qual o clima promete esquentar. Nairo Callegaro avisou que não pretende concorrer.
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