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Editorial do Jornal do Nativismo: Inversão de valores

Vivemos numa época em que a inversão de valores soa cada vez mais como regra e combater o politicamente correto pode representar repres...



Vivemos numa época em que a inversão de valores soa cada vez mais como regra e combater o politicamente correto pode representar represália. Não se pode mais expressar com sinceridade sua opinião para não ofender a uma determinada pessoa ou grupo. Em se tratando de minorias, pior, porque a tendência é o entendimento de que as maiorias são avassaladoras, repressoras e discriminadoras e que as minorias são as oprimidas.

Em épocas em que as redes sociais se... tornam a voz de todos, criar a imagem do herói equivocadamente é questão de poucos dias. Da mesma forma acontece a desmontagem de um conceito. Todos se sentem no direito de expressar “sua verdade” como se ela fosse absoluta e muitos que concordam, endossam o que para outros pode parecer uma insanidade.

As ideias que se confrontam podem gerar o mais inimaginável absurdo. Deleta-se o opositor com se fosse possível excluir uma pessoa do seu convívio, de suas amizades ou de um grupo social. A exclusão se torna a forma mais ridícula de quem não tem capacidade de conviver com a diversidade de ideias e normalmente essas pessoas são as defensoras de conceitos modernos, sem o entendimento de que estes andam totalmente distorcidos. Claro, que isso também não é regra. Há pessoas com ampla qualidade de reconhecer o adverso, de debater e até de reconsiderar suas avaliações anteriores, mas estas, dificilmente se expressam com tanta euforia.

No âmbito cultural esse processo às vezes se manifesta, embora com menor frequência e com mais condições do debate, por se tratar de um ambiente de pessoas intelectualizadas. Porém, não está livre e quando menos se espera, alguém sai do anonimato para a condição de herói da vez, por ter tomado uma atitude que um grupo desfocado julga o suprassumo da ética ou da honra, quando na verdade, normalmente esta mesma pessoa é a responsável pelo impasse.

Nestes casos, um analista imparcial e coerente concluiria que o fato não começa no impasse, mas no que gerou o impasse. Isto infelizmente não é analisado pelos construtores de imagem virtual. Estão plenamente viciados na inversão de valores que a realidade não importa e, sim, a última atitude que possa ser elogiável, mesmo que a primeira, a geradora do impasse, tenha sido depreciável. E, se este analista isento manifestar sua opinião em conclusão dos fatos reais, sem emoção, poderá se tornar o alvo de ataques em massa. Então, este silencia, porque sabe que o falso herói não se sustenta mais do que uma semana, até surgir outro que ocupe seu lugar.

(Editorial do Jornal do Nativismo - edição 283 - Paulo de Freitas Mendonça)
Fonte: blog do Léo Ribeiro

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