Dinara, ao lado do Pai, Darcy Paixão A mais antiga entidade literária do Rio Grande do Sul, que abrigou os nossos maiores intelectuais,...
Dinara, ao lado do Pai, Darcy Paixão
A mais antiga entidade literária do Rio Grande do Sul, que abrigou os nossos maiores intelectuais, foi criada no dia 18 de junho de 1868, completará, em 2018, seu sesquicentenário.
Sua criação permitiu o intercâmbio de informações e ideias entre os seus intelectuais, promovendo a circulação de matérias literárias em diferentes jornais que percorreram os mais distantes recantos do Rio Grande do Sul.
Sua atuação buscou expandir a cultura dos gaúchos, oferecendo cursos noturnos para adultos (mostrando sua preocupação com a formação intelectual da população) e criando uma biblioteca com importantes obras de Filosofia, História e Literatura e um museu com seções de Mineralogia, Arqueologia, Numismática e Zoologia. As aulas noturnas foram uma das atividades mais duradouras, permanecendo até 1884 quando, devido à dificuldades financeiras e falta de um local para abrigar as aulas, estas foram suspensas.
Entre seus fundadores faziam parte Apolinário Porto Alegre, Caldre e Fião, Aurélio Bitencourt, Aquiles Porto-Alegre e outros. A instituição reuniu os maiores intelectuais da época, incluindo, além dos fundadores, nomes como Luciana de Abreu, Múcio Teixeira, Amália Figueiroa entre muitos outros.
Os jovens membros do Partenon participavam de campanhas abolicionistas, angariando fundos para libertação de escravos, realizando saraus poético-musicais em que se procedia à alforria de escravos. Propagavam, também, os ideais republicanos e promoviam debates com temas diversos como a Revolução Farroupilha, casamento, pena de morte e feminismo, intervindo nos setores da vida social, em cujo desenvolvimento se aqueceriam as postulações mais avançadas da época.
O Parthenon Literário esteve desativado desde 1885 (fontes falam em 1925), quando encerrou a sua 1ª fase. Reativado por intelectuais (agora, sem o "H", depois do "T") e simpatizantes da causa literária, em 1997, começou a se reunir, visando ao restabelecimento da associação considerada símbolo da literatura gaúcha: o Partenon Literário. Dinara Xavier da Paixão lembrou que em 1987 solicitou ao MTG e ao IGTF a comemoração dos 120 anos do Partenon, durante o Congresso de Veranópolis.
Vamos comemorar os 150 anos de história, destes jovens que mudaram a sua época. Estruturaram elementos que colhemos em nossa geração. Os jovens do Partenon devem ser lembrados como uma geração que tentou mudar a sociedade que viviam para melhor (1º item de nossa carta de princípios).
Fonte: blog do Rogério Bastos
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