Foto: Divulgação Artesanato Alice Inês de Oliveira e Silva (1979) faz a seguinte distinção da seguinte distinção, quando fala em artesa...
Foto: Divulgação
Artesanato
Alice Inês de Oliveira e Silva (1979) faz a seguinte distinção da seguinte distinção, quando fala em artesanato:
Artesanato Folclórico
- aprendizagem informal, dentro do grupo familiar ou de vizinhança;
- veicula uma tradição cultural de sua obra;
- funcional;
- caráter regional;
- aproveita, em geral, matéria prima disponível.
Artesanato Popularesco ou da Massa
- difundido por instituições ou veículos de comunicação de massa;
- não tem caráter regional;
- condicionado pela moda, pelos padrões da sociedade de consumo;
- massificado.
Artesanato Erudito
- criação individual;
- sofisticado;
- elitista.
Vários são os produtos artesanais:
Cestaria
Segundo o “Guia Prático de Antropologia”, a cestaria inclui não só os verdadeiros cestos mas, também, as caniçadas (tecidos de varas, canas, vimes, ou juncos em forma de superfície plana), as esteiras e os trançados decorativos. O trabalho de cestaria pode ser entretecido e em espiral.
Nossos indígenas já conheciam a técnica da cestaria. Os atuais artesãos juntaram à técnica indígena, as trazidas pelas outras raças, formadoras do povo brasileiro.
Os tipos de cestaria no Brasil variam tanto em razão da finalidade como em razão do material disponível. Para confecção da cestaria são empregados vegetais variados, tanto os talos, colmos, folhas como raízes.
Os vegetais mais empregados no Rio Grande do Sul, nesse tipo de artesanato, são: taquara, juncos de vários tipos, vime, jerivá, imbé, butiazeiro, bananeira, palha de trigo e milho, cipós, taboa, macega,...
Muitos vegetais fornecem apenas fibras têxteis com as quais se arrematam os trabalhos ou se fazem trançados, entre eles: pita, embira e tucum.
Tecelagem
Segundo o “Guia Prático de Antropologia”, ao ‘tecer’ entrelaçam-se, em ângulos retos, duas séries de elementos flexíveis para formar um tecido mais ou menos compacto, de acordo com os materiais e processos empregados.
O tecido propriamente dito faz-se, geralmente, com os materiais macios e flexíveis. No Rio Grande do Sul o fio mais empregado na tecelagem folclórica é a lã, trabalhada em teares verticais ou horizontais. O tear vertical é o tipo mais usado na região da campanha e o horizontal sendo encontrado na região do litoral. Nesses teares (horizontal e vertical), são confeccionados cobertores, ponchos, bicharás, xergas e trapeiras.
Trabalhos em couro
Segundo E. P. Coelho (s/d) ao “artesanato de uso campeiro , na base de couro cru, dá-se o nome, de modo geral, de trabalho em ‘corda’. Guaspeiro é o apelido pelo qual é conhecido o homem do campo que se dedica a esse tipo de artesanato. São vários os ‘pertences’ de uso campeiro, confeccionados com couro cru. Destacam-se, entre outros, as ‘cordas’ trançadas (rédeas, laços, cabrestos...), feitos de couro cavalar... São, também, utilizados o couro de cabra (chibo) para tranças delicadas e a pele de enguia (muçum) para revestimento de pequenos objetos”.
O couro serve como material de trabalho, tanto para o Guasqueiro como para o Seleiro. O Guasqueiro confecciona: laços, manilhas, rédeas, cabeçadas, buçais, arreadores, rebenques, etc... O seleiro confecciona: caronas, cinchas, lombilhos, selas, serigotes, bastos, badanas, arreiame para animal de tiro e até botas, surrões, rabichos e peiteiras.
O couro é aproveitado, igualmente, para tramas (assento de cadeiras, lastro de camas rústicas), para o retovo de cuias, baú... O homem rural, geralmente, aproveita o couro para fins utilitários.
Trabalhos em madeira
Há uma grande variedade de objetos com função utilitária, feitos de madeira, com técnica rudimentar e tradicional: colheres, cochos, bancos, cabides, arcas, pilões...
Para a feitura de pilões e gamelas, alguns usam o processo da queima, outros empregam encho, formão e coiva.
As madeiras próprias para a confecção de gamelas são: timbaúva, figueira e a corticeira. Para a feitura do pilão são empregadas a cabriúva, o grapici e o angico.
Funilaria
Formas moldes de bolachas, candieiros, canecas... São trabalhos executados pelos funileiros ou latoeiros. Os moldes de bolachas, no Rio Grande do Sul, aparecem na região de colonização alemã e apresentam os mais variados modelos, tanto em forma de objetos, flores, animais como da figura humana.
Fonte: blog Cantinho Gaúcho, de Carolina Bouvie
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