Tempos atrás recebemos este lindo flagrante abaixo, infelizmente não datado. É um retrato dos preparativos para mais uma Cavalhada em Ca...
Tempos
atrás recebemos este lindo flagrante abaixo, infelizmente não datado. É
um retrato dos preparativos para mais uma Cavalhada em Cazuza Ferreira,
São Francisco de Paula, manifestação folclórica que tornou-se brazão
desta localidade serrana. Já assisti umas duas ou três vezes esta
significativa peça teatral realizada de acavalo e ao ar livre. É bonito
e histórico. Para quem nunca teve esta oportunidade, agora, no dia 16
de julho, domingo vindouro, as 14:00 hs o mesmo grupo de cavalhadas, um
dos últimos no Rio Grande do Sul, fará mais uma apresentação. Desta
feita será na Festa do Pinhão, evento que acontece no Parque Davenir
Peixoto Gomes (Balança), em São "Chico". Não deixe de prestigiar.
Aqui um breve histórico sobre as Cavalhadas:
Não tivemos por aqui as guerras entre cristãos e mouros (os muçulmanos) que agitaram a Europa e a Terra Santa, mas os torneios medievais inspirados nesses conflitos foram muito populares até o início do século passado no Rio Grande do Sul e voltaram a ressurgir no último quarto desse século, com um reflorescimento das velhas tradições em algumas cidades do interior.
São Francisco de Paula, através do Grupo de Cavalahdas de Cazuza Ferreira está as cidades onde a tradição das Cavalhadas chegou aos dias atuais.
— A Cavalhada é uma luta simulada, na qual os participantes principais, em número de 24, representam, através de evoluções eqüestres e movimentos de espada, lança e garrucha, uma batalha de fundo religioso entre mouros e cristãos, e que acaba sendo vencida por estes, após a tomada do "castelo" na praça e a "submissão" dos mouros ao cristianismo, através do "batismo" destes, na Igreja — explica o Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore (IGTF) em publicação sobre as Tradições Gaúchas.
As Cavalhadas, segundo mostram pesquisas históricas, surgiram no reinado de Carlos Magno, na França, que se destacou pelo combate ao Islã, no final do século VIII. O objetivo era destacar as vitórias do cristianismo sobre o islamismo, o que levou o esporte a se tornar muito popular também em Portugal e Espanha, que sofreram bastante com uma prolongada dominação dos muçulmanos, os mouros, como eram conhecidos na Península Ibérica. Por conseqüência, as Cavalhadas terminaram chegando ao Brasil, ainda nos primeiros tempos da colonização portuguesa, alastrando-se por todo o território nacional e, no caso do Rio Grande do Sul, nos principais núcleos portugueses do Estado.
As Cavalhadas consistem em dois grupos, de cristãos e mouros, com 12 cavaleiros cada um, número esse que remete aos 12 Pares de França. Os diálogos das Cavalhadas, entre os embaixadores dos dois lados, também têm inspiração histórica, baseando-se em grandes romances da cavalaria como "Cid Campeador", "La Canción de Rolando" e "Mata-Mouros".
A popularidade das Cavalhadas no Rio Grande do Sul foi impulsionada pela tradição do estado ligada ao cavalo, em decorrência das características da formação histórica do homem gaúcho e do próprio Estado, fortemente marcadas pelas lutas de fronteira e revoluções.
Os estudos mostram que, encerrada a Revolução de 1923, as Cavalhadas se tornaram manifestações isoladas, mas que voltaram a se fazer presentes nos últimos 25 anos do século passado.
Novamente, mouros e cristãos se defrontam em homenagem ao santo padroeiro de uma vila interiorana; ali, integrando as comemorações cívicas, turísticas e festivas (por exemplo) do centenário daquela cidade, o estandarte da lua crescente dos súditos de Maomé desafia os defensores do Evangelho de Cristo.
Aqui um breve histórico sobre as Cavalhadas:
Não tivemos por aqui as guerras entre cristãos e mouros (os muçulmanos) que agitaram a Europa e a Terra Santa, mas os torneios medievais inspirados nesses conflitos foram muito populares até o início do século passado no Rio Grande do Sul e voltaram a ressurgir no último quarto desse século, com um reflorescimento das velhas tradições em algumas cidades do interior.
São Francisco de Paula, através do Grupo de Cavalahdas de Cazuza Ferreira está as cidades onde a tradição das Cavalhadas chegou aos dias atuais.
— A Cavalhada é uma luta simulada, na qual os participantes principais, em número de 24, representam, através de evoluções eqüestres e movimentos de espada, lança e garrucha, uma batalha de fundo religioso entre mouros e cristãos, e que acaba sendo vencida por estes, após a tomada do "castelo" na praça e a "submissão" dos mouros ao cristianismo, através do "batismo" destes, na Igreja — explica o Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore (IGTF) em publicação sobre as Tradições Gaúchas.
As Cavalhadas, segundo mostram pesquisas históricas, surgiram no reinado de Carlos Magno, na França, que se destacou pelo combate ao Islã, no final do século VIII. O objetivo era destacar as vitórias do cristianismo sobre o islamismo, o que levou o esporte a se tornar muito popular também em Portugal e Espanha, que sofreram bastante com uma prolongada dominação dos muçulmanos, os mouros, como eram conhecidos na Península Ibérica. Por conseqüência, as Cavalhadas terminaram chegando ao Brasil, ainda nos primeiros tempos da colonização portuguesa, alastrando-se por todo o território nacional e, no caso do Rio Grande do Sul, nos principais núcleos portugueses do Estado.
As Cavalhadas consistem em dois grupos, de cristãos e mouros, com 12 cavaleiros cada um, número esse que remete aos 12 Pares de França. Os diálogos das Cavalhadas, entre os embaixadores dos dois lados, também têm inspiração histórica, baseando-se em grandes romances da cavalaria como "Cid Campeador", "La Canción de Rolando" e "Mata-Mouros".
A popularidade das Cavalhadas no Rio Grande do Sul foi impulsionada pela tradição do estado ligada ao cavalo, em decorrência das características da formação histórica do homem gaúcho e do próprio Estado, fortemente marcadas pelas lutas de fronteira e revoluções.
Os estudos mostram que, encerrada a Revolução de 1923, as Cavalhadas se tornaram manifestações isoladas, mas que voltaram a se fazer presentes nos últimos 25 anos do século passado.
Novamente, mouros e cristãos se defrontam em homenagem ao santo padroeiro de uma vila interiorana; ali, integrando as comemorações cívicas, turísticas e festivas (por exemplo) do centenário daquela cidade, o estandarte da lua crescente dos súditos de Maomé desafia os defensores do Evangelho de Cristo.
Vestimentas muito coloridas e fogosos e enfeitados cavalos tornam o espetáculo muito bonito
Fonte: blog do Léo Ribeiro
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