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Entrevista com Lambari: quem foi Mariano Luna e o que está por vir?

Com grande satisfação que anunciamos a nossa mais nova parceria: o PAIOL ESPAÇO NATIVO, aqui da cidade de Caxias do Sul. Até dispensam...


Com grande satisfação que anunciamos a nossa mais nova parceria: o PAIOL ESPAÇO NATIVO, aqui da cidade de Caxias do Sul. Até dispensamos maiores apresentações, porque com certeza toda região conhece, e praticamente o estado inteiro já ouviu falar. Sem dúvida já é considerado um ponto turístico da cidade, pois a cada semana mais gente de fora vai até o Paiol conhecer um pouco da cultura gaúcha. E che, não é de hoje a lida! O Paiol já funciona desde 1994... Já foi alguma bailanta, deusolivre! Quem foi sabe, lá tu come bem, bebe canha, bebe cerveja, dança e ainda encontra os maiores artistas do Rio Grande!

E mês que vem não será diferente che!

No dia 6 de Abril, será a vez de Jairo Lambari Fernandes voltar aos palcos do Paiol. Com certeza a casa estará lotada, como foram já nos anos anteriores que o Lambari veio pra cá!

E che, tivemos uma baita prosa com ele, e com certeza tu vais gostar!

Então faz o seguinte: ceva teu mate ou abre teu latão de Polar, e CONTINUA A LEITURA que ficou flor de especial!

ESTÂNCIA VIRTUAL: Bueno Lambari, já sabemos que tu é natural de Cacequi. Mas onde tu mora agora? Se quiser tomar um mate, pra onde vamos? 

JAIRO LAMBARI FERNANDES: Estou morando em Santa Maria fazem uns 6 anos já, principalmente um lugar bem central... Estamos a 300km de qualquer lugar do Estado. 

EV: Tu é conhecido por ser um dos cantores mais românticos aqui do Estado... Tu acha que essa veia puxando pra esse lado, vem de onde? O que te inspira a escrever sobre romances regionais? 

LAMBARI: Como um bom canceriano, sempre gostei destas coisas do coração, do sentimento, das esperas. Eu sofri um pouco no início, pois não se falava muito na época (uns 20 anos atrás) sobre sentimento... era mais da lida em si. E a minha linha de composição foi de definindo assim, porque gosto muito desta mescla de campo e coração. 

EV: Entendi... Se for buscar nos festivais antigos, pouco ou quase nada se falava de amores. Parecia que o gaúcho era forte demais pra sofrer por alguma coisa, menos ainda por uma mulher. 

LAMBARI: É bem isso! Se falava em dar pau em égua, e coisas mais, mas o coração véio deixavam meio que de lado!

EV: Verdade... Mas Lambari, lá na Noite Nativista do ano passado tu contou um pouco sobre a história dos Romances do Mariano Luna... Acredito que a "Romance de Flor e Luna" tenha sido a música que mais te projetou no Rio Grande. Um baita presente do Gujo (Teixeira)... Tu poderia nos contar quem foi o Mariano, e porque foram feitas tantas obras pra ele? Qual a importância dos Romances na tua trajetória? 

LAMBARI: "De flor e luna" é um divisor de águas na minha carreira, o Gujo sabe disso. O Romance de Flor e Lua foi feito em homenagem a um amigo nosso que nos deixou já faz um bom tempo, chamado Cid Mariano. Ele era um amigo, me criei com ele, era meu vizinho... minha primeira viagem longa a cavalo que fiz foi com ele! Foi um irmão que eu tive, e que me faz muita falta, tanto que Flor e Luna eu dedico a ele. Era um amigo em comum meu e do Gujo... Ele era um vivente do cabelo comprido, e pra mim a melena comprida sempre me ligou ao ser liberto (e até nem sei porque que eu penso assim che...)  e ele era assim. Era o típico sujeito que ou tu amava ou tu odiava, não tinha meio termo! Infelizmente ele morreu em um acidente trágico lá em Pelotas, muito cedo, com 33 anos e com certeza nos faz muita falta. E um dia o Gujo decidiu fazer uma homenagem a ele, e o legal dessa homenagem é que não é NADA trágico - o Mariano Luna não morre, por exemplo. 

Os Romances são de extrema importância pra mim, todos eles. No início era pra ser um trilogia, mas um dia o Gujo me ligou e disse "Tchê, quem sabe vamo continuar?" e eu é claro que disse pra ele fazer, e então saíram 7 romances. Eu acabei de musicar o 6º, que é Romance de Rosas, onde nasce a menina, e o 7º que é o Romance pra Vida Inteira, que é um resumo dos 6 que eu não musiquei ainda, mas que a gente pretende fazer um disco só dos Romances e entre uma música e outra uma prosa nossa... 

EV: Perder alguém sempre é brabo, e parece que meio que temos a necessidade de fazer homenagens, da forma mais simples que for...

LAMBARI: E tu sabe que essa histórias dos Romances é roteiro até pra um seriado, algo do gênero. Os argumentos que o Gujo deixa com certeza enxeriam a alma de roteirista. Quem sabe um dia? Tomara que não precise que o Gujo tenha partido para que aí sim valorizem estas obras... Eu até não sei se é um defeito, mas depois que os grandes artistas morrem é que se dá um valor muito maior. Infelizmente é assim. 

EV: É verdade, e isso vale pra todos os campos: literatura, música, dança, ciências... Quem sabe nunca mude, infelizmente. 

Tchê, aqui em Caxias tem muito CTG. Nós fizemos parte por muito tempo também, mas agora estamos um pouco mais afastados... O pessoal daqui conhece mt teu trabalho, principalmente por diversos grupos terem utilizados algumas canções para fazer coreografias de dança, como Flor do Mar e a própria Romance de Flor e Luna... Como tu te sente como artista, vendo que a música ganhou outra dimensão que é a dança, reconhecendo ainda mais teu trabalho? 

LAMBARI: Tu sabe assim que poucas pessoas sabem, mas eu toquei muito tempo em uma invernada de um CTG lá de Cacequi e também em São Vicente (cidade vizinha) e me sinto muito honrado, porque a medida que um coreógrafo de uma invernada decide fazer um trabalho em cima de alguma música, é porque essa música realmente representa algo muito importante para aquele grupo, e com certeza me sinto muito honrado e emocionado pelo reconhecimento dessa gurizada que faz um trabalho belíssimo com a dança!

EV: Deve ser uma emoção grande realmente... Pelo que praticamente todos músicos falam aqui de Caxias, da receptividade do povo, casas sempre cheias para os show, não ta na hora de firmar de vez um festival nativista por aqui? Até um tempo atrás até tinha o Festival Cesar Passarinho, mas não sei porque não vingou... E mais, não caberia uma Noite Nativista, aos mesmos moldes do que é feito com excelência lá em São Pedro? 

LAMBARI: Com certeza, Caxias tem capacidade de fazer o maior festival de música regional do sul do Brasil. Tem público, tem grandes empresas e é a cidade mais forte do estado. Tá faltando só fazer.  A Noite Nativista seria maravilhosa Caxias. É só nós levar hehehehe 

EV: Quem sabe? Lambari, te agradecemos todo o carinho e a receptividade, que faça um baita show no Paiol, e no que pudermos ajudar, estamos sempre por aqui! 

LAMBARI: Quero te dizer que é um prazer enorme estar falando com vocês, muito obrigado pelo carinho sempre com meu trabalho, que é muito simples, mas é carregado de respeito pelas pessoas que o consomem, e no que precisar estamos sempre as ordens. Um abraço e fique com Deus.

Para saber mais, clique aqui.

Fonte: portal Estância Virtual

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