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Amada, me deu saudade.... A história por trás da música

Quem nunca escutou um dos maiores clássicos da nossa música regional chamado "Milonga Abaixo de Mau Tempo" do compositor Mauro ...

Quem nunca escutou um dos maiores clássicos da nossa música regional chamado "Milonga Abaixo de Mau Tempo" do compositor Mauro Moraes e interpretada por José Claudio Machado não pode se dizer gaúcho che.

A música fez fama, e não foi por acaso.

Em 2015, a Zero Hora fez uma série especial chamada "Ao Pé da Letra", onde explicou as maiores composições da história.

Transcrevemos abaixo a reportagem completa:

"Ao receber a letra de Milonga Abaixo de Mau Tempo das mãos de Mauro Moraes, já com olhos marejados, o cantor José Claudio Machado indagou o compositor:

— Tu tens noção do que fizeste?

— Fiz uma canção para ti — respondeu Mauro, inocentemente.

— Não. Tu fizeste um clássico — devolveu José Claudio.

A conversa que remonta a algum lugar dos anos 1980 rompeu gerações. Hoje, gaúcho nenhum é capaz de questionar a sentença do intérprete, morto em 2011.

A música nasceu a partir da história de vida do próprio José Claudio Machado, que foi tropeiro até a adolescência, transportando gado de um campo a outro Rio Grande adentro. Além da admiração pelo ímpeto na voz e na defesa da tradição, Mauro Moraes tinha curiosidade de entender o antigo ofício do amigo.

— Nessas andanças pelos festivais e shows, certa vez perguntei ao Zé: "E se chove uma semana inteira com a bicharada no campo?". Ele respondeu: "A gente leva (a tropa) para um capão de mato para abrigá-la. Dá um jeito, mas é complicado de lidar. Porém, o que mais dói é a saudade que a gente tem de casa" — recorda Moraes, que escreveu Milonga Abaixo de Mau Tempo e ofereceu ao parceiro.

Também compositor de mão cheia e rigoroso em seu repertório, Machado sentiu um "encantamento" em torno da canção, conforme Moraes. Tomou a letra como se fosse dele e a eternizou com seu canto como forma de retribuição ao autor.

— A composição, a melodia e a letra foram feitas por mim, mas a alma pertence a José Claudio Machado. Quando vejo um piá cantá-la com emoção, sinto que fiz uma obra importante. É a recompensa que um compositor tem com seu trabalho. O cunho popular deu esse conceito a ela — comenta Moraes.

O efeito que a melodia da milonga causa nas pessoas é o trunfo do compositor, que prefere escrever suas músicas somente depois de deixar prontos os acordes, em um movimento inverso ao tradicional.

— A minha mãe nunca foi de dar palpite sobre qualquer música. De repente eu vejo ela encostada na porta do meu quarto, enquanto eu estava compondo, e me diz que esta seria uma canção muito bonita. Ou seja, uma pessoa que não é acostumada com essa cultura se identificou com ela. A melodia que a levou a dizer isso — explica.

Além da chuvarada "se metendo a besta" que castiga o trabalho do tropeiro e da saudade da "amada" que ficou cuidando do rancho, Moraes utilizou figuras reais para rechear o significado da música. Uma delas é o cavalo baio de José Claudio Machado, o Bandolim, que até hoje habita o sítio do cantor, em Guaíba. No final, recorda o Festival da Barranca, que ocorre todos os anos em São Borja, durante a Semana Santa.

— O sujeito está na tropa, cansado, mas ainda vai na Barranca participar como músico. Só depois volta para casa — romanceia Moraes."

"Amada, me deu saudade
Me fala que a égua tá prenha, que o porco tá gordo
Que o baio anda solto e que toda cuscada, lá em casa, comeu"

Então che, é de emocionar não é? Se tu quiseres ver mais alguns vídeos, é barbada, só acessar este link.


Para saber mais, clique aqui.

Fonte: portal Estância Virtual

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