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Carta aberta ao menino Thomas Machado

"A Paz em nós nasce da compreensão em serviço e, é mantida pela tolerância com os erros alheios e até pela auto- aceitação dos nosso...

"A Paz em nós nasce da compreensão em serviço e, é mantida pela tolerância com os erros alheios e até pela auto- aceitação dos nossos próprios erros, de modo a sabermos corrigi-los sem tumulto e perda de tempo." (autor desconhecido)
 
O que mais importa neste instante és tu, pequeno cantor. Nada em nós vale mais que tua serenidade e inocência.  Quando chegastes humilde atrás da gaita, eu e meus filhos, esperávamos ansiosos teu canto.

Surpreendido por te ouvir cantando Beijinho Doce do paulista João Alves dos Santos e não Querência Amada do Teixeirinha ou quem sabe Céu Sol Sul Terra e Cor do Leonardo, tive a reação emocionada de ser-humano que, na maioria das vezes, altera os nervos e grita o que pensa sem imaginar as consequências. 

Quando cresceres entenderás melhor estes surtos dos adultos descontrolados e chatos feito eu.

No dia do teu canto na tv, minha querida filha de dez anos que é da tua tribo - sábia e evoluída na bondade da infância, me aconselhou a não me manifestar na emoção das palavras que  seriam agressivas a ti naquele momento onde o Brasil sorria a tua glória.

Jamais teria esse direito que só Deus tem e nunca usa contra seus filhos.  E quem sou eu para julgar meu querido guri?

Nunca, Thomas e família quis ofender tua formação musical, que percorre o Brasil sonoro indo de Asa Branca do Luiz Gonzaga à última Lembrança do Luiz Menezes.
  
No dia 22 de fevereiro recebi um email de um repórter conhecido por suas materias valorizando o tradicional do sul e, nesse email detalhava que eu fotografei a tv quando mostraram tu cantando e disseram que Beijinho Doce Era daqui. Realmente  escrevi na foto que não era daqui. (não é que virei Jesus) e os pregos doem muito quando distorcem a história amigo Thomas. Eu estaria te atacando por inveja e outros sentimentos malignos.

Ora ora meu guri gaiteiro, nunca gostei muito de ir na tv, embora já tenha ido inúmeras vezes.  Gosto mesmo é de andar a cavalo e ainda vou domar um pra ti vir um dia correr vaca com meus filhos em Bagé. Que te parece?

Quando consegui o contato e, por telefone, conversei com tua querida mãe imaginando que o protesto evidenciado pelo profissional repórter, não abordava só minha atitude de dizer que Beijinho Doce não é daqui, e sim era pra corrigir um erro de reportagem. Pois penso que Gildo de Freitas não gostaria que dissessem que Definição do Grito foi feita por um querido irmão mineiro né? Coisas de artista protegendo sua obra, vais entender isso também.

Meu querido Thomas, nunca neste mundo pensei em te usar para promover meu nome, e quem me conhece mesmo sabe disso. Que Deus ilumine tua caminhada e o tempo alivie tudo.
 
Aceite meu pedido de desculpas por esse perigoso mal entendido e: 
 
 Foto extraída do facebook


Por Lisandro Amaral no portal Diário do Andante

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