Desde o último dia 25, quarta-feira, começou o maior evento campeiro e gastronômico da legendária Lagoa Vermelha. Estamos nos referindo ...
Desde o último dia 25,
quarta-feira, começou o maior evento campeiro e gastronômico da
legendária Lagoa Vermelha. Estamos nos referindo ao Rodeio Crioulo
Internacional e a Festa Nacional do Churrasco, nesta bela, acolhedora e
histórica localidade, berço do fraterno parceiro Porca Véia.
Segundo meu amigo Marcelo, agora residindo em São Chico de Paula, o primeiro Rodeio Crioulo de Lagoa Vermelha aconteceu nos dias 2, 3 e 4 de fevereiro de 1973, quando Celso Lima era patrão do CTG Alexandre Pato, local onde acontece estas festividades. Desde então, a cada dois anos, a comunidade se prepara para seu evento maior. Quem quiser saber onde o gauchismo floresce com autenticidade, que faça parte deste grande acontecimento. Vamos participar, minha gente.
E já que e hoje é domingo e estamos falando em churrasco, vamos postar essa matéria sobre uma gastronomia um tanto esquecida pela gauchada, ou seja, o churrasco no couro. E quem sabe o pessoal de Lagoa não convida estes Hermanos para que, na próxima edição da Festa Nacional do Churrasco, nos brindem com esta arte de fazer um bom assado.
Segundo meu amigo Marcelo, agora residindo em São Chico de Paula, o primeiro Rodeio Crioulo de Lagoa Vermelha aconteceu nos dias 2, 3 e 4 de fevereiro de 1973, quando Celso Lima era patrão do CTG Alexandre Pato, local onde acontece estas festividades. Desde então, a cada dois anos, a comunidade se prepara para seu evento maior. Quem quiser saber onde o gauchismo floresce com autenticidade, que faça parte deste grande acontecimento. Vamos participar, minha gente.
E já que e hoje é domingo e estamos falando em churrasco, vamos postar essa matéria sobre uma gastronomia um tanto esquecida pela gauchada, ou seja, o churrasco no couro. E quem sabe o pessoal de Lagoa não convida estes Hermanos para que, na próxima edição da Festa Nacional do Churrasco, nos brindem com esta arte de fazer um bom assado.
José Silveira é um dos poucos gauchos hermanos que ainda assam o churrasco no couro
O churrasco no couro é o mais raro e tradicional de todos assados. Apenas um apanhado de pessoas ainda mantém esta tradição centenária viva.
Nosso hermano José Silveira faz todo o processo de abate, limpeza e cozimento do gado sozinho. O churrasco no couro, ou asado en el cuero, em espanhol, é possivelmente o mais tradicional e antigo tipo de churrasco do gaúcho sul-americano. Após os conflitos entre europeus e indígenas no pampa, um grande número de cabeças de gado foram deixadas soltas a pastar pelas vastas planícies. As vacarias surgiram e o gado se tornou importante fonte de alimento para o gaúcho.
Silveira aperfeiçoou a técnica ao adicionar duas grelhas, uma sob e outra sobre a vaca.
O gaúcho é uma mistura de europeus, negros e indígenas, de acordo com Dr. José Fachel, da Universidade Federal de Pelotas. Com a dizimação de muitas tribos, estes gaúchos se tornaram nômades, foras-da-lei. As vacas espalhadas por tudo era um alvo fácil e excelente fonte de proteínas. Uma lenda urbana conta que o Rio Grande do Sul agüentou por tanto tempo as investidas do Império Brasileiro durante a Guerra dos Farrapos por que conseguiam sobreviver com uma dieta feita quase 100% de carne enquanto os soldados imperialistas tinha que carregar pesados mantimentos.
O churrasco no couro consiste em assar a vaca inteira utilizando o próprio couro do animal como meio de cozimento. Todos os fluidos, como gordura derretida, sangue e água são retidos pelo couro e fervem, deixando a carne bem macia e com um sabor característico. O assador uruguaio José Silveira diz que, de acordo com uma lenda, o índio, muito matreiro na época, estava sempre na disparada, portanto assava a vaca no couro para que, se estivesse em perigo, enrolava o animal na própria pele e a levava no cavalo.
Hoje este tipo de assado é uma arte que está morrendo. Existem muitas razões para tal. Silveira é provavelmente uma das últimas pessoas a manter a tradição viva. A razão mais óbvia é a dificuldade de fazer o serviço. Silveira faz tudo sozinho. Ele escolhe o animal de acordo com o número de pessoas a serem servidas e também pela qualidade de vida do animal, fato muito importante e determinante no sabor da carne. Outro problema são as leis sanitárias. - No Brasil é muito difícil cozinhar uma vaca desta forma, diz Silveira. Primeiro por causa da proibição das armas de fogo, e segundo porque a não ser que a vaca seja cozida no local do abate, não dá para assar. Não é possível simplesmente colocar a vaca aberta na traseira de uma caminhonete e levá-la para qualquer lugar, ele conta. No Uruguai as leis são mais brandas, então é lá que ele mais trabalha, normalmente perto da fronteira com o Brasil, para os brasileiros também participarem.
Veja mais sobre este tipo de assado em: www.churrasconocouro.com
Fonte: blog do Léo Ribeiro
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