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Os responsáveis pelo início do MTG

Ao comemorarmos os cinquenta anos de existência do Movimento Tradicionalista Gaúcho, não podemos, jamais, deixar de mencionar os reais r...


Ao comemorarmos os cinquenta anos de existência do Movimento Tradicionalista Gaúcho, não podemos, jamais, deixar de mencionar os reais responsáveis por todo este processo que hoje aglutina em torno de si centenas de entidades tradicionalistas. O Grupo dos Oito. Foram eles que, numa época que andar de bombacha na cidade era "coisa de grosso ou colono", encilharam seus cavalos e saíram pelas ruas da capital acompanhando os restos mortais de David Canabarro e retirando uma centelha do Fogo da Pátria para transforma-la na atual Chama Crioula, propiciando a revitalização que originou esta devoção cultural a tradição gaúcha nos dias atuais.

Em agosto de 1947, em Porto Alegre, eclodiu forte uma proposta de esperança de liberdade e o amor à terra tinha vez e lugar. Jovens estudantes, oriundos do meio rural, de todas as classes sociais, liderados por Paixão Côrtes, criam um Departamento de Tradições Gaúchas no Colégio Júlio de Castilhos, com a finalidade de preservar as tradições gaúchas, mas também de desenvolver a cultura rio-grandense, interligando-se e valorizando no contexto da cultura brasileira. Dentro deste espírito é que surge a criação da Ronda Crioula, estendendo-se do dia 7 ao dia 20 de setembro, as datas mais significativas para os gaúchos.

Entusiasmados com a idéia procuraram a Liga de Defesa Nacional e contataram o Major Darcy Vignolli, responsável pela organização das festividades da “Semana da Pátria”, expressaram o desejo do grupo de se associarem aos festejos, propondo a possibilidade da retirada de uma centelha do “Fogo Simbólico da Pátria” para transformá-la em “Chama Crioula”. Nessa oportunidade, Paixão recebeu o convite para montar uma guarda de gaúchos pilchados em honra ao herói farrapo David Canabarro, que seria transladado de Sant’Ana do Livramento para Porto Alegre.

Paixão Côrtes, para atender o honroso convite, reuniu um piquete de oito gaúchos pilchados e, no dia 5 de setembro de 1947, prestaram a homenagem a Canabarro. Esse piquete hoje conhecido como o Grupo dos Oito, ou Piquete da Tradição. Primeira semente que seria seguida no ano seguinte, na criação do “35” CTG.

Antonio João de Sá Siqueira, Fernando Machado Vieira, João Machado Vieira, Cilço Campos, Ciro Dias da Costa, Orlando Jorge Degrazzia, Cyro Dutra Ferreira e João Carlos Paixão Côrtes, seu líder. Durante o cortejo, o “Grupo dos Oito”, os jovens estudantes, conduziam as bandeiras do Brasil, do Rio Grande e do Colégio Júlio de Castilhos.


Segundo Hélio Ferreira, filho de Cyro Dutra Ferreira, a retirada da Centelha em 1947, não teve registros fotográficos, já em 1948 a imprensa se fez presente para registrar o acendimento a zero hora do dia 8 de setembro pelo Patrão do 35 CTG

No Sítio do Laçador, em seu projeto original, e na sua inauguração, há o prospecto de oito palmeiras, simbolizando cada um dos participantes do Piquete da Tradição. O que vemos lá, atualmente, não é bem isso. Existem algumas palmeiras mortas, caídas, enfim abandonadas pelo poder público responsável. Isto denota o quanto nossos governantes valorizam nossos memoriais, monumentos, lembranças em bronze (ou mesmo na forma de árvores) daqueles que fizeram algo por nossa terra.

Mas na memória de todos os tradicionalistas, o Grupo do Oito será perene.


Fonte: blog do Léo Ribeiro

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