De repente um cusco invade a cancha e passa a ser perseguido, a laçadas, por um peão que erra a armada. O cachorro, que não é bobo, se...
De repente um cusco invade a cancha e passa a ser perseguido, a laçadas, por um peão que erra a armada.
O cachorro, que não é bobo, sente que a pegada é bruta e foge. Ao redor das duas arquibancadas, lotadas, crianças correm, animadas, vestindo botas e bombachas, já pensando em seguir o caminho dos pais, que do lado de lá do aramado, disputam as provas. É dia de final do campeonato municipal de laço de Santo Antônio da Patrulha. Na última de quatro etapas, 32 equipes em três forças, fora as categorias individuais. E dê-lhe pata, e dê-lhe corda. É uma festa em que a armada boa incendeia a torcida, que devolve com gritos de euforia. Xingamento ao juiz? Palavrões? É melhor procurar outro ambiente.
Sabem qual a diferença o parque de rodeios onde acontece a competição e um estádio de futebol? É que no rodeio, a torcida vibra por atletas que fazem parte do seu dia a dia, com os quais dividem, às vezes, o mesmo teto: amigos, namoradas, esposos, filhos. Gente que não vive do laço. Trabalha durante a semana e pratica o esporte nas horas de folga. Ao contrário dos jogadores que disputam o domínio da bola, que ganham fortunas e muitas vezes não "vestem a camiseta" dos clubes, os laçadores que correm atrás do boi honram cada bordado dos brasões que ostentam no peito. Quanta tradição! Que tenhamos mais competições e rodeios como o municipal de Santo Antônio!
por Giovani Grizotti
Fonte: Repórter Farroupilha, junto ao portal G1
O cachorro, que não é bobo, sente que a pegada é bruta e foge. Ao redor das duas arquibancadas, lotadas, crianças correm, animadas, vestindo botas e bombachas, já pensando em seguir o caminho dos pais, que do lado de lá do aramado, disputam as provas. É dia de final do campeonato municipal de laço de Santo Antônio da Patrulha. Na última de quatro etapas, 32 equipes em três forças, fora as categorias individuais. E dê-lhe pata, e dê-lhe corda. É uma festa em que a armada boa incendeia a torcida, que devolve com gritos de euforia. Xingamento ao juiz? Palavrões? É melhor procurar outro ambiente.
Sabem qual a diferença o parque de rodeios onde acontece a competição e um estádio de futebol? É que no rodeio, a torcida vibra por atletas que fazem parte do seu dia a dia, com os quais dividem, às vezes, o mesmo teto: amigos, namoradas, esposos, filhos. Gente que não vive do laço. Trabalha durante a semana e pratica o esporte nas horas de folga. Ao contrário dos jogadores que disputam o domínio da bola, que ganham fortunas e muitas vezes não "vestem a camiseta" dos clubes, os laçadores que correm atrás do boi honram cada bordado dos brasões que ostentam no peito. Quanta tradição! Que tenhamos mais competições e rodeios como o municipal de Santo Antônio!
por Giovani Grizotti
Fonte: Repórter Farroupilha, junto ao portal G1
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