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Jurado fala sobre diversidade da Tafona da Canção

A diversidade musical mais uma vez é destaque da Tafona da Canção, de Osório, que tem sua final na noite desse sábado, no Parque Jorge...


A diversidade musical mais uma vez é destaque da Tafona da Canção, de Osório, que tem sua final na noite desse sábado, no Parque Jorge Dariva, junto ao 36º Rodeio Internacional. Entre as 12 classificadas apresentadas já na noite de ontem, estilos diferenciados. Destacando-se também a qualidade de intérpretes e instrumentistas. O ABC do Gaúcho entrevistou nesse sábado um dos jurados do festival, o músico Bebeto Alves, que elogiou essa diversidade e a qualidade dos músicos que passaram pelo palco (confira abaixo a entrevista). O festival é transmitido pela internet, pela Rádio Osório (www.radioosorio.com.br).

A primeira noite do festival contou com grande público no anfiteatro do parque de rodeios, e teve shows de abertura do grupo Chão de Areia, e de encerramento, de Nilton Ferreira. Neste sábado o show de abertura, às 20 horas, será com Miguel Marques e, após a reapresentação das 12 músicas concorrentes, ocorrerá show de Luiz Marenco e então, a entrega da premiação. A comissão julgadora é formada por Bebeto Alves, Beto Mayer, Jari Terres, Miguel Marques e Vaine Darde.

DIVERSIDADE, TALENTOS E SURPRESAS

Em entrevista ao ABC do Gaúcho, o músico Bebeto Alves, que é um dos jurados do festival, falou sobre a qualidade das classificadas, influências e, claro, milonga, que é a marca de seu trabalho:

Que achastes da qualidade das músicas da Tafona?
Bebeto: Achei muito bom, e pelo alguns trabalhos me emocionaram bastante, me tocaram. E a música tem que emocionar, ela é fundamentalmente emoção. Às vezes tu vê coisas muito elaboradas e que não emocionam. E ontem em vários momentos me emocionei. E tem músicas ali muito vanguardistas. De uma estrutura muito boa, principalmente de melodia. Houve uns três momentos de novidades que me agradaram muito.

E como avalias a qualidade de intérpretes e instrumentistas do festival?
Bebeto: Excelentes músicos e interpretes. Isso se deve a expoentes da música, como o Bebê Kramer, o Yamandú Costa e muitos outros, que serviram de inspiração em suas trajetórias e que fizeram com que essa gurizada buscasse aprimoramento. E o que se viu foram excelentes instrumentistas e intérpretes. Acredito que teremos sim dificuldades. Muitos músicos, de diferentes instrumentos se destacaram.

A diversidade de estilos também colabora com isso?
Bebeto: Sim. A tribo maçambiqueira, por exemplo, me emocionou. E isso dos tambores me agrada muito. E o diferencial da Tafona é esse, trazer isso para o palco, junto com outros estilos. E aqui no RS essa cultura dos tambores é tão diferente da Bahia por exemplo, e muito rico. Como é lindo. Acho que esse pessoal tinha que se impor um pouco mais. Fiz ate um videozinho e postei no Instagran! (risos)

Como tu avalia a música regional atualmente?
Bebeto: É um universo que não se modifica muito, pois tu vai cantar aquilo que estás vivendo e que faz parte de uma herança estrutural. Ouve um momento de descoberta disso como identidade, lá na década de 70 e 80, que ocasionou interesse do povo com essa questão cultural. E a música fez parte dessa estrutura. De evidenciar isso. Isso fez parte de uma necessidade da formação de uma identidade. E nos trouxe ao que temos hoje musicalmente.

E falando em tuas referências, quem te ajudou a compor teu estilo musical?
Bebeto: Estou desde os 9 anos de idade envolvido com música, e em 78, lancei com outros músicos o disco Paralelo 30. Um deles foi o Carlinhos Hartlieb, que foi um pioneiro. Foi o cara que me despertou para a cultura regional, sem ser “campeiro”. Foi um inovador, muito à frente de seu tempo.

E o que representa a milonga pra ti?
Bebeto: A milonga é a espinha dorsal do meu trabalho. E não tem pretensão de nada. Nem de ser considerada música “gauchesca”. Até porque acho que essa música que a gente ta fazendo é música sulbrasileira. (Não precisa ser rotulada). Porque o entendimento de certas coisas abre um leque de possibilidades. E o gauchismo ou gauchesco te prende a estereótipos.


port Tânia Goulart
Fonte: ABC do Gaúcho