Foto: Kethlin Meurer / Folha do Mate Difícil falar em Venâncio Aires e não pensar em chimarrão. Para que o hábito de tomá-lo e a cultur...
Foto: Kethlin Meurer / Folha do Mate
Difícil falar em Venâncio Aires e não pensar em chimarrão. Para que o hábito de tomá-lo e a cultura da erva-mate sejam disseminados, o município tem dois pontos de visitação na RSC 287. Nesses locais, é possível encontrar erva e outros elementos que remetem à tradição gaúcha. Os espaços oferecem uma diversidade de produtos que chamam a atenção até mesmo de pessoas do exterior.
Um deles, que comercializa a erva-mate Madrugada, existe há cerca de 30 anos na rodovia. Mas a atual proprietária, Anelise Soder, comprou o ponto turístico há um ano.
O espaço fica aberto todos os dias da semana, de segunda a segunda-feira, das 7h30min às 19h. Anelise conta que a empresa iniciou apenas com a comercialização de erva-mate, mas a ideia de trabalhar com uma variedade de produtos não demorou muito para surgir. 'Pensei que um local que vende erva-mate, também precisa vender cuias, bombas, bolachas caseiras e outras coisas. A pessoa compra a erva e já leva a cuia ou bomba junto', comenta. A erva-mate, por exemplo, pode ser encontrada a partir de R$ 8. 'Eu não trabalho tanto com margem de lucro, porque quero que o produto gire', explica.
Anelise conta que recebe o auxílio da filha para trabalhar na empresa e são em feriados e fins de semana que há uma maior movimentação no local. Ela acredita que o ponto chama a atenção, por estar localizado na beira da estrada, em um trajeto onde há uma grande movimentação de veículos. Além do mais, segundo Anelise, o ponto de visitação trabalha com o preço de fábrica, o que torna alguns produtos um pouco mais acessíveis.
A proprietária conta que já recebeu visitas de pessoas de outros países, entre eles, Portugal. O casal que frequentou o ponto turístico, não demorou muito para se apaixonar por um bom mate. Anelise acredita que o local é frequentado por pessoas de outras regiões em função das fumageiras que existem em Venâncio. 'Vem muita gente de São Paulo também. As pessoas gostam tanto do local, que, uma vez, até pediram para eu abrir uma empresa lá em São Paulo', ressalta.
Uma aposta que deu certo
Não muito longe do ponto de visitação de Anelise, existe um outro espaço dedicado também à disseminação da cultura gaúcha. Contudo, este comercializa a erva-mate Elacy.
O proprietário, Pedro Henrique Heck, conta que o local existe há 10 anos e fica aberto de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h30min, sem fechar ao meio dia. No sábado, o atendimento é feito das 7h às 17h e, no domingo, não há expediente.
No início, a erva-mate era vendida na própria ervateira, que fica ao lado. Como era ruim os clientes entrarem na empresa para comprarem o produto, surgiu a ideia de apostar em um espaço ao lado. O ponto de visitação começou pequeno, mas cresceu. Hoje, a empresa já tem lancheria, vende tanto erva-mate, quanto outros produtos também relacionados à cultura gaúcha.
Heck conta que 80% dos clientes são de Santa Maria, Porto Alegre, Canoas e Caxias do Sul em função da localização. Segundo ele, quem frequenta o local tem à disposição água quente gratuita e também ganha de brinde um pacote de erva suficiente para fazer um chimarrão.
Para o proprietário, é importante o município ter pontos turísticos como esse, pois é uma forma de valorizar uma tradição preservada há tantos anos. 'Divulgamos o chimarrão e também a nossa marca', acrescenta.
Espaços facilitam a vida de quem está na estrada
O caminhoneiro Júnior Depke, 24 anos, resolveu parar no ponto de visitação de Anelise Soder pela primeira vez e se impressionou com o espaço. 'Tudo é novidade para mim', conta.
De acordo com ele, locais como este são importantes, porque apresentam uma diversidade de produtos que, às vezes, podem apenas ser comprados em supermercados. 'Facilita para quem vive todo o dia na estrada. Se não tivesse esse ponto, eu teria que ir até um supermercado para comprar erva e isso é longe', comenta.
Saiba mais, clicando aqui.
Fonte: portal Folha do Mate