Por Patrícia Haddad Durante o Bocal de Ouro, disputado entre os dias 7 a 10 de abril, além da beldade dos animais, também foi possível ...
Por Patrícia Haddad
Durante o Bocal de Ouro, disputado entre os dias 7 a 10 de abril, além da beldade dos animais, também foi possível admirar a beleza dos trajes gaúchos. Os diversos modelos de roupas que tanto o público, quanto os competidores vestiam, fazem parte do estilo da moda campo. Esse estilo rural vem crescendo cada vez mais e atingindo diversos públicos.
Uma das marcas que se destaca nesse setor é a La Campera, criada por Cristina Moglia, vestindo homens e mulheres de todas as idades e de diversas regiões. “A La Campera surgiu da ideia de ter uma marca com o ‘Estilo do campo na cidade’, onde as pessoas se sentem bem e confortáveis vestindo as roupas do estilo rural também na cidade”, explica Cristina.
Apesar de ser um estilo mais tradicional, os empresários do setor estão preocupados em lançar novidades para manter seu público sempre atualizado. “É através de pesquisas de mercado, ouvindo os clientes e em viagens, como por exemplo, as Exposições de Cavalos Crioulos na Argentina, Uruguai e Brasil, que surgem as novas ideias. Temos o nosso estilo próprio voltado ao campo, que chamamos de rural chic, mas sempre acompanhamos as tendências de cores e tecidos de cada estação”, mencionou Cristina Moglia.
Mesmo mantendo as coleções sempre atualizadas, um dos grandes desafios foi conquistar o público além do limite rural. Ao contrário do que algumas pessoas pensam, não é necessário viver no inverno sulista para aderir aos modelos mais clássicos, como por exemplo, a bombacha, ponchos, palas, mantas e boinas. Grandes cidades já estão aderindo a esse estilo tradicional gaúcho.
“Trabalhamos com as mesmas peças para todo o Brasil. O nosso produto mais pesado, como a pala, serve tanto para proteger o homem e a mulher nas lidas do campo quanto para vestir as pessoas da cidade. Por ser uma peça diferenciada, muito bonita e estilosa, essas pessoas da cidade gostam muito de usá-la. Vendemos muito para as regiões do Rio de Janeiro e de São Paulo, onde o produto pala é um diferencial, uma novidade nas cidades grandes”, revela a empresária.
Um exemplo importante do avanço da moda campeira para todas as regiões do país é a apresentadora do programa Cavalos Crioulos, Valéria Maciel. Viajando o Brasil todo para produzir matérias, a jornalista não deixa de lado suas raízes e mantém o estilo gaúcho, independente de onde esteja.
“Sou natural da fronteira de Sant’ Ana do Livramento, uma cidade que faz divisa com o Uruguai, onde esse tipo de roupa é comum. Sempre usei ponchos, palas, mantas. Minha família também tem relação forte com o campo então, acho que usar bota e bombacha fazia parte da minha realidade”, contou a apresentadora.
Por ser tão tradicional, a moda campeira passa de geração em geração, atraindo cada vez mais jovens de todas as idades, como por exemplo, os meninos da Cabanha Rio Bonito, de Ponta Grossa no Paraná.
Pedro Demeterco, de 15 anos, contou que ele mesmo escolhe suas roupas e está sempre de olho nas novidades que as pessoas usam nas provas e no Canal Rural. “Sou um apaixonado por cavalos e tenho como lugar predileto a Cabanha. É um prazer estar pilchado”, comentou Pedro.
Para ver mais fotos, clique aqui.
Foto: Divulgação La Campera
Fonte: portal do Freio do Ouro
