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Turismo nas Missões é um fiasco por completo

 Por: RADIOCIDADESA - Turismo nas Missões é um fiasco por completo! Essa foi à expressão usada por um turista do norte que acompanhado p...


 Por: RADIOCIDADESA

- Turismo nas Missões é um fiasco por completo!

Essa foi à expressão usada por um turista do norte que acompanhado pela esposa, e mais três pessoas pretendiam buscar um pouco mais do conhecimento da cultura do povo missioneiro após percorrer cerca de dois mil km, para conhecer um pouco da nossa história.

A sua indignação teve início já em um Posto de Combustível localizado na BR 285, oportunidade que solicitou a frentista informações sobre a quilometragem até as Ruínas de São Miguel das Missões.

A desinformada moçoila além de não saber sobre os quilômetros que o turista deveria percorrer, ainda destacou que os visitantes pouco estariam vendo no local a não ser um amontoado de pedras.

Já em outro município missioneiro e que se traduz no início da civilização por aqui, a decepção foi completa, eis que pouco ou nada de uma infra-estrutura adequada para recepcionar os visitantes, e ainda a buraqueira da ligação asfáltica até o local.

A surpresa maior do turista e sua família estavam agendados para a noite quando em determinado hotel considerado chique em nossa região missioneira, e ao se deslocar para o restaurante pretendia degustar os pratos típicos da culinária gaúcha (carne assada de ovelha, um bom churrasco com carne de gado, mandioca, saladas), e ainda solicitou para acompanhar o jantar um vinho da vinícola Fin, localizada na BR 285.

A decepção do turista e de seus acompanhantes ficou estampada em suas faces quando foram informados que o restaurante não disponha em seu Mennu os pratos do cardápio do povo gaúcho solicitados, e que o vinho comercializado no local somente seria de origem estrangeira (Argentinos, Uruguaios e Chilenos), e que o produto solicitado também não constava na listagem.

O turista, homem viajado pelo mundo ficou estarrecido diante a falta de uma infra-estrutura adequada para atender seus visitantes. Como pretendia degustar um vinho da vinícola Fin, o cidadão após pernoitar no hotel se deslocou até a sede da empresa, e lá se sentindo em casa recebeu toda a atenção que buscava.

Ainda em seu trajeto de viagem realizou incursão por outro município, quando no domingo pretendia visitar um dos museus, e para sua surpresa encontrou as portas fechadas. Da mesma forma, o banheiro público também não estava funcionando.

E diante de tantas aberrações, o nosso turista acabou retornando para o norte levando consigo uma péssima impressão do momento que por poucas horas conviveu por aqui. Isso não é ficção. Isso é realidade.

Nota do Blog: Ficamos um tanto tristes com a reportagem acima descrita. Para dar uma luz a esta dificuldade regional, postamos, também, uma opinião de fundamento, escrita por um poeta, trovador, morador da região. Valter Portalete

Valter Portalete

Ao ler esta publicação, a princípio feita por um turista, visualizei em cada linha situações que já havia percebido, na condição de nativo das missões. Por isso, tenho a convicção de que somos uma região histórica, com pretensões de região turística. Para que assim funcione, o turista precisa encontrar em nossa região, muito mais do que registros de um tempo antigo, mas encontrar um tripé, formado pela identidade x conhecimento x amor. Isso quer dizer que o nativo precisa se identificar com a região, ou seja, possuir um sentimento de 'pertencimento'. Precisa ver na história antiga, a importância dela para a formação da sua própria história de vida. O nativo precisa entender que ESTA TERRA TEM DONO, vai muito além de uma frase dita por Sepé Tiaraju, mas traduz o sentimento de pertencer, e por isso, defender. O conhecimento também é de máxima importância, pois não se ama aquilo que não se conhece. Saber o nome dos Sete Povos e bradar aos quatro cantos o 'orgulho missioneiro', não basta. Tenho visto 'missioneiros', com a cruz de caravaca no peito, espalhados nos quatro cantos do RS, que não sabem nem a distância de Santo Ângelo a São Miguel das Missões. Quer dizer que, se identificam, mas não conhecem. O amor é consequência da união de identidade e conhecimento. Quando se ama realmente, não se mede forças para ver o crescimento do ser amado, neste caso, da região amada. Este tripé, esta presente, por exemplo, na região das hortências. Converse com um morador de Nova Petrópolis, Gramado ou Canela, e verás personificado nele a identidade, o conhecimento e o amor à sua região. Qualquer ação governamental que não priorizar este tripé, que não fundamentar uma ação de 'construção de identidades', não irá prosperar. E mais, não podemos ficar na dependência apenas de ações governamentais. Empresários, associações e comunidades também precisam se organizar, buscando a formatação deste tripé. Sem que isso ocorra, podem construir mil monumentos, casas turísticas da beira da BR, trazer mil tenores, e mesmo assim, continuaremos sendo apenas uma região histórica, de fraca atividade turística.


Fonte: blog do Léo Ribeiro

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