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Um pedido aos novos governantes:

 MAIS VALORIZAÇÃO DA CULTURA NATIVA DO SUL As equipes de transições do governo Estadual devem estar mantendo constantes reuniões buscando o...

 MAIS VALORIZAÇÃO DA CULTURA NATIVA DO SUL

As equipes de transições do governo Estadual devem estar mantendo constantes reuniões buscando o melhor em diversas searas da administração. Certamente o governador eleito já deve ter escolhido o novo Secretário de Cultura e apontado o Diretor do IGTF, órgão oficial do Estado junto ao nosso folclore.

Sendo assim, aproveitamos o momento para redigir um pedido a quem porventura venha assumir estas importantes pastas.

-  Mais valorização da Cultura Nativa do Sul.

Entendemos que todas as manifestações folclóricas são válidas e devem ser incentivadas, pois nosso Rio Grande do Sul é um mosaico, um manancial rico e interminável de folguedos, religiosidades, cultos, que vão do Maçambique litorâneo aos legados do indígena missioneiro, passando, aí, pelas alegres, espontâneas e centenárias atividades germânicas, italianas e a cultura mais contemporânea que circunda, principalmente, os grandes centros urbanos. Tudo isto retratado e revivido em festas, teatros, cinemas, livros, danças, rodeios, encontros, e o que mais represente os costumes que permeiam em nossa terra gaúcha.

Contudo, o que temos notado de uns tempos para cá é um engajamento público em torno da diversidade cultural em detrimento daquilo que, realmente, caracteriza o nosso Estado, ou seja, a Tradição Gaúcha.

Tudo é muito simples e cristalino, embora muitos não queiram enxergar: Nenhum turista vem ao Rio Grande do Sul para ver ou ouvir duplas sertanejas, pagodeiros, passistas de frevo, bumba-meu-boi, carnaval... Tudo isto, outros Estados fazem melhor do que nós.

E o que temos a oferecer de nossos costumes a estes turistas afora alguns dançarinos estilizados de churrascarias e os eventos anuais promovidos pelo MTG (uma entidade privada)?

Não temos um museu do gaúcho. Não temos uma casa temática (a Casa do Gaúcho, no Acampamento Farroupilha, serve mais a festas de formatura colegiais do que a outra coisa). Não temos um grupo folclórico com apoio Estadual que divulgue a riqueza de nossas danças Brasil afora (que saudades do CTG da Varig). Falando em Varig, quem chega no aeroporto Salgado Filho não tem sinais de que está adentrando em um Estado de forte cultura própria. Mais parece que deu “ôh de casa” em uma terra sem dono (culturalmente falando).  Até o gaúcho cevador de chimarrão aos viajantes, único indício que que aportávamos no Rio Grande do Sul, desapareceu...

O Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore trabalha com recursos minguados, sendo esta a situação que os novos governantes encontrarão o nosso caixa. Entretanto, isto não é justificativa para que este órgão dê as costas para as coisas da terra. A nobre presença de seu Diretor nos eventos tradicionalistas é importante, mas não é o suficiente e sabe-se que,  quem realmente manda, prefere apoiar outros segmentos culturais com a velha falácia de que “a gauchada consegue se virar sozinha”. Em suma: - a falta de identidade com as nossas tradições é pública e notória no Instituto e na Secretaria de Cultura.

Temos que reconhecer o trabalho e o apoio dispensado por ocasião dos Festejos Farroupilhas. Isto é louvável, mas o ano do regionalismo é composto de 365 dias e não apenas do mês de setembro.

Então, por não ter os pilas na guaiaca, entra um segundo pedido deste peão do Rio Grande: Criatividade. Oficinas temáticas, concursos de fotografias, de poesias, de contos, de causos, melhor aproveitamento do galpão Jayme Caetano Braun, campanhas sociais, enfim, atividades que movimentem o público alvo que aprecia as coisas de nosso pago, sem gastar muitos cobres. Só como exemplo, a nossa Estância da Poesia Crioula, a Academia Xucra do Rio Grande, uma entidade pobre e que sobrevive da colaboração de alguns associados, promove seis concursos de poesias por ano, premiando com simples diplomas e troféus, e movimentando centenas de interessados por todo o Brasil. Por que a Secretaria de Cultura, através do IGTF, não faz algo similar utilizando as dezenas de CCs (Cargos Comissionados) que por lá andejam e se pecham?

Fica, então, esta solicitação aos novos administradores: - Mais atenção a cultura terrunha do Rio Grande. Ao mesmo tempo, desejamos sorte nesta empreitada (nada fácil) que ora inicia.  

Fonte: blog do Léo Ribeiro

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