Grid

GRID_STYLE
FALSE
TRUE

Classic Header

{fbt_classic_header}

Top Ad

Últimos chasques

latest

04/dez - Morre o Rei dos Trovadores...

... E O REI DO DISCO Num dia 04 de dezembro, no ano de 1982, morria em Porto Alegre Leovegildo José de Freitas, mais conhecido como Gildo...

... E O REI DO DISCO

Num dia 04 de dezembro, no ano de 1982, morria em Porto Alegre Leovegildo José de Freitas, mais conhecido como Gildo de Freitas, o Rei dos Trovadores. No mesmo dia e mês, mas no ano de 1985, também morria Vitor Mateus Teixeira, o Teixeirinha, conhecido como o Rei do Disco, por ser um campeão em vendagens. Estes dois ícones da musicalidade do sul eram tidos como inimigos. Muitos contam que isto era apenas folclore e servia de promoção aos artistas. Esta data, através da Lei Estadual nr 8.819/89, foi decretada como o Dia Estadual do Poeta Repentista Gaúcho. 


O REI DOS TROVADORES
(Léo Ribeiro)

Nasceu no Passo D’Areia,
Na capital do estado,
Este artista afamado
Que o meu verso homenageia.
Um trovador de mão-cheia,
Bom de ideia e corpo liso.
Por traz do largo sorriso
Só vinham rimas direitas
Do Mestre Gildo de Freitas,
Rei da trova e do improviso.

Quando jovem foi ventana,
igual potro mal domado,
mas já dava o seu recado
em todo o fim de semana.
Em rodeios, em programas,
nas rádios era atração.
Andejou por este chão
cantando com muito zelo
até que sentou o pelo
pras bandas de Viamão.

A prenda Dona Carminha
foi sua eterna parceira
mão amiga, companheira,
como a faca e a bainha.
E as rusgas com Teixeirinha?
Nos discos tratavam as brigas.
No fundo eram gente amiga
mas se um fizesse um verso
que fosse meio perverso
já vinha o troco em seguida.

Mi maior de gavetão,
ninguém cantou tão perfeito
no puaço abria o peito
deixando o rival no chão.
- O Gildo é nosso patrão,
- O Gildo a gente respeita!
Estas eram frases feitas
quando ele criou sua rima,
obra própria, obra prima,
o “Estilo Gildo de Freitas”.   

Até que chegou a hora
que até hoje ainda me lembro...
Foi num 4 de dezembro,
Data em que o Gildo ia embora.....
Se foi pra eternas auroras
Ficando então decretado,
Por uma Lei do Estado
Em homenagem ao artista
Como Dia do Repentista
Para ser sempre lembrado.

Gildo se foi ao infinito
Mas ficou o verso puro,
Verso xucro, pêlo duro,
Que não se assusta com grito.
Lhes conto, como é bonito
Ouvir uma trova bem feita,
Sentir a rima perfeita
Brotando de uma garganta
Como fez, por vezes tantas,
O grande Gildo de Freitas.


Fonte: blog do Léo Ribeiro

Nenhum comentário