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Primeira prenda do RS divide tempo entre estudo, ações sociais e amigos

Caroline Lemos coleciona faixas que ganhou em concursos do MTG (Foto: Arquivo Pessoal) Ao contrário das prendas de antigamente, as jovens...

Caroline Lemos coleciona faixas que ganhou em concursos do MTG (Foto: Arquivo Pessoal)


Ao contrário das prendas de antigamente, as jovens que hoje disputam o título máximo dos Centros de Tradições Gaúchas (CTGs) do Rio Grande  do Sul precisam estar conectadas. Não apenas à tecnologia, mas também às questões que preocupam a comunidade. No concurso tradicionalista, as candidatas precisam saber prontamente a história do estado, características do povo, poemas e músicas, além de passarem por uma série de atividades sociais. É o caso de Caroline Lemos, atual primeira prenda do estado, que se preparou por oito anos até conquistar a faixa.

Atualmente, Caroline divide as atribuições do posto com os compromissos da faculdade de jornalismo, o estágio em Rio Grande, na Região Sul, um curso técnico e a rotina agitada de uma jovem de 19 anos.
Desde maio, carrega o título e desenvolve projetos com a comunidade tradicionalista e da sua cidade. Quando não está assistindo às aulas, está se preparando para algum evento.

Em 2012, Caroline ganhou a faixa de 1ª prenda do CTG General Antônio de Souza Netto, da 6ª Região Tradicionalista, e desde então se dedicou aos concursos. Com a música como aliada, a menina cantou e encantou e, em 2006, participou de um concurso como prenda juvenil. Foram algumas cirandas regionais no próprio CTG e duas cirandas regionais, envolvendo todo o estado, em que ficou em 5º lugar.

“Participei do projeto MTG [Movimento Tradicionalista Gaúcho] Vai à Escola, que tem de ser desenvolvido com crianças e levar um pouco do tradicionalismo e da cultura gaúcha. Também fiz parte do núcleo de fortalecimento da cultura, em que a gente faz atividades com a comunidade. Falamos sobre saúde e bem estar, e fizemos um mutirão de limpeza em uma igreja”, relembrou, orgulhosa.

O cunho social deixa mais leves as regras rígidas e as ações decoradas necessárias para passar no concurso de primeira prenda. Por conta de uma nota mediana, segundo a menina, ela acreditava que não venceria a final do concurso.

“Até o resultado sair eu estava nervosa. Estava decepcionada comigo mesma, porque os coordenadores que avaliam olham as planilhas de notas. E a única que eu sabia era da prova escrita e não tinha gabaritado. Já estava até conversando com meu peão e pensando em como concorrer de novo. Quando falaram que a 1ª prenda era de Rio Grande, eu não queria acreditar”, falou.

Entre a emoção do momento, a entrega da faixa e o cotidiano agitado que veio depois, Caroline diz conseguir dar conta de tudo. “O que mais abri mão foi de sair com os amigos nos finais de semana. Como sempre estou envolvida com algo, tento adiantar os estudos durante a semana. Alguns amigos até me acompanham, fazem questão de vir junto. Eles entendem”, afirmou.

Tradição

A paixão pelos assuntos do Sul, no entanto, nasceu antes mesmo de ela ser concebida. Há 25 anos os pais se conheceram em uma invernada, namoraram entre as apresentações do grupo de dança e casaram em um CTG. Anos mais tarde, a jovem seguiria os passos.

“Tinha 11 anos quando entrei para uma invernada de CTG, mas não tinha nem noção do que acontecia em um concurso de prenda. Eu pensava mais na questão do brilho, de ter uma faixa, de ser uma prenda. Com o tempo aprendi e comecei a me apaixonar”, contou Caroline.

Para ela, os valores aprendidos dentro do CTG são o bem mais precioso de toda a jornada tradicionalista. “É gratificante. Muito do que aprendi ali, a questão oral, saber falar, estudar bastante, vou levar comigo. Além dos valores antigos, a gente acaba se destacando entre outras pessoas. Pregamos forte o convívio familiar e isso faz toda a diferença”, garantiu.

Fonte: coluna Semana Farroupilha junto ao Portal G1

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