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Artigo: “Na Tinta Azul dos Olhos da Lagoa”

“Na Tinta Azul dos Olhos da Lagoa” Parafraseando Fabrício Carpinejar, na ultima linha do seu prefácio, na obra: “Naufrago de Um Mar doc...

“Na Tinta Azul dos Olhos da Lagoa”

Parafraseando Fabrício Carpinejar, na ultima linha do seu prefácio, na obra: “Naufrago de Um Mar doce” do escritor e Fotógrafo Nauro Junior, Intitulo aqui as minhas impressões pessoais sobre este livro, que talvez “Por ser uma história real, ter tido pitadas autobiográficas e um pouco de ficção” e como tão bem resumiu Grabriela Mazza “Tem Nestas Páginas um pouco de todos Nós”, o livro se torna tão surpreendente, e de uma leitura de tirar o Fôlego, não raro sendo interrompido pelas abundantes lágrimas que nos chegam ao rosto, tal o impacto emotivo que a leitura nos proporciona no decorrer dos quadros literários que o livro vai aos poucos descortinando...  Um livro sem nenhum apelo comercial, um livro escrito com alma e coração, de “certa forma visceral” de quem se misturou a própria história numa miscigenação poética, para entregar o seu melhor aos leitores.

Quando eu terminei de ler o livro confesso, fiquei com saudades do “Nico” e de “Dona Judith”, não por eles serem os personagens centrais do enredo do livro, mas talvez muitos do que lerem esta obra irá também se encontrar um pouco neles, encontrando “plugs” de afinidade em suas histórias tão comuns, como o alvorecer de mais um dia. São relatos de histórias simples que em dado momento, se confunde estas mesmas historias de vivencias entre o leitor e os personagens do escritor. Estranha Assimetria sentimental que se constrói na aventura de ler um livro, ainda mais quando o que se lê é uma dualidade tão presente na vida de tantos Seres Humanos que como poetiza Belchior: “São feito esta gente, honesta, boa e comovida, que caminha para a morte, pensando em vencer na vida...”.

São pessoas comuns, mas com a coragem de enfrentar a cada dia, a dor de seus problemas, a desafiar seus medos, e a perseverança entre eles, enfrentando-os sem esmorecer porque esses mesmos seres humanos estão sustentados, por uma estranha força que os mantêm que os impulsiona que os anima, estranha força chamada Fé...  Este Sentimento que contraria toda lógica racional, e que nos move, ante o abismo do desconhecido, nos confortando, ante as maiores tormentas, ou naufrágios, como foi o caso do Nico. Reencontrei em Dona Judith, muitas mulheres que por sua luz própria se tornaram verdadeiras heroínas nas lutas desta vida e que do mesmo modo que o livro nos conta, elas aqui na vida real são como verdadeiras ilhas de terra firme dando guarida á aqueles que ante os ventos fortes das provações terrenas deixam suas esperanças titubearem e desfalecerem. Dona Judith, feito tantas Marias, Joanas, Loivas, Elfridas, e etc... É o porto seguro, são o leme na direção certa ou a Ancora firme onde se apóiam os vacilantes tripulantes deste mar chamado vida...

Nico Homem rude e sem estudo, por ocupação pescador, não de homens como os 13 Apóstolos, mas sim igual a tantos deles, dependentes dos “frutos do mar”, “Tropeiro das Águas” neste “Mar de Dentro” onde a natureza é um grande livro a ser lido, entendido e preservado. Homem Igual a nós, com seus dramas existenciais, escravo dependente ora da sensação, ora da razão, perdido como tantos nós no labirinto dual desta nossa existência. Quem de nós transita sereno nestas águas, ora doce ora salgada? Quem de Nós não naufraga, vez por outra, neste humano labirinto     a que chamamos vida... O livro nos apresenta também, como o Ser Humano pode e deve se Reinventar, sempre que julgar necessário, fazer o desmoronamento do homem velho dentro de si, para que haja espaço para um novo homem nascer, não para mudar o que já está feito, mas sim para construir novos projetos que lhe trarão outras perspectivas frente ao futuro que tem pela frente ainda. Às Vezes sacudir a poeira de velhos hábitos, e se dispor a novos desafios, fazem com que nós nos sintamos vivos, pulsantes e ativos, no curso de nossos próprios destinos.  Mas de todo o livro uma frase os remete ao farol da Esperança: “Eu não sou de Raça Morredeira!!” Que possamos todos nós, navegando em nossas embarcações, ter em mente esta frase, quando os mares se agitarem e quererem nos afundar. Que possamos resistir igual a “Nico” frente a estas tempestades e emergir sempre com mais vigor dizendo: “Eu Não Sou de Raça Morredeira!!!”


Colaboração: Alan Otto Redü

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