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[Causo] O Causo das Coincidências

O Causo das Coincidências Aqueles que mais me conhecem sabem que nasci lá no quinto distrito de Santaninha da Boa Vista, no dia 05 de 08 de...

O Causo das Coincidências

Aqueles que mais me conhecem sabem que nasci lá no quinto distrito de Santaninha da Boa Vista, no dia 05 de 08 de 1955. Sem dúvidas, são algumas coincidências de números, que dificilmente a gente esquece.
Mas, coincidências mesmo era o meu amigo Quintilhano Dutra, pouco mais velho que eu, nascido no mesmo distrito no dia 05 de 05 de 1955. E que de lambuja trabalhou, desde guri, na estância “Das Cinco Corunilhas”.
Pois, hora vejam, até ai estavam só começando as coincidências, o pior mesmo foi quando o Quintilhano, índio solteiro que estava á cinco meses para completar vinte e cinco anos, “que se fizermos as contas é cinco vezes cinco” e já era na época capataz da “Cinco Corunilhas”, resolveu num de repente, ficar cinco meses “invernado” na estância, comendo cinco gemadas “de ovo de avestruz”, por dia e juntando a “plata”, para fazer, no mínimo, cinco dias de farra na zona do meretrício, comemorando a data festiva. Ia ser farra daquelas de fechar as portas da “tasca” e encostar a carcaça com no mínimo uma “changa” por noite. P´ra não insistir com o numero cinco...
E foi de fato quase uma semana, “a la farta”, farra de adelgaçar o vivente e pelar mais a guaiaca do que orelha de boi manso, chegando ao ponto de não sobrarem uns “mirréis”, nem para a última canha e foi assim liso, como toca de cobra, que o Quintilhano saiu de cabeça baixa, pensando na vida, quando de repente em frente a casa cinqüenta e cinco da rua cinco achou.
Adivinha o quê?
“Cinco Contos de Réis”!!!
Era uma miséria, mal dava para umas canhas, de maneira que resolveu jogar no “bicho” e terminou por acertar a centena 555 na “cabeça” e no quinto prêmio.
Bueno, por aí a situação melhorou bastante, pois os cinco contos viraram quinhentos e cinco. Fora os tragos que pagou para quem estivesse por perto, o que de fato era uma soma razoável, mas já que o número era de sorte, resolveu comprar um bilhete da loteria, o que só encontrou o número procurado na quinta casa lotérica, onde gastou os quinhentos contos em bilhetes, cercando todos os caminhos possíveis, para modo de ganhar mais.
Ficou com os cinco restantes p´ra comer uma bóia reforçada, que as deveras andava precisado.
E não é que o índio estava mesmo com a “quina” do recavém arreganhado para a Lua e enfiou na guaiaca nada menos do que cinco mil de uma atracada só.
Mas não se deu por satisfeito, foi a uma cancha reta lá do povo e que os “cola-fina” chamam de o hipódromo e jogou a própria sorte nas patas do cavalo cinco. O azarão do quinto páreo, que por coincidência maior deu a largada as cinco da tarde. E tem mais, o peso do jóquei deu cinqüenta quilos “cravado”.
Deram a largada e abaixo de pau, o cavalo chegou em quinto.
Com isso bateu o desespero no meu pobre amigo Quintilhano, que saiu solito por uma avenida de cinqüenta e poucos cinamomos, talvez até fossem cinqüenta e cinco, quando de repente passou a mão em uns cinco metros de piola, atou em um dos galhos e “se mandou”, para os quintos dos infernos.
A última coincidência da vida ou talvez a primeira da morte, é que a cova deu na pedra e ficou só com cinco palmos de fundura.
Bueno!... Mas com a permissão dos senhores, vou parar com esses causos e rezar umas cinco “Ave- Maria” , para o meu amigo. Que Deus o tenha!!!


Do facebook do amigo Severino Rudes Moreira

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