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Exposição retrata os 90 anos do conflito de 1923 e a República Velha no RS

Fotografias fazem parte do acervo do Museu Júlio de Castilhos | Foto: Ramiro Furquim/Sul21 Débora Fogliatto O início da República Velha...

Fotografias fazem parte do acervo do Museu Júlio de Castilhos | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Débora Fogliatto

O início da República Velha no Rio Grande do Sul é tema do conjunto de exposições realizado pelos historiadores do Comitê da Transversalidade Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac) – Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore (FIGTF). As mostras homenageiam 120 anos da Guerra de 1893, 110 anos da morte de Júlio de Castilhos e 90 anos do Conflito de 1923 e tem curadoria de Dilza Porto Gonçalves, Giovanni Mesquita e Gabriela Konrad e assessoria de Andréa Fraga.

A mostra “A Guerra de 1893” fica até dezembro no museu Júlio de Castilhos, para onde os curadores gostariam de levar também a exposição “O Conflito de 1923: Imagens Históricas”, que até essa sexta-feira (8) está no Solar dos Câmara, na Assembleia Legislativa. Dilza Porto Gonçalves, uma das curadoras do projeto, explica que as fotografias fazem parte do acervo do Museu Júlio de Castilhos, enquanto o filme “A revolução no Rio Grande”, realizada por Benjamim Camozato, que compõe a exposição, pertence ao acervo do Museu Hipólito José da Costa. Também aconteceu, na semana passada, o seminário “República Velha no Sul: Conflitos armados, embates ideológicos”, parceria com o curso de pós-graduação em História da PUCRS.

A exposição do Solar dos Câmara conta com fotografias históricas, enquanto a do Júlio de Castilhos tem ainda objetos do período “Pensamos em fazer com imagens porque a fotografia já estava difundida. Em 1923. No acervo, temos um catálogo virtual, por onde conseguimos selecionar as imagens. Reunimos todas as 1923 e 1893 e começamos a fazer o conceito da exposição”, explicou Gabriela Konrad, curadora da exposição que trabalha no museu Júlio de Castilhos.


As fotos históricas compõem a exposição sobre o conflito de 1923 | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
De acordo com Dilza, o Diretor Técnico do FIGTF, Claudio Knierim,  e o Diretor do Museu Julio de Castilhos, Roberto Schmitt-Prym, perceberam a coincidência de datas redondas comemoradas em 2013. O diretor do museu, então, informou sobre a existência do acervo iconográfico sobre o período, e Knierim disse que o Solar dos Câmara representava o reduto Maragato que fez oposição a Júlio de Castilhos, em 1893, e a Borges de Medeiros, em 1923. “Por isso, a ideia de começar as atividades alusivas a esses acontecimentos com uma exposição sobre 1893 no Museu Júlio de Castilhos e encerrar com a exposição sobre 1923 no Solar”, esclareceu a curadora.

Os curadores das exposições são historiadores que se relacionam com os acontecimentos e as datas de formas diferentes. Enquanto Gabriela Konradt conhecia o acervo por ser técnica do Júlio de Castilhos, Dilza e Giovanni Mesquita já realizaram pesquisas sobre o período. Os dois também fazem parte do Comitê da Tranversalidade SEDUC/SEDAC-FIGTF, onde realizam pesquisas sobre História do Rio Grande do Sul.

O conflito de 1923

Há exatos 90 anos, aconteceu o embate armado entre o Partido Republicano e seus oposicionistas, protagonizado por Borges de Medeiros e Joaquim Francisco de Assis Brasil. O primeiro foi reeleito, o que faria o Republicanismo completar 25 anos no poder do Estado do Rio Grande do Sul. Na época, havia acusações de fraudes eleitorais e coerção. Derrotado nas eleições, Assis Brasil comandou o movimento armado que durou dez meses e opôs os chamados Chimangos e Maragatos.

“O movimento surgiu, principalmente, devido à crise econômica que gerou um descontentamento entre os pecuaristas”, esclarece Dilza, historiadora e curadora da mostra. “As principais lideranças do conflito eram pecuaristas, entre eles os antigos maragatos, que lutaram em 1893, e dissidentes do Partido Republicano, como o próprio Assis Brasil”, completa.

O embate terminou com a assinatura do acordo de Pedras Altas, em que Borges de Medeiros se comprometeu a reformar a Constituição para que não houvesse possibilidade de reeleição. Ele governou até 1928, conforme negociado, e a eleição seguinte foi vencida por Getúlio Vargas.

Fonte: Portal Sul21 e Rádio Fronteira Gaúcha

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