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Os Ventos do Tempo: Uma leitura Poética e Filosófica sobre o Filme “O Tempo e O Vento”

O texto a seguir foi enviado pelo estudante de Economia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Alan Otto Redü: Madrugada de outros V...

O texto a seguir foi enviado pelo estudante de Economia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Alan Otto Redü:

Madrugada de outros Ventos... Me vem mansa assim em Plena Paz, colhi de outros Céus morenos a tez clara destes Tempos e me fiz andarilho igual ao Céu dos Ventos... Desencilhei e acordei em Primavera, flor clara, que perfuma e abriga para serem pranto e Infância, cardada em fios de lã, filhos dos Velos, netos das Mãos das tecedeiras... A Cada Janela um olhar de espera, um olhar de inquietude, e uma ansiedade, que ultrapassa as vidraças e se perdem campo a fora. Porem o prefácio dos passos dos andantes, todo o segredo que guarda a sua caminhada, em pleno tempo de Paz e Guerra e por andar muitas eras, o escritor apreendeu e aprendeu no olhar do tempo a seguir buscando seus rumos, mesmo com a fronte salgada de suor, mesmo com os olhos nublados frente à umidade que brota das cacimbas das retinas... Mas a melodia doce que as folhas das Figueiras ou dos Umbus que flauteiam faz mais sereno o pouso sobre a sombra destas Imponentes árvores que também guardam vidas em penas, nas forquilhas dos Galhos Cantores...

Os Ventos que sopram longe e que levam os pequenos instantes, que nos rouba os melhores momentos, e que o vemos se distanciarmos de nós, como na estrada ligeira, que vai deixando para trás os metros de cada pedação de chão... Cada Moldura, pintada em cores ao nosso entendimento é feito a fumaça, que de tão material, se dissipa ao mais terno segundo Posterior. Esvai-se a vida e se esvai nossa própria essência, quando entre os nossos dedos (Nossa Capacidade Racional de entendimento, apropriada de todas as informações que nossos sentidos nos transmitem) aos poucos vai escorregando nossa história...

Os Ventos do Tempo nos alertam para a brevidade e a fugacidade desta “estância” e desta” instância”, Caminhada a qual chamamos vida...  E o que nós os senhores de nós mesmos, Imponentes figuras que se deleita em massacrar nossos próprios semelhantes, numa mostra de força e Poder podemos fazer?  Ante esta “lenta” Correnteza que é a sucessão dos dias, uns claros e outros mais turvos e escuros...
 

Quando se abre as porteiras do Tempo, em sol claro de uma manhã de Setembro, quando o barro da Primavera, anseiam ganhar paredes pra um ninho de penas, as flores ressurgem, depois dos punhais gelados do Inverno, num eterno ciclo de angustia, medo, morte, amanhecer, e o florir de um rosal, se desabrochando em pleno vigor de perfumes e cores, para enfeitar as visões dos humanos.  Mas a cada Passo rodado, mas a cada lento girar da roda da carreta, ainda preso ao fio prateado da baba, destas antigas juntas de boi, que forcejam entre madeira e ferro, empurrando sua necessária existência, num protesto uni sonoro do mugido. Enterram fundo, as patas cruzam a sanga da tarde, os homens assobiando o mesmo canto de ausência que os seus á séculos assobiaram no mesmo passo desta vida Rural.

Cruza a lima, senta o fio, aqui requer mais que tino e coragem, benzedura e fé, as rugas do tempo prova que os quebrantos, se não curados, vergam os cernes de Cambará. Verte nos olhos, as mãos da saudade... Mas se Acomoda, e se espera a nova madrugada, ser vencida pelos primeiros raios tímidos do Sol. Esparramam-se estas inquietudes, como as tarrafas nas mãos dos pescadores, cada tiro, mirando a face cristalina das águas, é uma incerteza, que nos prancha o rosto, bem quando os Minuanos nos rebojam o Pensamento...

Escutamos então as flautas entre os galhos, que sopram as folhas, quando estes sons cruzarem por nós... Escutamos o Silencio da vida... O ciclo se repete e se repetirá tantas quantas vezes for preciso.


Foto: Divulgação
Colaboração: Alan Otto Redü
Fonte: Portal Canguçu OnLine

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