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O Tempo dos Ventos. Por Alan Otto Redü

O Tempo dos Ventos (Uma “Leitura” sobre o Filme “O Tempo e o Vento”) Propaga-se pelos meios modernos e eletrônicos a materialização cen...

O Tempo dos Ventos
(Uma “Leitura” sobre o Filme “O Tempo e o Vento”)

Propaga-se pelos meios modernos e eletrônicos a materialização cenográfica de uma das mais destacadas histórias do nosso acervo literário gaúcho. A obra do Escritor Érico Verissimo nos encanta, desfraldada ante os nossos olhos atentos, que não se privam de emocionar-se, ante as oscilações sentimentais, que vão se sucedendo pouco a pouco até o desenrolar-se das cenas desta grande obra “O Tempo e O Vento” que ora está em cartaz nos cinemas. Esta Oportunidade que temos para nos aprofundarmos ou então despertarmos a curiosidade, sobre este escritor e sua obra, que não apenas marcou sua época, mas que também escreveu em letras inapagáveis o seu nome na literatura Brasileira. Natural do Município de Cruz Alta, Érico conta através de seus livros o seu olhar sobre o mundo que nos representa especificamente na obra “O Tempo e o Vento” que é a conjugação de outras três obras: “O Continente” (1949), “O Retrato” (1954) e o “Arquipélago” (1961). Formando assim uma trilogia de mais de 3000 páginas, num espaço de tempo de 150 anos relatando a vida da Família “Terra E Cambará”. Existe até uma Arvore Genealógica desta família, dado a importância efetiva que esta obra ganha na literatura, e nos mostra o olhar de Érico Verissimo, quando seus personagens ganham vida em seus escritos. Um exemplo disso é quando o personagem Rodrigo Cambará, no livro “Um Certo Capitão Rodrigo” expõe sua opinião num diálogo com o Padre do Povoado de “Santa Fé” quanto a abolição da escravatura e Reforma Agrária, Problema este que até hoje reclama uma solução profícua. A Obra nos sugestiona que o autor possuía um olhar critico sobre a sociedade em que estava inserido, e entendia como de vital importância, a divisão das riquezas de uma forma justa e igual, para os Habitantes daquele meio rural, numa leitura rasa onde o fluxo financeiro, seria maior, quando mais mãos, fizesse este intercambio.  O filme é um breve resumo cenográfico desta monumental obra, que necessita ser desbravada, por muitos gaúchos que a desconhecem. Nas Filmagens no Município de Bagé, uma das dificuldades foi fazer com que os bois, aprendessem a usar o “JUGO”, pois estes não estão mais acostumados a usa-los, pois hoje em dia, normalmente e usa a canga, que é menos “dolorido”. Isso foi apenas um dos tantos imprevistos que as gravações deste filme, proporcionaram aos atores, produtores e demais. Cabe também salientar que várias tomadas foram feitas aqui no Município vizinho de Pelotas, onde certamente, muitas vezes Érico esteve. Com a filmagem e a transposição para as telas de cinema, podemos ver as juntas de bois que puxam as “Tolderias”, espécie de Carroça que era muito usado no século passado, às botas “Garrão de Potro” feito do coro de cavalo, e tantos outros utensílios e vestimentas que usaram os avós de nossos avós... Espero que com a propagação desta obra e quiçá pela boa aceitação dos espectadores nas bilheterias, se caminhe nesse sentido para gravarmos outros grandes clássicos da nossa literatura que igualmente irá encantar nossos sentidos e enriquecer nosso arsenal de conhecimento Histórico- folclórico e cultural.

Texto de Alan Otto Redü - Canguçu/RS

Foto: Marco  Peres
Colaboração: Alan Otto Redü

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