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"Quando a aurora ressurge em verde, vermelho e amarelo"

Por Giovani Schiavon Há exatos 178 anos, numa madrugada de 19 pra 20 de um setembro acalorado em 1835, cerca de 200 homens invadiram Por...


Por Giovani Schiavon

Há exatos 178 anos, numa madrugada de 19 pra 20 de um setembro acalorado em 1835, cerca de 200 homens invadiram Porto Alegre ali pelo caminho da Azenha - hoje Avenida João Pessoa. Na ocasião, o Irmão Gomes Jardim acompanhado do General Onofre Pires lideraram tal invasão vindos de Pedras Brancas (atual município de Guaíba) e provocando a fuga do então Presidente da Província, Antônio Fernandes Braga, para Rio Grande. Fuga essa que proporcionou uma entrada triunfal dos republicanos na capital. Não tem como não sentir os pelos se erguendo do couro ao imaginar tal evento, evento esse que deixou pra hino o mais imponente legado farroupilha: “... foi o vinte de setembro o precursor da liberdade...”.

“(...) O ‘leguero’ dentro do peito se desata batendo como se sonorizasse um estouro de tropilha campo a fora, o olhar se aguça largando um vistaço a léguas e léguas por diante, as mãos, matreiras pela lida de campo cerrando rodilhas, argolas e mandalos se espremem enforcando a lança como se previsse mais um aparte de rodeio, e o corpo, o corpo se lança à frente esperando a anunciação penetrante do clarim farrapo. (...)”.

Uma revolução que ostentou desde o início, firmado em princípios humanitários, o ideal iluminista de liberdade, igualdade e fraternidade não fazendo diferença nem mesmo em frente de combate, pois se largavam ao fogo estancieiros, escravos, peões e quem estivesse adiante com o intuito de marcar caramuru na ponta da adaga. Ainda existe um ignorante lá que outro dizendo que foi uma revolução integralmente de cunho separatista, replico: o caráter separatista veio depois de umas quantas tentativas de acordo com o imperador que conduzia um regime monárquico/regencial podre e ilusório. Os liberais gaúchos, que já haviam aderido à causa emancipacionista em 1822, ganharam a adesão de setores descontentes com a política centralista da monarquia recém-instalada no Brasil. Aliado a isso, havia o descaso para com as necessidades, sobretudo econômicas e fiscais, das províncias periféricas. A abdicação do imperador , em 1831, assim como as primeiras medidas dos governos regenciais, suscitou um aumento da frustração por parte da elite gaúcha em relação ao governo central, implicando a organização do movimento revolucionário de 35!

Levanta, gaúcho. Honra teu manto, honra tua pilcha, tua tradição, tua cultura, tua bandeira e teu chão. Goza desse regalo divino de ter nascido farrapo, não somente pelo lugar geográfico e sim por teres a alma tremulando em verde, vermelho e amarelo. Saudemos a data de hoje em memória de tantos que, sem falquejar, ‘firmaram o garrão’ dando a vida por essa tão amada Província de São Pedro. Há quem diga que o gaúcho é separatista, castelhano, talvez argentino pela maneira indômita e altiva de bradar aos quatro ventos o orgulho que tem por ser filho dessa história, contudo, como disse o compositor, cantor e escritor gaúcho Vitor Ramil, não estamos à margem de um centro, mas sim no centro de outra história!


Fonte: Rádio Fronteira Gaúcha

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