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11 de Setembro Proclamação da República Rio-Grandense

Embalados pela vitória na Batalha do Seival, os farrapos armaram bivaque no campo de Meneses. Ainda le-vavam a bandeira imperial. À noit...


Embalados pela vitória na Batalha do Seival, os farrapos armaram bivaque no campo de Meneses. Ainda
le-vavam a bandeira imperial. À noite, Joaquim Pedro Soares e Manuel Lucas de Oliveira convenceram Neto a proclamar a República argumentando que a Coluna do Centro, co-mandada por Bento Gonçalves e acampada em Viamão estava perdida.

Em suas memórias, Manuel Alves da Silva Caldeira levanta a hipótese de que Joaquim Pedro Soares e Manuel Lucas de Oliveira pressionaram Neto na noite de 10 de setembro, afirmando que se ele não proclamasse a república, os piratinienses se retirariam da revolução porque o coronel João Manoel de Lima e Silva seria general comandante (Rodrigues, p. 36).

O mesmo Caldeira, em carta a Alfredo Varela, em 13.9.1894, afirma que a deposição de Braga foi o primeiro passo para a proclamação da república e que Bento Gonçalves tinha conhecimento do movimento republicano, pois desde 1826 trabalhava-se no Brasil por esta idéia, não podendo o Rio Grande do Sul ficar fora da federação. Neto proclamou a repúbli-ca porque Bento Gonçalves estava em Viamão, em perigo de ser envolvido (CV 3098).

Joaquim Pedro e Lucas de Oliveira redigiram a proclamação e ao amanhecer do dia 11, com a tropa formada, o cel. Neto avançou a galope com seu piquete, recebeu continência e foi aclamado general em chefe do exército republicano. A seguir, Joaquim Pedro ordenou que a força desmontasse, formando quadrado, leu a justificação da luta contra o despotismo atroz do governo central e que tinha como objetivo transformar a província a num estado livre e independente. :(CV 3103).

11 de Setembro de 1836 - Proclamação da República Rio Grandense!

Foi no dia 11 de setembro que o Coronel Antônio Fonseca de Souza Neto escreveu as seguintes palavras, um dia após ter vencido a batalha contra o exército do império no Seival, proferidas pelo Cel. Joaquim Pedro Soares, como "ordem do dia".

Bravos companheiros da 1ª Brigada de Cavalaria!

Ontem obtivestes o mais completo triunfo sobre os escravos da Corte do Rio de Janeiro, a qual, invejosa das vantagens locais de nossa província, faz derramar sem piedade o sangue de nossos compatriotas, para deste modo fazê-la presa de suas vistas ambiciosas. Miseráveis! Todas as vezes que seus vis satélites se têm apresentado diante das forças livres, têm sucumbido, sem que este fatal desengano os faça desistir de seus planos infernais.São sem número as injustiças feitas pelo Governo. Seu despotismo é o mais atroz.

 E sofreremos calados tanta infâmia? Não, nossos companheiros, os rio-grandenses, estão dispostos, como nós, a não sofrer por mais tempo a prepotência de um governo tirânico, arbitrário e cruel, como o atual. Em todos os ângulos da província não soa outro eco que o de independência, república, liberdade ou morte. Este eco, majestoso, que tão constantemente repetis, como uma parte deste solo de homens livres, me faz declarar que proclamemos a nossa independência provincial, para o que nos dão bastante direito nossos trabalhos pela liberdade, e o triunfo que ontem obtivemos, sobre esses miseráveis escravos do poder absoluto. Camaradas!

Nós que compomos a 1ª Brigada do Exército Liberal, devemos ser os primeiros a proclamar, como proclamamos, a independência desta província, a qual fica desligada das demais do Império, e forma um estado livre e independente, com o título de República Rio-grandense, e cujo manifesto às nações civilizadas se fará competentemente. Campo dos Menezes, 11 de setembro de 1836 - Antônio de Sousa Neto, coronel-comandante da 1ª brigada.

Então Neto, agora aclamado General, toma a palavra e proclama a república: Camaradas! Gritemos pela primeira vez: viva a República Rio-grandense! Viva a independência! Viva o exército republicano rio-grandense!

Fonte : Chasque Pampeano
Jornal Minuano e Rádio Fronteira Gaúcha

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