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Aldyr Garcia Schlee, cisplatino y antiimperialista

Um perfil do escritor, que na noite desta sexta autografou seu novo livro Contos da Vida Difícil, na Bibliotheca Pública Pelotense POR:...

Um perfil do escritor, que na noite desta sexta autografou seu novo livro Contos da Vida Difícil, na Bibliotheca Pública Pelotense

POR: Geraldo Hasse

Publicada originalmente em maio de 2013, na revista Brasileiros

A certidão de nascimento diz que ele é brasileiro de Jaguarão, o currículo informa que trabalhou no Rio de Janeiro e em Porto Alegre antes de seguir carreira como professor da Faculdade de Direito de Pelotas, onde se aposentou em 1992, mas não tenhamos dúvidas: Aldyr Garcia Schlee é um tipo fronteiriço, um cisplatino, como se diria há 200 anos, quando a Banda Oriental do (rio) Uruguai fez parte do Império do Brasil como Província Cisplatina. Ou, como se poderia dizer hoje, é um mercosulino da gema -- predisposto a abolir as fronteiras que dividem os povos.
A paixão pelo Uruguai é tão grande que tem sido lá, principalmente, que ele busca inspiração, temas e personagens para um surto literário -- na linha do realismo fantástico, pero no mucho – que já dura mais de 30 anos. Basta lembrar que Schlee foi dos primeiros ganhadores do Prêmio Nestlé de Literatura, posto em voga em 1982. É desta época o primeiro de seus sete livros de contos, todos ambientados em torno do rio Jaguarão, que separa o Brasil ao Uruguai. O último livro (Os Limites do Impossível, de 2009) revisita a mitologia em torno da origem (uruguaia, por supuesto) do cantor de tangos Carlos Gardel. Seu mais recente feito foi o romance Don Frutos (2010), que ganhou o Prêmio Açorianos de Literatura 2011, da Prefeitura de Porto Alegre. Don Frutos é o codinome ficcional do caudilho uruguaio Fructuoso Rivera (1784-1854), contemporâneo do gaúcho Bento Gonçalves (1788-1847), líder da Revolução dos Farrapos (1835-1845).  
Para compreender como e por que o jaguarense Garcia Schlee se tornou o mais singular exemplo de uma original literatura de fronteira, é preciso lembrar que ele nasceu em 1934 no seio de uma família de imigrantes alemães que trabalhavam com navegação nas lagoas Mirim e dos Patos, no extremo sul do Brasil. Família que ganhou muito dinheiro transportando as pedras, o ferro e o cimento usados na construção da Ponte Mauá, aberta em 1930 sobre o rio Jaguarão. Era de vapor que Aldyr ia com os pais a Porto Alegre nos anos 1940. Era de trem que viajava com o tio a Montevidéu, cruzando o pampa uruguaio. Moleque bilíngue, desde a mais remota infância cultiva a sonoridade da língua espanhola. Para Schlee, a fronteira mais une do que separa. 
Embora não tenha vivido no Uruguai mais do que três meses (veja a entrevista no final), ele carrega esse país no coração desde criança, quando descobriu que a ponte era uma porteira sempre aberta entre dois países hermanos en la diferencia. Na tarde do domingo 16 de julho de 1950, por exemplo, estava dentro de um cinema em Río Branco -- no outro lado do rio Jaguarão -- quando a sessão foi abruptamente interrompida pela notícia de que os uruguaios haviam conquistado a Copa do Mundo em pleno estádio do Maracanã, no Rio. Por conta da festa que tomou conta do Cine Río Branco, terminou antes da hora a concorrida sessão vermouth, que emendava a tarde e a noite. Fatos lembrados mais tarde em Aquela Tarde Impossível, texto que abre o livro Contos de Futebol, publicado originalmente em 1995 no Uruguai. 
Sonhando ser um atleta de la pelota, Schlee sabia a escalação dos principais times de Montevidéu, de Buenos Aires, do Rio e até de Porto Alegre, onde o seu preferido era o pequeno Cruzeiro. Mas a carreira no fútbol não vingou. Rapazote ainda, tornou-se, isso sim, un profesional de la peña, contratado por dois jornais de Pelotas -- onde fora estudar -- para desenhar lances de gol e fazer caricaturas.
Dando asas à imaginação, criou em 1953 o escudo e a camiseta “canarinho” da Seleção Brasileira, batendo 201 concorrentes num histórico concurso promovido pelo jornal Correio da Manhã, do Rio. Adotados pela Confederação Brasileira de Desportos, esses símbolos perduraram por quase 50 anos. O prêmio equivalente a Cr$ 20 mil abriu as portas do Rio de Janeiro para o garotão de 20 anos, convidado para um estágio como desenhista do próprio Correio da Manhã, um dos grandes jornais brasileiros da época. Nos primeiros seis meses de 1954, além de Cr$ 600 mensais, ganhou cama e mesa de graça no Hotel Marialva. No semestre seguinte, dispensado pelo CM por fazer desenhos para O Globo, passou a frequentar a redação do Diário Carioca, além de aprender artes gráficas com Andrés Guevara, parceiro de Aparício Torelly em A Manha e de Samuel Wainer na  Última Hora. “Era um bom, alegre e feliz tempo, aquele”, lembra Schlee. Naqueles anos dourados nasceu a Petrobras (1953), matou-se Getúlio Vargas (1954), começou o Cinema Novo, surgiu a Bossa Nova e o futebol do Brasil foi pela primeira vez campeão do mundo na Suécia (1958), curando o trauma de 1950. 
Quando parecia que o gaúcho de Jaguarão ficaria para sempre na Cidade Maravilhosa, eis que ele volta para Pelotas a fim de retomar os estudos (ciências jurídicas e sociais), lecionar (língua portuguesa) e casar (com Marlene, mãe de seus três filhos: Aldyr, Andrey e Sylvia). No início dos anos 1960, a inquietação profissional o levou temporariamente para Porto Alegre, onde ajudou Andrés Guevara a fazer o planejamento gráfico da Última Hora local. Depois de desentender-se com o patrão Samuel Wainer, voltou para Pelotas, onde permaneceu no jornalismo até conquistar uma vaga como professor na Faculdade de Direito local.

Todas essas vivências – o futebol, a ponte Mauá, os barcos, os trens, o cinema, o jornalismo, o direito – tornaram-se a matéria-prima principal de uma literatura sem paralelo no Brasil e na América Latina. Tudo o que Schlee escreve tem um pé na História, mas com sabor de lenda. Segundo o crítico gaúcho Flávio Loureiro Chaves, a prosa dele tem um toque regionalista que o aproxima dosgaúchos João Simões Lopes Neto (1865-1916) e Erico Veríssimo (1905-1974), mas se inscreve também na renovação produzida pelo mineiro João Guimarães Rosa (1908-1967). Para o crítico uruguaioHeber Raviolo, nas histórias fronteiriças de Garcia Schlee se encontra “uma síntese de toda uma cultura e talvez de um sentimento histórico que passará por cima das linhas divisórias”.

Mesclando realidade e imaginação, Schlee usa com maestria palavras de livre circulação na fronteira como olvido, recuerdo, regalo... Recupera expressões rurais abandonadas pelo linguajar urbano. Tem uma queda especial pelo kitsch, o bizarro, o pitoresco. Revela uma ternura muy especial pelos desvalidos da sorte e da fortuna. Por seu estilo, ritmo e temática, faz parte do time de narradores mais antigos como o baiano Jorge Amado e o argentino Jorge Luis Borges, mas também pode enturmar-se facilmente com contemporâneos como o riograndino Renato Modernell, o londrinense Domingos Pellegrini Jr., o paranaense Miguel Sanches Neto e o pelotense Lourenço Cazarré, todos mestres da prosa.
Entretanto, numa irônica brincadeira do destino, o gênio jaguarense é mais lembrado por sua antiga obra como artista gráfico do que por sua moderna face literária. Por exemplo: vivendo desde o fim do século passado entre seus dois/três mil livros num sítio de meio hectare em Capão do Leão, entre Pelotas e Jaguarão, há cerca de dois anos Schlee posou para o fotógrafo Paulo Rossi vestindo uma camisa azul celeste debaixo de um varal de camisetas canarinho. Ossos do ofício. A foto alusiva ao seu amor pela Seleção do Uruguai saiu no livro O Melhor doFotojornalismo 2011, justamente o ano em que o escritor ousou publicar o volume de mais de 500 páginas sobre o picaresco Rivera. Esse livro, imaginado pela primeira vez há 50 anos, é a prova concreta de que Schlee trocou de pena. Em lugar do desenho, a escrita.
Ainda é cedo para avaliar o peso do romance Don Frutos no conjunto da obra de Schlee, que se consagrou como um refinado autor de histórias curtas. Isso talvez possa ser comprovado depois que a Editora ArdoTempo, de Porto Alegre, concluir a (re)edição de sua dezena de livros. Além de contos, destacam-se uma tradução do ensaio argentino Facundo, de José Sarmiento; outra de Dom Segundo Sombra, romance do argentino Ricardo Giraldes; e um estudo da obra do gaúcho Simões Lopes Neto. Em 2011 foram editados quatro livros de Schlee; este ano, saem mais três, inclusive uma edição bilíngue de O Dia em Que o Papa foi a Melo, conto publicado primeiro no Uruguai em 1991 e que já rendeu um longa de cinema chamado O Banheiro do Papa. Também será lançada em 2012 a versão em espanhol do romance Don Frutos, que provavelmente despertará polêmica no país vizinho (ver o box).  
A pressa em colocar na rua toda a obra de Schlee tem a ver com a sua saúde. Aos 77 anos, ele vem peleando com males que exigem longos tratamentos e o prenderam em casa nos últimos anos. No máximo, atualmente, ele pratica o futebol de mesa, o popular jogo de botão, seu hobby mais persistente depois do desenho e da literatura. Todo ano participa do campeonato pelotense -- primeira divisão, claro. Seu time é o Cruzeiro de Porto Alegre, um pequeno clube que nunca ganhou nada. Por que não Peñarol de Montevidéu, o Brasil de Pelotas ou o Flamengo do Rio?
Bueno, a preferência por um time fraco revela que nosso herói se mantém fiel ao espírito inventivo e rebelde que fez dele um grande criador de causos, camisas e escudos. Mais do que qualquer outro esporte, o futebol de botões é uma alegoria em que, ao contrário da vida real, a vitória pode sorrir para o time mais fracote ou menos famoso. Assim, ao colocar na mesa o pobre Cruzeiroportoalegrense, o fronteiriço Schlee insiste que vale a pena lutar, que sempre é possível virar o jogo e, como diz um ditado do pampa, não tá morto quem peleia.


O LIVRO QUE FALTAVA SOBRE RIVERA

Longe de ser uma unanimidade no Uruguai, ainda historicamente dividido entre blancos e colorados, apesar da Frente Ampla dominante, Rivera continua sendo o herói máximo da tradição colorada, mas não deixa de ser, ao mesmo tempo e ainda, para os descendentes e seguidores da facção blanca, o mais safado e deslavado bandido que  terá chegado ao Poder entre os orientais.

A frase acima é de Aldyr Garcia Schlee ao explicar, por e-mail, que Don Frutos é a personagem ficcional de Rivera e não uma biografia. Que fique claro, portanto: o romance em questão é uma versão malhada literariamente do protagonista -- extraordinário por suas ações e contradições -- que chegou a Jaguarão em abril de 1853, de volta do exílio no Rio e disposto a retornar a Montevidéu, sonho afinal não concretizado, pois o herói morre no caminho, alguns meses depois.
Consciente de estar no fim, Rivera faz de Jaguarão o porto final de uma viagem escatológica em busca de si mesmo. Don Frutos resulta, assim, tão verdadeiramente humano que quase não dá para acreditar. Suas histórias lembram Yo El Supremo, a fantástica “autobiografia” do ditador paraguaio Francia (1766 – 1840) escrita por Augusto Roa Bastos (1917-2005).

“AGARRA, ALDYR!”

Em nome da revista Brasileiros, foram encaminhadas algumas perguntas ao escritor Aldyr Garcia Schlee. Respostas sem firulas ou vacilos suscitaram um novo questionário. Novamente de bate-pronto, o artista devolveu redonda a pelota, revelando detalhes inéditos de sua vida. Por fim, chegou-se aos penais, que provocaram defesas seguras do mestre da fronteira cisplatina. A seguir, uma síntese dessebate-bola.    

Alguma vez V. jogou botão com o Chico Buarque?
Nunca joguei futebol de mesa com o Chico. Acho que ele utiliza(va) uma outra regra (paulista) em que também  imagina!  joga(va) o Delfim Neto.

Te ofende ser chamado de cisplatino?
Não. Pese a que cisplatino es cosa de brasileño imperial y no de criollo oriental.

Qual a capital que conheces melhor: Porto Alegre ou Montevideo?
Acho que Montevideo, por carinho e desfrute.

Quando e por que V. trocou Jaguarão por Pelotas?
Fui morar em Pelotas em 1950, com 15 anos recém feitos e o curso ginasial recém completado. Matriculei-me no curso científico do Colégio Pelotense e passei a trabalhar como desenhista em dois jornais: o Jornal da Tarde e A Opinião Pública, fazendo charges, caricaturas e os desenhos dos golos das partidas dos times pelotenses de futebol.

Como era trabalhar numa redação de uma cidade do interior nos anos 50?
Tive a felicidade de conviver com contemporâneos de João Simões Lopes Neto, inclusive seu Casinha (Carlos Leopoldo Casanovas) que fora secretário de redação de A Opinião Pública nos tempos de Simões Lopes e até a morte desse escritor. Acabei sendo também secretário de redação desse histórico e combativo vespertino pelotense.

A julgar por seus contos, Você teve contato direto com gente pobre na infância.
Minha infância tem nada ou pouco a ver com isso. Fui criado até a idade escolar (6-7 anos) com meu pai e minha mãe num ambiente requintado (meu pai ganhara muito dinheiro com a construção da Ponte Mauá, levando para Jaguarão, em seu iate  e nos iates de seus irmãos  os trilhos, os dormentes, o cimento e as pedras para a construção da ponte e para a conclusão da ferrovia que ligaria Brasil e Uruguai, sobre a ponte). Minha avó materna e seus irmãos eram capitalistas (como se dizia na época) e estiveram ligados aos grande empreendimentos ocorridos em Jaguarão nos primeiros 25 anos do século XX: a construção e o funcionamento de uma usina de energia elétrica, de um teatro (o Teatro Esperança, que está sendo restaurado), de um banco (o Banco Pelotense, que quebrou em 1932) e de uma chácara de produção de frutas, queijo e leite (a chamada Chácara do Galo).

Então de onde vieram as personagens populares de sua literatura?
Desde muito jovem, pude bem entender as coisas e ter uma visão de mundo que me levaria a perceber muito clara e dialeticamente que a riqueza era o outro lado da pobreza; e que esta só existia na construção daquela. Além de estudar ciências sociais e tornar-me professor de sociologia e ciência política, passei a produzir uma literatura de tese, na difusão e na defesa de minhas idéias sobre a vida e o sistema social em que vivemos, especialmente sobre a fronteira, de onde sou filho e parte.

Lecionar Direito Internacional foi escolha sua ou obra do acaso?
Lecionar essa disciplina não estava nos meus planos, mas fui aprovado em concurso para professor na Universidade do Rio Grande do Sul, em 1963. Até então, minha atividade principal era o jornalismo. Estudar Direito Internacional me permitiu chegar ao imperialismo lusitano e brasileiro no Prata, à Cisplatina, e às tantas patriadas uruguaias que me encheram a cabeça de curiosidade e imaginação... até Don Frutos.

A partir da nomeação para o Direito, Você dá adeus ao jornalismo e se aprofunda na literatura?
Eu continuei fazendo jornalismo, em Pelotas, no Diário Popular, até 64, quando fui preso três vezes e respondi continuadamente a três IPMs. Fizera um curso de especialização em sociologia teórica e aplicada com o professor Antonio Rubbo Muller, na USP. E estivera no Rio, desde o fim de 63 até os primeiros dias de março de 64, preparando-me, no Itamarati, para um concurso de ingresso direto na carreira diplomática. O exame foi cancelado pela milicagem; e no dia 6 de abril fui detido pela primeira vez e logo submetido a insidiosa tortura moral. A 13 de fevereiro de 1965 seria expulso da Universidade Católica de Pelotas (onde ajudara a fundar o curso de Jornalismo), sob a acusação de praticar “atividades filo-comunistas e contrárias ao espírito universitário”... Todo dia havia ameaça de que invadiriam minha casa, recolheriam meus livros e me agrediriam diante de meus filhos e minha mulher. Foi um mau, triste e infeliz tempo esse.

Você chegou a fazer trabalhos acadêmicos sobre a relação Brasil-Uruguai?
Cheguei a tirar umas férias de três meses, no Uruguai, na ilusão de juntar material sobre o imperialismo lusitano e brasileiro no Prata  mas acabei guardando tudo para fazer ficção. Minha tese de doutoramento sobre o direito de autodeterminação dos povos foi apreendida, recolhida a um quartel e só liberada 12 anos (!) depois, para que a defendesse perante uma banca que tinha como integrante, entre outros quatro, o professor Flávio Marcilio, senador e presidente nacional da Arena (!). Mas isso foi só mais um susto, pois na década de 70 já não havia mais como considerar paranoicamente subversivo o tema da tese; e vi meu trabalho aprovado quase com louvor.

Nunca pensou em exilar-se?
Pensei. Eu havia ganho uma bolsa para a Academia de Direito Internacional de Haia e, tudo encaminhado direitinho, com previsão de partida, chegada e estada na Holanda, não me deixaram sair do país. Pensei em me asilar na embaixada da Colômbia, no Rio, nos altos do prédio onde funcionava o Cine Bruni Flamengo. Um grupo de amigos do Jornal do Brasil teve a ideia e me deu apoio moral e logístico – Aloísio Flores, LagoBurnett, acho que o Amílcar de Castro e o (Alberto) Dines e um cronista de Economia, que morava no mesmo prédio; mas eu frustrei a expectativa de todos e, intimidado, nem mesmo me animei a sair do cinema antes que terminasse a inocente sessão vesperal.

Você chegou a trabalhar em comissões internacionais como a da Lagoa Mirim?
Sim. Redigi o Tratado da Lagoa Mirim, entre 1976 e 77, na condição de consultor jurídico sênior (concursado), atuando junto ao Itamarati.

Você acredita na tese de que o futebol seria o substituto moderno das guerras?
Não. O futebol é paixão. Ou é uma paixão ou é uma baboseira de comentaristas sentados atrás de uma asséptica bancada dominical, longe do estádios; ou é um espetáculo televisivo de enquadramentos e flashes selecionados no horário, na medida e no interesse dos patrocinadores; ou é um esporte profissionalizado na medida da impossibilidade de se calcular e constatar de onde e como sai o dinheiro para pagar tanto.


Fonte: Portal Amigos de Pelotas
Colaboração: Alan Otto Redü

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