CARRO 3 – LENDAS A lenda do Negrinho do Pastoreio A lenda nasceu das lembranças dos campeiros, marcado pelo terror e crueldade,...
CARRO 3 – LENDAS
A lenda do Negrinho do Pastoreio
A lenda nasceu das lembranças dos campeiros, marcado pelo terror e crueldade, misturada com o desejo de compensação e de desforço que devia vazar-se em forma religiosa. Para seu transplante lendário concorreram vários fatores, desde baixas formas de crendices, ainda visível nos dias de hoje, até a profunda vibração de solidariedade humana que transformou símbolo de uma raça.
Simões Lopes a estilizou, introduzindo no cenário, Nossa Senhora, a ser madrinha do negrinho, madrinha dos que não tem, deu-lhe uma graça perfeita, mais luz. A lenda do Negrinho do Pastoreio é genuinamente rio-grandense, nascido da escravidão e refletindo o meio pastoril, o poder, e a religiosidade que é associada aos outros tantos casos de escravos considerados mártires.
A lenda do Negrinho do Pastoreio
A lenda nasceu das lembranças dos campeiros, marcado pelo terror e crueldade, misturada com o desejo de compensação e de desforço que devia vazar-se em forma religiosa. Para seu transplante lendário concorreram vários fatores, desde baixas formas de crendices, ainda visível nos dias de hoje, até a profunda vibração de solidariedade humana que transformou símbolo de uma raça.
Simões Lopes a estilizou, introduzindo no cenário, Nossa Senhora, a ser madrinha do negrinho, madrinha dos que não tem, deu-lhe uma graça perfeita, mais luz. A lenda do Negrinho do Pastoreio é genuinamente rio-grandense, nascido da escravidão e refletindo o meio pastoril, o poder, e a religiosidade que é associada aos outros tantos casos de escravos considerados mártires.
CARRO 5 – CONTOS
O Mate do João Cardoso
Os contos de João Simões Lopes Neto, sua linguagem, representam a sensibilidade e um regionalismo espontâneo como exímio contador de histórias. O Mate do “João Cardoso”, um dos mais populares contos de Simões, destaca a tradição herdada dos indígenas, a hospitalidade do mate na roda do chimarrão, bebida típica do gaúcho, o convívio, solidariedade e a fraternidade do homem rural. Vai além, mostra um período da história que os meios de comunicação eram escassos e as novidades vinham pelos viajantes que passavam pelas terras, já tão pobre, mas sem perder a hospitalidade tão típica do gaúcho. O convite era pra um mate, mas que nunca chegava.
CARRO 6 – CONTOS - Trezentas onças
Trezentas onças
Era verão, Blau Nunes viajava para comprar uma tropa de gado a mando do patrão da estância. Muito quente, ele resolveu se banhar num arroio. Depois de banhado, descansado, seguiu viagem.Quando chegou na estância, onde passaria a noite, percebeu que havia esquecido a guaiaca próximo ao arroio. Deu meia volta e voltou para buscar a guaiaca. No caminho cruzou por uma comitiva que ia em direção à estância, mas não parou, estava com pressa. Ao chegar no local ela não estava lá. O vivente pensou até em dar fim à vida, mas resolveu assumir para o patrão que perdera o dinheiro. Voltou para a estância. Ao entrar, viu sobre a mesa a sua guaiaca com as 300 onças; havia sido encontrada pela comitiva com quem cruzara pelo caminho, como se tratava de gente “boa”, a guaiaca foi devolvida ao dono. Lembra-nos de honestidade, “fio de bigode”, confiança, elementos presentes nos valores do gaúcho.
Colaboração: Rogério Bastos
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