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Tradição ameaçada pelo plantio de grãos

Alta no preço do produto é notável no comércio local  ! Quem gosta de tomar chimarrão deve ter percebido que o preço da erva-mate aume...


Alta no preço do produto é notável no comércio local  !

Quem gosta de tomar chimarrão deve ter percebido que o preço da erva-mate aumentou nos supermercados, mercearias e panificadoras. Artur Vicente Variente, gerente de loja da filial do supermercado Righi-Village, informou que nos últimos meses houve um aumento em torno de 20% no valor do quilo do pacote de erva. “As pessoas compram muita erva-mate para tomar chimarrão, em casa ou no trabalho. É um dos principais itens na prateleira, um vício que os gaúchos têm, e em decorrência desse costume diário, mesmo com o aumento no preço, não diminuiu a procura pelo produto”, disse Artur Vicente Variente, gerente de loja.

Artur ressaltou uma série de fatores que possivelmente estejam por trás do reajuste, acima da inflação do período. Um deles é a redução de matéria prima nos dias que antecedem a chegada do inverno. Produtores que antes forneciam o produto para as ervateiras, hoje plantam soja, trigo, entre outros grãos, que rendem um lucro maior no fornecimento, deixando, assim, um déficit na produção de erva-mate.

Segundo o gerente, ainda existe um consumo muito grande do produto no mercado, que poderá ficar ainda mais caro. Embora tenha havido uma alta significativa no preço do quilo da erva-mate, as pessoas não deixam de apreciar um bom chimarrão, um costume que atravessa gerações. “Com a falta de matéria prima, as ervateiras estão suprindo a necessidade do mercado com as reservas que têm”, explicou, lembrando que essa reserva das indústrias não supre as necessidades da falta da erva-mate. “Os clientes reclamam do valor, mas não deixaram de comprar a erva-mate. Entretanto, os representantes das ervateiras dizem estar com dificuldade para comprar o produto dos produtores que antes produziam e hoje produzem outras matérias primas, cujo rendimento é maior”, destacou Artur Vicente, salientando ainda que os produtores afirmaram que com os novos plantios, deverá normalizar a produção e, por consequência, o preço do produto nas prateleiras.

De acordo com Roberto Braz, produtor de erva-mate nativa e Engenheiro Agrônomo, há realmente uma demanda muito maior do que a oferta do produto, e como acaba faltando no mercado, o aumento no preço é inevitável. A planta da erva-mate é de crescimento lento, o que implica também na redução de produtores – os que podem, optam por mudar de produção, uma vez que os que plantam na costa dos cerros não têm alternativa. A planta demora em média quatro anos entre o plantio e o momento da primeira colheita, segundo o produtor. “O produto mais procurado e valorizado no mercado é a erva-mate de ervais nativos, que origina uma erva de qualidade superior, já que o plantio dela é feito em meio à mata fechada, para não ficar exposta totalmente à luz solar”, esclareceu Roberto Braz.

Fonte: A Plateia e Rádio Fronteira Gáucha

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