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Festival da Barranca: Artigo "Desde o dia em que me tornei anguera"

Foto: José Renato Daudt (poeta e letrista, um dos participantes do Festival da Barranca, às margens do Rio Uruguai em São Borja). O texto...

Foto: José Renato Daudt (poeta e letrista, um dos participantes do Festival da Barranca, às margens do Rio Uruguai em São Borja).

O texto a seguir foi enviado pelo estudante de Filosofia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Alan Otto Redü:

"Quem fez do sul ailíade / Uma costeira odisseia / Um dia teve uma ideia / numa boleia deestrelas / Que o pesqueiro um missioneiro / Deve ser o mundo inteiro/ Dentro da semana santa / E vendo o rio em sua descida / Para ser eterna a barranca, só pode ser breve a vida"

Tambo do Bando/ Luiz Sergio "Jacaré" Metz

Quem não conhece um pouco da História Cultural, Folclórica e musical, do sul do País, por certo não entenderá estas linhas, que não são mais que um protesto de alegria econtentamento, particular que expresso por adentrar na mais importante “Família Musical” do Rio Grande do Sul, a Família Anguera, ou seja, todos aqueles que participam sempre na Semana Santa, Do Festival da Barranca, as margens do Rio Uruguai, na Cidade Tricentenária São Borja/RS.

A Barranca é sem dúvida o festival Fechado mais antigo do Sul do País, Quem futuramente ou até mesmo nopresente, for escrever sobre a história do folclore do estado do Rio Grande doSul, obrigatoriamente, terá que mencionar o Festival da Barranca, Ou como bemResumiu, o Grande Poeta Já Falecido, mas sempre vivo Luiz Sergio “Jacaré” Metz;“A Barranca é Um Comício de Espíritos”.

Mas Voltando a Mim, jáfaz dois meses que penso, pesquiso leituras, sobre esta importante figurapoética do nosso “Continente Sul”, o “Jacaré” e claro que passo pela Barranca,Nestas Leituras, já me instigava este Festival, que Reuni grande parte dosintelectuais do Estado. Paralelamente escutava o Trabalho discográfico docantor e também barranqueiro Vinícius Brum, intitulado “Assim Na Terra”,Inspirado no livro Homônimo do Metz.  Envoltoa está aura mística me chega o convite pelo Parceiro Musical e Renomado Cantor,do Cancioneiro Gaúcho e muitas vezes, vencedor dos mais importantes FestivaisMusicais Nativistas do sul deste País, o Chico Saratt, Perplexo, não pudeConter a emoção...

Este Festival, ABarranca, não é um Festival comum, bem pelo contrário, ela possuipeculiaridades bem distintas, na sua essência ela trata a cultura com muitorespeito e muita responsabilidade. Lá Os Barranqueiros, como são chamados,“Usam a mesma Moeda e Falam a mesma Língua às vezes”, ou seja, são iguaisperante os demais e a face do Rio Uruguai, isso num contexto, onde reunir-se-á,os maiores  expoentes da musicanativista, vivo e atuantes. Mas se perde estes “Status” e se é tratado de umaforma igual, pois na verdade, o festival, não passa de uma grande “Pescaria”onde todos os músicos, irão tentar com seus Anzóis e linhas, “Fisgar” osmelhores peixes musiqueiros, a beira do lendário Rio Uruguai, na Mística SãoBorja, fronteira com a Argentina.

O Companheiro de Arte,Andriego Garcia Von laer, recebeu também este regalo musical, e nós que de umaforma simples, e sincera, tratamos a musica como uma coisa séria, onde se passauma mensagem, como transformadora e identificadora da sociedade onde o Ser“Gaúcho” habita, vivencia, sofre suas angustias e tem seus sonhos, ficamoshonrados com a lembrança e também ciente da responsabilidade frente à culturaMusical nativista, a qual nós estamos inseridos.

Neste tempo, deinfluencias alienígenas musicais, onde nossos espaços são ocupados por outrosritmos outros “artistas”, Esta mais que na hora, de repensarmos nossasproduções e formas de cultura nativista do sul do Brasil...

"Arruma, flor, minha mochila inteira

Tô de partida nesta quarta-feira
Já não há mais como poder ficar
Quando chegou-me o eco da mensagem
Meu coração já estava de viagem
Rumo à fronteira louco pra chegar

Põe nesta mala umas quinquilharias
Que pra passar uns três ou quatro dias
Basta a vontade de se encontrar
Com outro angüera de mirada franca
E descobrir nas vozes da barranca
Cada razão que me puxou pra lá"

(Partida/ Mauro Ferreira)


Quaresma de Verão de 2013

O nome foiescolhido a partir da sugestão do poeta e historiador Apparício Silva Rillo. Deorigem Guarani, "Angüera" significa "espírito quevolta" ou "alma que se devolve ao corpo", um pouco estranho àprimeira vista, mas, logo, compreensível, pois o "Angüera"antes triste e caladão virou cantador e tocador de viola, depois que os padresdas Missões o batizaram e lhe deram o nome de Generoso e, assim, na mitologiamissioneira "Angüera" pode ser considerado o patrono da músicae da alegria gaúcha.

Fonte: Portal Canguçu Online


Opinião do Blogueiro: Em primeiro lugar, gostaria de corrigir a informação do site, pois o amigo Alan Otto Redü é acadêmico de Economia na UFPel e não mais Filosofia.
Em segundo lugar, é muito gratificante para mim, como amigo do Alan e do "Dedeu" (Andriego) saber que estes "tauras" foram lisonjeados pelo convite a participar do Festival da Barranca. Todos no nosso cenário cultural sabem da mística que envolve este festival, sonho de participar de quase todos (senão todos) artistas do nosso Rio Grande. Os pioneiros de Canguçu (até onde eu saiba).
E meus amigos, do fundo do coração, que esta experiência seja maravilhosa para vocês, que lhes engrandeça "mais e mais" culturalmente e "musicalmente", e lógico, "to" aqui na torcida.

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