Um Centro de Tradições Gaúchas do MTG Brasileiro não é Entidade Comercial ou Eleitoreira nem seus Fandangos são boates ou palco para espet...
Um Centro de Tradições Gaúchas do MTG
Brasileiro não é Entidade Comercial ou Eleitoreira nem seus Fandangos
são boates ou palco para espetáculos mercadistas!
A
Identidade Cultural dos Gaúchos Brasileiros deve continuar sendo
preservada pelos Centros de Tradições Gaúchas e demais Entidades
Tradicionalistas filiadas ao Movimento Tradicionalista Gaúcho do
Brasil. Contudo, devido às alegadas dificuldades de administrar as
finanças dessasSociedades Tradicionalistas, em geral vota-se para
patrão em algum sócio que tenha tido sucesso como administrador de uma
empresa própria ou gerenciado com sucesso um comércio. Desta maneira
acreditam que o CTG irá enxugar as finanças e sair do vermelho.
Lembramos, no entanto, que um CTG não tem fim lucrativo, isto é, não
fora criado com a intenção de buscar os pilas. Todo o patrão, em alguns
casos, se vê apurado para pagar as contas no fim do mês. Porém, aqueles
que têm nas veias a marca tradicionalista sabem que não podem buscar
receitas vendendo o que é mais caro para suas Entidades Culturais: a
autenticidade da Tradição dos Gaúchos do Rio Grande!Entretanto, não é
isto o que acontece na maioria dos CTGs que estão capitaneados por
pessoas que não conhecem nem entendem da nossa cultura gaúcha e do que
é mais caro para o tradicionalista: a manutenção dos usos e costumes
dos gaúchos sul-rio-grandenses de antanho. Pessoas como essasaceitam
cargos no MTG por vaidade ou conveniência pessoal. E com ou sem
conhecimento vão, pouco a pouco, dilapidando nossa cultura gauchesca a
tal ponto que hoje muitos falsos CTGs não passam de Clubes Sociais, os
quais só usam a sigla CTG, isto é, usam e abusam! Basta ver nas
Bailantas promovidas por eles. Ali poucos são Tradicionalistas ou têm
qualquer compromisso com o culto, a preservação e a adequada divulgação
da Tradição dos Gaúchos Campeiros do Rio Grande do Sul. Em alguns CTGs,
somente a Patronagemencontra-se pilchada! A gurizada das Invernadas
Artísticas - considerada a vitrine do CTG - geralmente usam a autêntica
Pilcha Gaúcha Sul-rio-grandense somente quando estão convocados para
uma apresentação. Como se o CTG fosse um simples Clube Social, as
mulheres ali vão com vestidos colados, saias curtas ou calças leggins,
quando não estão com decotes exagerados, indumentárias estas pouco
condizentes com eventos tradicionalistas de um Centro das Tradições dos
Gaúchos do Interior do Rio Grande do Sul. E no palco, alguns conjuntos
de figurões da Star Music, que outrora foram representantes da genuína
Música Tradicional Gaúcha do Rio Grande, hoje só tocam o que agrada à
juventude, com letras sem o menor decoro ou procedência campeira,
misturando qualquer ritmo que faça um bom balanço. Tocam até músicas de
boates, dentro de um CTG! Mas o patrão empresário e os integrantes da
Patronagem, muitos deles ligados aos políticos locais, estão
satisfeitos. Afinal, o salão está cheio, a guaiaca recheada e os
futuros eleitores bem encaminhados. Mas a que preço? Um CTG não é uma
empresa comercial nem um ente eleitoreiro! Portanto, a sua principal
meta não é a caça aos pilas e aos votos, a qualquer custo. É preciso
que um CTG tenha amor pela antiga, campeira e regional Tradição do RS e
cumpra a sua finalidade de Guardião desse Patrimônio Gaúcho
Sul-brasileiro. Aqui, emSanta Catarina, já se tornou normal CTGs
venderem o rodeio para empresas alheias à Tradição do RS e ao
Tradicionalismo, sem quaisquer responsabilidades com a preservação da
História e da Cultura Gaúcha Sul-rio-grandense. Essas empresas,
especializadas em eventos, compram a festa e passam a inserir qualquer
modalidade que venha a agradar o público e a resultar em lucro.
Contratam expoentes da famigerada tchê music para tocarem o maxixe,
tornando os Bailes dos Rodeios - aonde deveria haver umFandango
Campeiro - numa legítima Boate. Na parte campeira não exigem aPilcha
Gaúcha adequada aos competidores. Afinal, se alguém for barrado é menos
uma in$crição! E o que dizer das touradas? O MTG/SC já liberou
essaestranha modalidade nos Rodeios Crioulos da Tradição do Rio Grande?
Ao que parece, sim, já que no sítio do próprio MTG é vista a divulgação
deRodeios Gaúchos aonde as touradas são permitidas. Ou será que o
presidente Tio Preto não está sabendo disso? E se a CBTG também não
sabe desse fato, é só acessar o endereço eletrônico do MTG/SC ou
procurar seus eventos no tal de Google. Desses bailes bagaceiras de
Rodeios, não crioulos da Tradição Gaúcha Sul-rio-grandense, lembro-me
de um, durante um Rodeio em Itajaí, doCTG Independentes da Querência,
na época capitaneado pelo patrão Luis, o qual, tomando as rédeas do
beiçudo nas mãos, parou o baile de soco e acabou com o maxixe, mandando
os malacaras que estavam no palco tomarem tento. Aliás, esse é um dos
poucos CTGs que mantêm o Rodeio Crioulo com o respeito que a coisa
merece: dentro do pátio da Entidade Tradicionalista,somente a música
gaúcha! Quem não gostar, que vá procurar sua turma! UmCTG é um Palanque
das Tradições dos Gaúchos Campeiros de antanho. Por isso, não deve ser
administrado visando apenas os pilas. É preciso preservar a essência do
Tradicionalismo e agregar os Tradicionalistas e afins. Naturalmente que
não é possível agradar a todos. Então, os que quiserem ouvir outro tipo
de música ou que não gostarem da bombacha ou do vestido de prenda, que
esses evitem frequentar um CTG! Algumas bandas da tchê musicalegam que
o ritmo gaúcho precisa ter mais pegada, para poderem conquistaro resto
do Brasil; e que por isso eles tocam hoje uma espécie de Gaúcho
Universitário. Mas, então, por que não são eles convidados para tocar
nas grandes festas no eixo Rio-São Paulo? E por que eles nunca foram
convidados para tocar no carnaval da Bahia? Não vão lá porque os
baianos são bairristas. E embora lancem todos os anos um ritmo novo,
sempre convidam baianos para animarem suas festas. E por causa dessa
miscelânea de ritmos, que os tchêsexecutam, eles perderam a identidade.
E além de não conquistarem o país, perderam os CTGs! Portanto, todos
devem estar cientes, especialmente osintegrantes e frequentadores do
MTG Brasileiro, que a Identidade Cultural é que deve ser o principal
motivo da existência de um CTG! (do colaborador do BL e Mangrulho do
ONTGB no Sul do Brasil: Ademir Canabarro – um Missioneiro!)
17/08/2011 08:48:08
Postado no www.bombachalarga
Colaboração: Hilton Luiz Araldi
17/08/2011 08:48:08
Postado no www.bombachalarga
Colaboração: Hilton Luiz Araldi
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