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Aí que eu me Refiro

Semana passada o Ticiano Osório, editor do Segundo Caderno, pediu para conferir se era verdade que a frase “Ai que eu me refiro” havia vi...


Semana passada o Ticiano Osório, editor do Segundo Caderno, pediu para conferir se era verdade que a frase “Ai que eu me refiro” havia virado febre. Na hora pensei:

-Aí que eu me refiro!

O bordão, que nasceu com a peonada nos galpões de Estância e foi popularizado pelo cantor Joca Martins, já fazia parte do meu cotidiano. Não tinha me dado conta de que se tratava de uma febre e já rompia as fronteiras da capital. O Joca é meu amigo, e sempre ouvi ele proferindo a frase com naturalidade, tanto no seu dia a dia, quando nos shows.

Há algum tempo o Joca se deu conta que a frase realmente era uma identidade dele, e criou uma linha de artigos para comercializar. Mandou fazer camisetas, adesivos, canecas, mouse pad entre outras coisas para popularizar o bordão. Mas não imaginava que a coisa tivesse ido tão longe.

Liguei para o Joca, e da mesma forma que sempre falamos no telefone perguntei:

- Ô João Luiz Pavaroti Martins, tu sabias que essa frase que tu vives falando, virou febre em todo o Estado?

E o Joca, com a humildade de sempre, me disse que os souvenirs estavam de vento em popa.
 

- Pois é, temos que fazer uma matéria para o Segundo Caderno da ZH, e vou ter que dar uma volta contigo pelo centro de Pelotas para conferir isso de perto.

Fui até a casa o Joca, e de lá saímos caminhado em direção ao centro. Conforme andávamos pelas ruas eu ia percebendo a real força da frase. As pessoas não cumprimentavam o Joca, elas só gritavam: “Ai que eu me refiro!”. Era gente em janela de ônibus, táxis, fãs que caminhavam pelas ruas, todo mundo instantaneamente se referia ao bordão. Muitos paravam para tirar fotos com o Joca e obviamente repetiam a frase. Fomos ao Café Aquários, tradicional ponto de encontro em Pelotas, e lá o mesmo roteiro se repetiu. Pessoas dos mais diferentes estilos e gerações, ao encontrar o Joca, repetiam a frase.

Pedi para o Joca explicar de onde surgiu o bordão. Ele me contou que não foi intencional, era uma frase comum na região da fronteira, e ele começou a repetir durante os shows. Em uma metáfora, Joca citou o exemplo de seu conterrâneo, Simões Lopes Neto, que resgatou lendas regionalistas e transformou-as em clássicos. Joca pegou uma frase tipicamente gaúcha, e a popularizou.


Depois de uma boa conversa, enquanto caminhávamos pelas velhas ruas de Satolep, eu precisava encontrar algum fã maluco do Joca Martins. Alguém que além de proferir a frase “Ai que me refiro” o tempo todo, colecionasse souvenirs com a marca que já era epidemia entre os gaúchos.

Foi aí que conheci a jovem Amanda Azambuja, de 16 anos, que coleciona camisetas, canecas, adesivos, cds do Joca, mouse pad, sacolas de pano, e tudo mais que tiver a frase. Marquei para fazer as fotos com a Amanda, e ela chegou com uma sacola cheia de coisas. Ela, além de ser uma menina encantadora, fotografa muito bem.

Na última segunda-feira, Amanda estampou a contracapa da ZeroHora ao lado do seu ídolo e com uma coleção de objetos da marca “Ai que eu me refiro”. Uma vídeo postado no site da ZH, mostrou um pouco do que foi a caminhada ao lado de Joca pelas ruas do centro de Pelotas.

Mas o mais impressionante estava por vir.

Um dia depois que a matéria foi publicada recebi um e-mail de um rapaz que se diz um fã incondicional de Joca Martins. Não contente em colecionar Cds, e todos os souvenirs com a marca, ele tatuou na própria pele a frase e me mandou uma foto para provar.

“Me chamo Fábio Andreas Griebeler…li na zero a reportagem sobre o bordão. ” aí que eu me refiro ” levo gravado na pele esse bordão a uns 4 anos…sou fã do Joca Martins….escutando as músicas dele resolvi fazer a tatuagem….Pena q já passou a reportagem…mas se eu puder agregar alguma coisa nessa reportagem…estou as ordens..mando e anexo uma foto da minha tatu…logo quando fiz ela…forte abraço”.

Posto aqui a foto enviado pelo Fábio e mais algumas do ensaio que fiz com a Amanda!

“Ai que eu me refiro”, Joca Martins!



Postado por nauro_junior, às 13:44
Colaboração: Alan Otto Redü

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